ˢᵖᵃⁿᵏ ᵐᵉ, ᵈᵃᵈᵈʸ ⁻ ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

•𝚚𝚞𝚎𝚖 𝚜𝚎 𝚘𝚏𝚎𝚛𝚎𝚌𝚎𝚞 𝚙𝚛𝚒𝚖𝚎𝚒𝚛𝚘 𝚏𝚘𝚒 𝚎𝚕𝚊•

𝚟𝚒𝚗𝚗𝚒𝚎

— Fala, Daniel. — Atendi a ligação enquanto fechava a porta do escritório para ter certeza que a Sarah não ouviria. — Alguma novidade sobre o paradeiro do Logan?

— Você sabia que o ex-namorado da Samantha tem um irmão mais novo? — ele perguntou, quase gritando. — Fica complicado se não confiarem plenamente em mim.

— Tudo que eu sei, eu te contei — respondi, tentando manter a calma, porque sabia o quanto estava. sendo estressante toda essa situação, especialmente quando a Samantha continuava insistindo em ocultar informações significativas. — Esse irmão é relevante por alguma razão?

— Ele esteve em Hacker nos últimos meses e na cidade que a Katie estava a trabalho exatamente nas mesmas semanas que ela. — Meu amigo deu uma pausa bufando de raiva e eu engoli seco. — Provavelmente eram parceiros e deve estar ajudando aquele psicopata a se esconder.

— Então, haviam dois caras atrás de mim? Puta que pariu!

— Você vacilou feio, Vinnie. Deixou o amor falar mais alto que a razão e colocou todo mundo em risco.
Honestamente, seu pai precisa saber disso, porque estou ficando sem saída para te tirar dessa merda.

Tinha total noção do erro que cometi, não precisava de ninguém jogando na minha cara e contar para a minha família não estava nos meus planos.

Isso só aconteceria em último caso.

— Não. Não vamos dizer porra nenhuma a ele. — Andei pelo escritório, esforçando-me para pensar em um solução melhor. — Vamos à cidade natal da Samantha.

— A cidade foi destruída, playboy. Na verdade, não era exatamente uma cidade pelo que andei pesquisando e sim, uma vila com religiosos malucos que faziam atrocidades que nem eu que sou considerado um bandido perigoso toparia fazer. Tem até um documentário na Netflix.

— É, eu sei disso, mas talvez possamos encontrar algumas respostas. Sei que ainda existem pessoas morando ao redor e não temos nada a perder.

— Então, vamos amanhã de manhã.

— Certo. Até amanhã.

Desliguei a ligação e fiquei pensando em como contar para a Samantha que iremos visitar o lugar que a deixou com traumas profundos.

Não sabia todos os detalhes de como as coisas funcionavam naquela cidadezinha, mas tinha convicção que aquela merda de religiosidade extremista que pregavam aos moradores não fazia bem a ninguém.

Após o acidente que matou várias pessoas inocentes, muitas verdades ocultas vieram à tona, desde pastor abusando de adolescentes à sacrifícios humanos em nome de um deus inexistente, porque não entra na minha cabeça que qualquer ser divino gostaria de ver um ser humano sendo assassinato como uma oferenda.

Inclusive, muitos jornalistas tentaram entrevistar a Lily para a produção de documentários, filmes e livros e a Samantha sempre foi categórica em negar qualquer acesso a sua irmã.

Não tinha lógica deixar a menina reviver tudo que passou para um bando de viciado em crimes reais satisfazer suas curiosidades.

Ao sair do escritório, Samantha e Lily estavam andando em direção à escada enquanto cochivavam e riam de alguma coisa que não consegui escutar.

— Está tudo bem? — Lily indaga assim que me ver.

— Sim, linda — respondo e vejo a Samantha inclinar a cabeça para o lado, franzindo o cenho ao ouvir eu chamando a sua irmã de linda. — Vamos dormir?

Sorri, fingindo normalidade.
As duas subiram na minha frente e eu fiquei atrás admirando a bela bunda da mais nova, está crescendo, eu deveria comemorar por isso.