• 𝚏𝚎𝚜𝚝𝚊 à 𝚏𝚊𝚗𝚝𝚊𝚜𝚒𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚝𝟸 •

741 43 3
                                    


𝚅𝚒𝚗𝚗𝚒𝚎

Quando meus olhos habituaram-se com a escuridão da casa da piscina, eu vi que a Lily estava deitada de costas na cama gigantesca com os joelhos cruzados e as pernas levemente abertas, mostrando sua calcinha preta rendada para o meu total delírio.

— Você tem fetiche mesmo em daddy e baby girl, não é? — perguntou retoricamente, levantando seu torso e apoiando seus cotovelos no colchão para encarar-me.

— Não tem luz aqui? — Virou-se para o lado e esticou seu braço direito para acender o abajur que estava sobre a mesa de cabeceira.

Com a iluminação repentina no ambiente, eu pude ver o quanto ela estava gostosa vestindo aquela fantasia de colegial.

Talvez eu devesse ter me fantasiado de professor para imitarmos algum filme pornô. Seria interessante.

— Não é bem um fetiche se levarmos em consideração que eu sou seu tutor legal. — Dei de ombros, puxando o cinto da minha calça, desviando do assunto. — É como se eu fosse seu pai. —

— Bom, eu não quero fazer nada com você hoje à noite, papai — Lily ironizou, erguendo seu corpo com muita rapidez de cima da cama, mas demorou apenas um segundo em pé e voltou a sentar no mesmo lugar.
— Meu Deus, está tudo rodando. O que está acontecendo? Eu vou morrer? —

— Isso que se ganha quando bebe igual a uma louca. — Dobrei o cinto e dei passos calmos em sua direção.

— Você sabe que vou te bater, não é, sua safada? —

— Se você encostar um dedo em mim, eu te mato — ameaçou, esfregando fortemente sua testa com ambas as mãos. — E só por curiosidade, por que você quer me castigar?

— Primeiro, por quê eu também tenho fetiche nisso. — Eu disse e a mesma riu

— Segundo, vai apanhar por ter me deixado sozinho para ficar com o Noah, por ter bebido e me desrespeitado na frente de todos os convidados da festa — numerei os motivos da minha ira, ignorando sua tentativa de intimação.

— Quem foi recebido com um abraço e ainda saiu de mãos dadas com outra na minha frente? Dica: ele trai a esposa com a irmã dela.

Lily rebateu, levantando-se devagar e fixou seu olhar no meu. — Eu não quero ficar perto de você, só quero ir para a casa e dormir por horas a fio.

— Você não tem que querer nada. — Ri sem humor. — Tira sua roupa, agora!

— Vai se foder, seu doente! — gritou e em seguida, cambaleou, deixando-me preocupado. — Eu não estou nada bem Vinnie.

Larguei o meu cinto no chão e caminhei até a Lily com pressa, dando tempo de segurá-la nos braços quando ela desmaiou.

Passei os braços por baixo de seus ombros e suas pernas, erguendo-a em meu colo e a carreguei até a cama, posicionando seu corpo com delicadeza sobre o colchão.

Verifiquei se ela estava com pulso e respirando e comecei a abrir os botões da sua blusa branca para que ela pudesse ficar mais confortável.

— Lily? Lily? Lily? — chamei a garota repetida vezes, dando leves tapinhas no seu rosto. — Acorda, linda.

Me senti culpado por não ter percebido a Lily estava tão mal a ponto de desmaiar, pois fiquei insistindo nas merdas dos meus fetiches. Deveria ter cuidado melhor da menina.

— Está pensando em comer a Lily enquanto ela dorme? — Uma voz soou atrás de mim, causando-me um sobressalto e ao olhar para trás, vejo uma sombra masculina encostada em uma parede. — Não acha isso primitivo, irmão?

— Noah? — Franzi o cenho. — Há quanto tempo você está aí?

