ˢᵖᵃⁿᵏ ᵐᵉ, ᵈᵃᵈᵈʸ ⁻ ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

•𝚒𝚛𝚘𝚗𝚒𝚊 𝚍𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚝𝚒𝚗𝚘•

Vɪɴɴɪᴇ

Após ter sido surpreendido ao perceber que a Lily não era tão ingênua como supus, as nossas interações começaram a tornar-se mais frequentes e com o decorrer das semanas, desenvolvemos uma sólida amizade.

Esse fato deixou todos ao nosso redor de boca aberta, pois ninguém esperava que eu fosse ceder tão rápido e passar a gostar dela.

Jamais passou pela minha cabeça que poderíamos ser amigos, mas com o seu jeito tímido e dengoso, a garota fez eu esquecer da vingança contra a Samantha e eu comecei a apreciar a sua companhia sem pensar em usá-la para afetar a minha esposa.

Descobri que a Lily foi diagnosticada com síndrome do pânico devido ao seu trauma do passado e por essa razão, ainda não conseguiu iniciar seus estudos na escola, porque ainda sente-se bastante insegura para dar esse novo passo na sua vida.

Ela tem estudado em casa com uma tutora que eu contratei para ministrar as aulas até a menina sentir-se confiante para começar a frequentar o colégio.

Algumas vezes, em momentos que estávamos a sós, eu passava a mão em algum lugar do seu corpo fingindo que era sem querer só para poder observar como a sua pele arrepiava-se com o meu toque e puta que pariu, como eu amo o efeito que causo nela.

O problema é que a minha cunhada tem me deixado com um tesão louco e por essa razão, eu tenho ido com mais frequência ao puteiro mais famoso da cidade e Samantha tem reclamado da minha ausência por estar mais interessado em passar dias e noites na companhia de prostitutas do que com ela.

Que ironia, não é mesmo?

Acho incrível a capacidade daquela traidora de reclamar do que ela também faz. Se fosse uma esposa mais presente na vida do maridão, com certeza, eu não estaria atrás de outras mulheres em boates de strippers, inclusive é a mesma boate onde conheci a Samantha.

Ainda recordo de como ela estava nervosa na nossa primeira vez e eu não quis forçá-la a fazer algo que não desejava, por isso paguei para a garota me servir durante a noite inteira, só para ter certeza que ninguém tocaria nela sem o seu consentimento.

Depois de alguns dias, eu criei uma guerra com a minha família para assumir um relacionamento sério uma adolescente de 16 anos que costumava ser stripper e no final das contas, todos estavam corretos em afirmar que a Samantha era uma vadia interesseira.

Por que eu não escutei a minha mãe? Ela sempre esteve certa e eu não deveria ter teimado em insistir em alguém que não conhecia há muito tempo.

Fui burro pra cacete.

Pensei com o coração e o pau e agora, estou com um par de chifres enfeitando a minha cabeça.

Mas tudo bem, ficou a lição de nunca mais me deixar envolver por essas meninas mais novas achando que elas não vão querer me passar a perna.

Ao chegar no apartamento após uma noitada na boate de stripper, deparei-me com umas malas na sala de estar, fazendo meu coração acelerar.

Não acredito que essa vadia vai me deixar sendo que eu poderia ter feito o mesmo muito antes e não fiz.
Idiota, idiota, mil vezes idiota!

— Que porra é essa, Samantha? — bradei, procurando-a por todo o lugar. — Samantha?!

— Por que você está gritando, Vincent? — Ela apareceu vestida com uma calça e camiseta justas no topo da escada.

— Vai me explicar o que está acontecendo?

— Chegou cedo hoje, amor. Não tinha puta o suficiente? — provocou, descendo a escada.

— Responde o que eu te perguntei caralho!

—Eu vou ter que viajar a trabalho —suspirou ao chegar no último degrau e cruzou os braços sob seus peitos.

— Infelizmente, o meu chefe me obrigou a aceitar a ir nessa viagem ou eu iria ser demitida e eu não posso me dar o luxo de ficar desempregada.

— Você fala como se estivesse
passando algum tipo de necessidade — ironizei. —Eu e a porra da minha família somos milionários.

— Exatamente, Vinnie. — Revirou Os olhos com tédio. — A sua família e você têm dinheiro, já eu mal tenho a minha vida.

— Nós somos casados. Você tem direito a tudo o que é meu. —retruquei, tentando convencê-la a ficar.

— Ate quando nosso casamento não é mais o mesmo há meses e voce sabe disso.

— Eu não permito que você vá nessa viagem. — Samantha não poderia sair de perto de mim.
Como vou foder com a sua vida se ela estiver longe?

— Quê? Pelo amor de Deus, eu não vou perder meu emprego e ficar sem dinheiro para sustentar a minha irmã por sua causa — Desceu do degrau e veio até mim. —Você não manda em mim!

— Certo, eu não mando, mas quem vai cuidar daquela pirralha? Porque eu não sou babá de ninguém, Samantha!

— A Lily já tem 16 anos e sabe se virar muito bem. Só preciso que você dê um teto para ela dormir por um mês.

— Um mês? Você vai ficar fora um mês?

— É a trabalho, meu amor. Eu não posso fazer nada para impedir essa viagem.

Com o seu amante, vagabunda?

Era o seu chefe que estava na portaria do prédio com você?

Eu não acredito que ela está inventando uma viagem para poder transar com outro homem.

A minha vontade era de jogar tudo na sua cara, que eu sabia que ela me traia e que iria fazer da sua vida um inferno, mas, ao invés disso, apenas ameacei

— Quando você voltar, os papéis do divórcio estarão em cima da minha cama.

— Você não está falando sério, cara. Quantas vezes você viajou a trabalho e eu nunca disse nada?

— Só vai embora, Samantha. Cansei de você.

Dei as costas para a mulher que estava nitidamente brava com a minha explosão e andei em direção a escada completamente decidido que iria contratar um detetive particular para conseguir provas que eu estava sendo traído.

Se conseguir evidências que a Samantha tem um amante, ela não terá direito a nada do que é meu.