• 𝚚𝚞𝚎𝚛 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚝𝚎 𝚌𝚑𝚊𝚖𝚊 𝚍𝚎 𝚍𝚊𝚍𝚍𝚢? •

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Vinnie

Percebi que fui com muita sede ao pote quando a Lily afastou-se completamente de mim depois da minha investida avassaladora no shopping.

Infelizmente, perdi uma ótima oportunidade para tentar conquistar sua confiança e mostrar que posso ser uma companhia agradável quando quero.

Fui muito burro em acreditar que uma menina que foi criada por pais conservadores iria sentir-se confortável com um homem mais velho tentando ficar com ela, especialmente quando é um cara que é comprometido com a sua irmã mais velha.

Só de lembrar das besteiras que falei, tenho vontade de dar um tiro na cabeça.

Tive sorte dela não falar nada para a Samantha ou eu estaria muito fodido, afinal, não tenho provas da sua traição, seria a minha palavra contra a dela.

Já a minha esposa, teria uma testemunha da minha infidelidade.

Não basta ser corno, fui idiota e ainda vacilei em não saber como conquistar uma menina de 16 anos. Mereço o prêmio de otario do ano.

Fora isso, notei que pensei como um estúpido quando julguei que seria difícil me vingar da Samantha, porque nunca imaginei que conseguiria sentir tesão por uma garota como a Lily, mas ao observá-la nos últimos dias, percebi o quanto a minha cunhada é gostosa pra um caralho, principalmente no dia que vi ela só de calcinha e sutiã no momento que passei pela porta do seu quarto e ela estava aberta.

Porra, só Deus sabe o quanto me controlei para não entrar naquele lugar e fazer uma loucura.

O meu desejo cresceu tanto que vivo sonhando com ela sentando no meu pau.

Hoje, eu tive outra chance de vir ao shopping com a Lily, porque ela estava precisando comprar uma fantasia para uma festa que foi convidada por uma amiga e quando saímos do shopping já estava anoitecendo e chovendo.

Dessa vez, não fui inconveniente e não tentei nada, apenas deixei-a à vontade para comprar o que quisesse, afinal, meu objetivo era mimá-la e aproveitar todas as oportunidades de mostrar que sou um cara legal e não um idiota assediador como ela deve ter pensado que eu era da última vez que estivemos sozinhos.

Quando estávamos voltando para o apartamento foi impossível não ficar com o pau duro com os pensamentos sujos que passavam na minha cabeça.

Eu dirigia com pressa para chegar em casa e poder aliviar o tesão no banheiro, mas nada é como quero ou preciso, por isso, me deparei com um engarrafamento quilômetrico devido a um acidente entre dois caminhões por causa da forte chuva que caia nas últimas horas.

Ao olhar para a Lily para tentar puxar conversa, percebi que ela estava com lágrimas nos olhos e perguntei com preocupação.

— Ei, Linda. O que aconteceu? — Afastei a mão direita do volante, levando-a até seu rosto tristonho e iniciei uma carícia. — Você está com medo de mim? Eu prometo que não vou fazer nada.

— Não é isso, Vinnie. É só que como perdi meus pais em uma alagação, tenho medo de temporais, piscinas, mar, basicamente qualquer coisa que tenha água envolvida. —respondeu baixinho, deixando um soluço escapar pelos seus lábios.

— Eu estava lá quando eles se foram e tenho medo de acontecer alguma coisa comigo ou com alguém que eu gosto.

— Não vai. Aqui é diferente, morena. — Retirei o cinto de segurança e logo em seguida, o dela, afastei um pouco o banco do motorista para trás e puxei-a para o meu colo, abraçando-a como se ela fosse uma criança.

A Lily desatou a chorar ainda mais depois do meu gesto carinhoso. Enquanto eu fazia cafuné no seu cabelo enquanto eu dizia algumas palavras conforto, ela abraçava-me apertado como se estivesse apavorada com a possibilidade de algo muito ruim acontecer com nós dois, por causa da chuva.

Eu não sou bom em tentar animar as pessoas, mas tentei ao máximo ser gentil com ela.

— Está mais calma? — indaguei quando os soluços foram cessados.

— Vai ficar tudo bem, Li. Daqui a pouco, chegamos no nosso prédio. —  Nossos olhares encontraram-se por alguns segundos e acabei aproximando-me do rosto dela, fazendo com que os nossos lábios se chocassem e por incrível que pareça, a menina foi cedendo abriu a boca mas, para o meu total desapontamento começaram buzinar desesperadamente atrás do meu carro, porque o trânsito havia sido liberado e ela voltou rapidamente para o banco de passageiro.

— Desculpa, Vinnie.

— Pelo nosso quase beijo? —
questionei em tom de brincadeira, voltando a dirigir.

— Não por isso. — Lily corou,
limpando os resquícios das suas lágrimas e virou seu rosto em direção à janela do carro, tentando não me encarar.

— É que eu sei que um dos
motivos de você me odiar é por eu ser tão sensível.

— Eu nunca te odiei. O problema era comigo e com a samantha e eu descontei na pessoa errada.

— Não precisa mentir para aliviar a barra comigo — disse ao mesmo tempo que colocou o cinto de segurança e eu repeti o seu gesto.

— É sério. Eu só tinha raiva porque achava que o motivo da sua irmã estar distante de mim era o fato dela te dar tanta atenção, mas descobri que nenhum de nós dois tem a atenção merecida daquela puta.

— Vinnie?! Eu te agradeço por ter sido meu amigo quando tive um ataque de pânico, mas não vou admitir que você fale desta forma da Samantha.

— Foi mal. Eu realmente não deveria te colocar no meio dos nossos problemas conjugais.

— Exatamente! Filhos não deveriam ter que escolher entre os pais.

Engoli em seco ao ouvir a palavra pais.

— Você me ver como um pai? —Soltei uma gargalhada nervosa.

— Não, foi maneira de falar.

— Ainda bem, porque a última coisa que eu quero é ser o seu pai. — Respirei aliviado.

— Tem certeza que não quer que eu te chame de daddy? —ela questionou com malícia e eu ergui minha sobrancelha ao firmar meu olhar na morena ao meu lado.

— E eu te chamaria de quê? De baby girl? — Lily ficou corada ao ouvir a minha pergunta safada e eu estava me sentindo um pouquinho chocado com que ela soube flerta bem melhor que eu.

Talvez, ela não seja a menininha ingênua e inocente que eu pensei que fosse. Talvez, ela só seja uma boa atriz igual a irmã.

 ˢᵖᵃⁿᵏ ᵐᵉ, ᵈᵃᵈᵈʸ ⁻ ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora