A vida parecia ter finalmente sorrido para Anne e Gustavo. A viagem já foi marcada, as passagens já foram compradas e surpreendentemente, o dinheiro prometido para os custos da viagem, foi depositado na conta deles no mesmo momento em que aceitaram.
Parecia estranho para qualquer um com sã consciência de que uma viagem grátis para um lugar incrível devia ter algo estranho por trás. Mas para aqueles dois jovens, nada poderia acontecer. Eles eram sortudos, só isso. Vire e mexe várias pessoas ganhavam na loteria apostando vários números aleatórios, por que justo aquela ligação seria algo ruim? Mas, devo dizer para vocês, que eles estavam completamente errados sobre não suspeitar daquilo. E alguém estava em êxtase por finalmente o plano estar começando a dar certo.
Todos estavam felizes, afinal.Ao contrário do dia anterior, estava chuvoso. Gotas caiam ferozmente pelo telhado da casa de Anne, que estava naquele momento convencendo a sua mãe de que aquela viagem era uma grande oportunidade para ela conseguir realizar seus sonhos.
- Estou falando para você, mãe. Não vai ter perigo nenhum. Vou ir com meus amigos. E se você quiser ir também, pode. Ainda está sobrando uma vaga e eu não sei bem quem chamar. - ela estava andando de um lado para o outro, com uma das mãos em sua cintura e outra na cabeça.
A preocupação dela era evidente, qualquer um poderia ver que ela queria ir naquela viagem, custe o que custasse. Só que Camilla não estava achando que era uma boa ideia. Afinal, ninguém sabia o nome da pessoa por trás daquele convite. Poderia ser qualquer um. Era tentador demais, fácil demais e ela sabia que a filha era ingênua. Mas ela não era. Por isso estava contra a viagem, pois ela sentia que algo não estava certo sobre aquilo.Dizem que mãe sabem tudo. Naquela situação, Camilla estava totalmente certa. Mas nem ela foi capaz de impedir a filha de ir.
- Eu já disse que você não vai ir. Você é minha filha e eu decido o que é melhor. Não vai e ponto final, e se você tocar mais uma vez nesse assunto...
A avó de Anne, Estela, se levantou do sofá com a ajuda de sua bengala e olhou para a filha. Algo nos olhos dela indicava que ela não estava muito bem com toda aquela situação. Talvez ver sua filha e sua neta brigando não era um bom entretenimento para ela, que já estava no auge de seus 90 anos. A senhorinha, de pele enrugada e seca, mal conseguia se mexer. Por isso, no momento em que ela levantou, as duas mulheres de cabelo cacheado e pele morena, olharam para senhora com olhos arregalados.
- Calem a boca, vocês duas. Já chega! Estão há mais de duas horas brigando por uma coisa besta. Sabe quando eu pude fazer uma viagem para um lugar legal e bacana? Nunca. Eu tenho quase 100 anos e nunca fiz algo assim na vida. Então, Camilla, deixa a sua filha decidir o que ela quer. A vida é dela, e você tem que parar de querer controlar tudo que ela faz.
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Tecle 2 para matar | Concluído
TerrorQuem seria doido de aceitar ir em uma viagem para uma ilha deserta com tudo pago depois de receber uma ligação suspeita? Parece loucura, mas dez jovens aceitam e embarcam nessa jornada pensando que seria a viagem dos sonhos. Mas não era. Um assass...