— Não faz muito tempo, só a tempo o bastante para descobrir que você tem fetiche em ser chamado de daddy. — Ele soltou uma gargalhada baixa, saindo da parte mais escura e alcançando a cama.

— Ela bebeu demais e desmaio, então pensei que pudesse dar um banho nela para fazê - la acordar mais rápido. — elucudei a circunstância controversa que ele me encontrou. — Não sou nenhum estuprador para me aproveitar de alguém nesse estado.

— Calma, cara. Já, já, ela acorda... A Anna vive ultrapassando os limites.

— A Lily não é acostumada com bebidas alcoólicas. — Dei mais um tapa no rosto da garota, sentindo meu peito doer de preocupação. — Eu só precisava tomar conta dela e nem isso consegui. Que porra!

Voltei a olhar para o Noah e notei que ele estava muito ocupado encarando os seios cobertos por um sutia e a barriga desnuda da Lily para se dar o trabalho de me responder.

— Eu morri e estou no inferno? — Lily despertou, fazendo drama, impedindo-me de chamar a atenção do Noah pelas suas olhadas indiscretas.

— Por que você estaria no inferno? — Revirei os olhos, movendo as minhas mãos até o seus cabelos e desfazendo o seu penteado.

— Para acordar e te ver, só posso estar na casa do tio Lúcifer.

Noah riu, fazendo a Lily notar a sua presença e fazer uma careta como se não quisesse ele ali. Eu fechei a cara com a sua piada e sai de perto dela.

— Quando você terminar com suas gracinhas, vá tomar um banho. — Indiquei onde ficava o banheiro com um dedo. — Se refaça e vamos para o apartamento, porque quem deveria estar tendo dor de cabeça com você era sua irmã, não eu.

— Você é insuportável, Vinnie.

— E você está de castigo por uma semana.

— Eu nem saio de casa mesmo, então tanto faz.

Lily saiu da cama e começou a tirar sua roupa sem se importar com a presença do Noah.

Retirou sua blusa, a saia e o calçado com dificuldade e foi andando de um jeito atrapalhado como se o caminho até o banheiro estivesse cheio de obstáculos.

Noah sequer piscava encarando a garota seminua na sua frente e mesmo sem intenção, fitei a área entre as suas pernas e a protuberância era mais que evidente.

Ele estava duro por causa da Lily e isso me causou ciúmes.

Talvez, a Lily esteja fazendo com que eu esquecesse a Samantha, e fazendo com que eu fique cada vez mais maluco pela mais nova.

Contemplei a Lily terminando de despir-se com a porta do banheiro aberta e entrar no box de blindex sem fechá-lo.

Parecia desejar ser o alvo das atenções de dois homens mais velhos e se era esse seu objetivo, ela está de parabéns, porque eu e o Noah não conseguimos desviar o olhar nem por um segundo do seu corpo molhado pela água fria da ducha.

Talvez a bebida que serviram na festa estivesse com alguma droga, porque comecei a imaginar como seria gostoso chupar a buceta da Lily enquanto ela engole o pau do meu melhor amigo.

Mas não daria certo, eu enlouqueceria, e iria querer matar Noah.

Balancei a cabeça com força, tentando afastar esses pensamentos o mais rápido possível.

Seria demais para uma menina de dezesseis foder com dois
homens.

Antes que a Lily terminasse o seu banho, ouvimos sirenes de carro da polícia do lado de fora da casa e meu corpo gelou.

— Se me encontrarem junto com a
Lily, sendo que ela está nesse estado, eu posso perder a guarda dela — falei, virando meu rosto para o Noah.

— Perder a guarda, eu acho difícil, mas a Samantha te mataria. — Noah deu uma olhada pela janela e soltou um longo suspiro. —Vou resolver isso e já volto.

Pra que eu fui inventar de vir nessa festa?

 ˢᵖᵃⁿᵏ ᵐᵉ, ᵈᵃᵈᵈʸ ⁻ ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora