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Bill chegou de Paris depois de quase duas semanas fora, sinto que ele ficou um pouco desconfortável ao saber que eu e seu irmão reatamos, ou talvez seja algo da minha cabeça. Desde que ele chegou os meninos andaram ocupados com os ensaios, acontece que Billy escreveu algumas músicas enquanto esteve fora da área.

Recebi uma ligação de minha mãe e agora estou no avião indo para Berlim, ela estava muito abalada pois minha avó veio a falecer. Quando ela me ligou ontem eu fiquei meio sem reação mas em instantes a ficha caiu, Tom esteve ao meu lado enquanto chorava a noite inteira.

"Queria muito estar ao seu lado mas infelizmente tenho compromisso com os meninos"

Foi o que ele disse ontem e eu super entendo, afinal é o trabalho dele. Disse que estava tudo bem e embarquei nessa viagem de algumas horas sozinha. Ao chegar na cidade pude ver o quanto minha mãe estava arrasada, ela e meu avô.

O enterro ocorreu de tarde, acho que nunca chorei tanto na minha vida. Minha vó sempre cuidou de mim assim como minha mãe e eu a amava muito.

Fiquei mais cinco dias ao lado de minha mãe e depois voltei para casa. Ao sair do avião corri direto para o banheiro do aeroporto, essa viagem me deixou enjoada.

Tom foi a primeira pessoa que eu liguei assim que saí daquele banheiro fedorento mas ele não me atendeu, ninguém me atendeu e a única opção foi pegar um táxi. Coloquei minha mala pesada no porta malas e logo me sentei no banco de trás.
" Nem para me ajudar com a mala" Pensei assim que fechei a porta. Em 30 minutos já estava na frente de casa, retirei minha mala pesada com dificuldade e resmungando.

- O palhaço nem me ajudou - Falei para mim mesma assim que o motorista saiu do lugar

Me arrastei até a porta e entrei, a casa estava vazia. A primeira coisa que eu fiz foi correr para o quarto e tomar um banho demorado. Coloquei uma roupa de dormir bem confortável e fui direto para a cozinha preparar um lanche. Acabei pegando uma caixa daquelas pizzas congeladas e coloquei no forno, depois de 30 minutos já estava pronta então coloquei em cima da bancada e devorei a pizza inteira, quando estava no meu último pedaço ouvi a porta da sala ser aberta e logo reconheci as vozes de Sam e Georg.

- Então está mesmo confirmado? Quando vocês vão partir ? - Ouvi Sam dizer da sala

- Daqui a duas semanas se não me engano - Ouvi a voz irritante de Georg e andei lentamente em direção a sala

- Vão pra onde?  - Perguntei parando atrás deles e os dois gritaram assustados

- Assombração - Georg diz com a mão no peito e Sam corre para me abraçar

- Porque não avisou ? - Ela diz se afastando

- Eu liguei mas ninguém atendeu

- É sério? - Ela pega o celular que estava no bolso de sua calça e dá uma olhada - Ah duas ligações perdidas

- Sua puta, estava com o celular no cu é? - Pergunto brava e ela sorri

- Em minha defesa eu estava no cinema - Ela diz levantando as duas mãos e Georg faz o mesmo

- Tanto faz! Já estou aqui - Dou uma leve empurrada em seu braço e ela sorri

- Sua mãe está bem ? - Ela pergunta e eu solto um suspiro

- Está. Na medida do possível.

- Ela vai ficar bem, ainda é muito cedo - Ouço a voz de Georg, ele passa por nós e vai até a cozinha - VOCÊ FEZ PIZZA E COMEU TUDO SOZINHA ? - Ouço ele gritar

- Sim! - Respondo alto para que ele possa ouvir e ele vem em nossa direção comendo o último pedaço - Ah não Georg!

- To com fome - Ele diz com a boca cheia de comida

- E o Tom ? Sabem onde ele pode estar?

- Acho que em casa, vai lá olhar - Ele diz comendo o último pedacinho da pizza

- Tomara que isso te dê uma dor de barriga infernal, seu cabeçudo morto de fome - Falo  em voz alta e ele me olha assustado

- Estou com medo - Ele diz olhando para sua namorada enquanto ela se acabava de rir

Vou para meu quarto e coloco um short e uma blusa grande, desço as escadas correndo e vou para a casa do lado. Abro a porta e vejo tudo muito quieto, subo as escadas indo em direção ao quarto de Tom e quando abro a porta vejo que o mesmo está dormindo em sus cama. Caminho até ele sem fazer barulho me sento ao seu lado, ele estava deitado de bruços em uma posição meio gay. Passo a mão lentamente em suas tranças e ele abre o olho assustado.

- Estou sonhando ? - Ele diz se sentando ao meu lado esfregando os olhos. Toco em seu rosto e ele sorri - Senti sua falta, amor

- Aposto que não sentiu mais que eu

Subo em seu colo e o abraço com força, descanso meu rosto na curvatura de seu pescoço e sorrio ao sentir seu cheiro. Ele fazia o mesmo e deslizava suas mão por minhas costas. Me afasto e colo nossos lábios o mais rápido possível, estava com saudades de todos os seus toques, esses cinco dias pareceram uma eternidade longe dele.

Nosso beijo era lento, cheio de paixão. Tom apertou minha cintura com força e aceleramos as coisas.

- Eu...Preciso...Te...Falar...Algo - Ele diz enquanto me beija

- Vamos deixar a conversa pra depois - Falo e ele sorri com minha fala

Tom me colocou na cama, ficando por cima, ele beijava meu pescoço enquanto sua mão subia lentamente minha blusa. Em questão de segundos minha roupa foi jogada em algum canto do cômodo, o clima estava esquentando mais e mais só que derrepente senti um nó no estômago, empurrei o Kaulitz rapidamente e fui em direção ao banheiro que tinha em seu quarto, abri a tampa do vaso e coloquei tudo pra fora.

-  Está tudo bem ? - Senti ele segurar o meu cabelo enquanto vomitava

- Esse avião me deixou enjoada - Me recomponho em instantes e vou até a pia para lavar a boca e escovar os dentes com uma escova minha que tinha ali. Tom fechou a tampa do vaso e deu descarga, ele caminhou até mim me olhando preocupado

- Estou bem - Sorri e voltei a me sentar na cama - O que queria me falar ? - Ele estava escorado no batente da porta enquanto me olhava

- Vamos fazer uns shows ao redor da Alemanha, queria saber se você vem comigo - Tom me olhava esperançoso

- É claro - Respondo rápido e ele vem até mim com um sorriso nos lábios

- Eu não quero me separar de você, nunca mais - O Kaulitz parecia o último romântico da terra....

Mas nossa alegria sempre dura pouco né?!

Destinados | Tom kaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora