A tempestade tinha finalmente passado. No dia da viagem, estava um sol convidativo, os pássaros resolveram invadir o céu limpo, sem nuvens, as pessoas cantarolavam e tentavam ser mais gentis uma com as outras. Parecia que Rivendell resolveu que naquele dia seria uma cidade amável. E isso contribuiu para que Anne, se sentisse ainda mais feliz. Todos já estavam no aeroporto, só esperando a hora de finalmente pegar o avião e partir para o destino.Anne, Laura, Alex e Giovanna estavam impacientes olhando para o telão de embarque e desembarque. Alex estava com uma cara feia, nada feliz. Mas o que ele poderia fazer? Era sua única escolha, não deixaria sua namorada tirar férias sozinha. Enquanto olhava para ela, que estava sorrindo conversando com sua melhor amiga, ele sentiu que Laura era a mulher da vida dele. Não poderia ter outra pessoa ao seu lado, era com ela que ele queria estar quando estivessem velhinhos em uma cadeira de balanço. E Alex esperava no fundo do coração que Laura sentisse o mesmo.
— Está tudo bem? Tá com uma cara estranha. — ela perguntou olhando finalmente para ele. Sentiu um arrepio quando pegou em suas mãos geladas.
Ele estava com medo. Medo de perdê-la. Alex não sabia de onde vinha esse medo, mas era algo que ele não gostava de sentir. Achava que era um pressentimento ruim, mas não tinha tanta certeza assim.
— Ainda dá tempo de desistimos. Você quer mesmo ir nessa viagem? Seus pais podem...
— Não! Eu não vou pedir pra voltar pra aquela casa de novo. Essa viagem vai me fazer bem. Preciso parar de me sentir culpada por ter ido embora. — ela respondeu com a voz um pouco alterada, mas ninguém se preocupou em tentar entender o que eles estavam conversando.
Laura tinha contado para Alex sobre a briga que teve com seus pais na noite anterior. Ela estava se sentindo mal por tudo aquilo, mas a liberdade que sentia era maior. Por isso ela não pensou em nenhum segundo em voltar para a casa dos pais. Ela precisava crescer, entender quem ela era e sair um pouco do lugar tóxico em que vivia. Dizem que os pais são tudo, mas às vezes não. Alguns pais trazem as trevas, e os pais de Laura a faziam se sentir assim.
— Meu Deus, aquele é o Gustavo? — Anne arregalou os olhos castanhos e sua boca se entreabriu pela surpresa em ver o seu "crush" no mesmo lugar que ela.
Gustavo, Melissa, Fernando, Patrick e Gabriel faziam um verdadeiro fuzuê no local. Gritando animados e pulando feito loucos. Estavam eufóricos e sabiam que aquela viagem seria a melhor de todas.
— E não é que é ele mesmo. Para onde será que o grupo apocalíptico está indo? — Giovanna perguntou, de olho em Patrick, já que os dois já tinham tido um romance no passado. Nada de mais, mas ela ainda tinha sentimentos por ele. Sentimentos ao qual ela queria evitar.
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Tecle 2 para matar | Concluído
HororQuem seria doido de aceitar ir em uma viagem para uma ilha deserta com tudo pago depois de receber uma ligação suspeita? Parece loucura, mas dez jovens aceitam e embarcam nessa jornada pensando que seria a viagem dos sonhos. Mas não era. Um assass...