Três meses depois...
- Amor você viu meu celular ? - Grito da sala, já que Tom está em outro cômodo
- Não! - Ele responde e eu continuo a procurar
De repente sinto outra contração, estou assim a dois dias. Aaron pode nascer a qualquer momento então tenho que prestar bastante atenção. Segundos depois mais uma contração, fecho os olhos com força pois a dor é imensa. Ando alguns passos e sinto algo escorrer por minhas pernas.
- AMOR! - Grito novamente e ele não me responde - TOM KAULITZ SEU FILHO DA PUTA! - Dessa vez eu grito mais alto e ele desce as escadas tranquilamente
- Fez xixi no chão ? - Ele me olha rindo e balançando a cabeça
- A bolsa...- Mal conseguia falar de dor
- Ta lá em cima ué - Ele me olha confuso e eu dou um gritinho de dor
- O BEBE VAI NASCER SEU IMBECIL - Grito e ele começa a se desesperar
- O que eu faço, o que eu faço - Ele anda pra lá e pra cá com as mãos na cabeça
- O que está acontecendo ? - Bill pergunta descendo as escadas
- Pega a bolsa da maternidade que está no quarto AGORAAA - Começo a sentir mais uma dor forte e agora os gêmeos estão gritando junto comigo.
Bill foi buscar a bolsa enquanto estou caminhando até o carro acompanhada de Tom. Ele me coloca sentada no banco de trás e quando ele se afasta eu seguro sua mão.
- Fica aqui comigo, eu estou com medo - Falo apertando sua mão, eu já estava chorando a muito tempo
- Fico, vai ficar tudo bem - Ele cola nossas testas e faz carinho em meu rosto - Respire fundo, tente se acalmar - Ele diz e eu começo a respirar devagar - Isso aí
- Cheguei, vamos - Bill entra no carro e começa a dirigir. A contração está de um em um minuto e toda vez que dói eu grito e eles gritam junto comigo. O Kaulitz parecia estar no filme velozes e furiosos, ele foi tão rápido que chegamos na maternidade em cerca de cinco minutos, por aí.
Tom abriu a porta do carro e me puxou, ao entrarmos no local, Bill pegou uma cadeira de rodas que estava no canto para que eu pudesse me sentar e uma enfermeira veio em nossa direção.
- Contração de quantos minutos ? - Ela perguntou enquanto me empurrava para alguma sala
- Segundos, de trinta em trinta - Falo fechando meus olhos com força
Minutos se passaram e eles já tinham preparado a sala de parto, eu já estava deitada na maca e Tom estava ao meu lado, segurando minha mão com bastante força.
- Tudo bem, estou aqui - Ele diz enquanto eu o olho
- Vamos começar - A médica diz se posicionando entre minhas pernas - Quero que você faça força
Começo a fazer muita força e isso dói demais, apertava a mão do Kaulitz com muita força enquanto gritava até a alma.
- Já estou vendo ele. Vamos, você consegue - A mulher diz e seus enfermeiros a ajudam, empurram minha barriga devagar enquanto eu faço a maior força do mundo. Tom estava gritando ao meu lado, deve ser porque estou esmagando sua mão.
Depois de fazer força e mais força, finalmente ouvimos o choro do bebe, do nosso Aaron.
Eles me mostram o pequeno bebe e ouço um barulho ao meu lado, Tom simplesmente desmaiou ao meu lado, caiu no chão em um baque. Eu não aguentei, minha mentalidade da quinta série não resistiu e eu comecei a rir junto das cinco pessoas que ali estavam. Mesmo com dor, eu não perdi a oportunidade de rir.
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Destinados | Tom kaulitz
RomansaAna e Tom são amigos de infância. Eles eram inseparáveis até que chegaram na adolescência, Kaulitz ficou totalmente diferente. Ele a esqueceu, mas não completamente.