• 𝚟𝚒𝚊𝚓𝚎𝚖 𝚊𝚘 𝚒𝚗𝚏𝚎𝚛𝚗𝚘 𝚙𝚊𝚛𝚝𝚎𝟸 •

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𝙻𝚒𝚕𝚢 𝙰𝚋𝚋𝚎𝚢

Como não estava acostumada a viajar e a duração de uma viagem de carro é longa, os efeitos sobre o meu organismo logo apareceram; eu comecei a me sentir nauseada, meu estômago doía e a minha cabeça parecia estar girando depois de algumas horas de viagem.

Claramente ter saído do apartamento sem almoçar foi uma ideia estúpida que só eu poderia ter.

— Você está tão pálida, Lily — Noah afastou meu corpo com delicadeza e me encarou com apreensão. — Será que foi as batatas fritas que você comeu que te fizeram mal?

Não consegui responder, sentia meu corpo fraco e não parava de pensar que deveria ter ficado no apartamento ou se eu tivesse ao menos topado ficar na casa do Noah sem contestar a decisão da minha  irmã, estaria bem melhor do que dentro deste maldito carro.

A minha presença é totalmente dispensável nesta jornada, visto que não matei ninguém e nem sou casada com um assassino. Os dois casos são problemas integralmente da Samantha, não meus.

— Para o carro, Vinnie — o moreno ao meu lado pediu, puxando-me para um abraço. — Ela não está bem e vai acabar vomitando no carro.

— Tem um posto de gasolina logo ali. — Ouvi a voz de Samantha. — Vou avisar o Daniel que vamos parar pelo celular.

— Talvez seja melhor procurar um hospital, porque sinto que estou morrendo — supliquei, fazendo o Noah dar uma risada contida.

— Calma, linda. Você só precisa descansar e comer alguma coisa.

Após alguns minutos, o carro estacionou e desgrudei do Noah, me apressando em sair do automóvel e correr até o banheiro do posto de gasolina, porém, lembrei que essa viagem não era a passeio e voltei meu olhar pra trás a tempo de ver o Vinnie saindo do veículo.

— Vou com você, Lily — o loiro avisou, encarando-me com uma certa raiva por cima do carro, porém desviou seu olhar quando ouviu o automóvel que havia seguido o nosso durante todo o trajeto aproximando-se do local onde estávamos parado.

— A menina tá bem? — Daniel indagou para o Vinnie assim que me viu.

— É só frescura — Vinnie desdenhou e eu o encarei com raiva com a sua indiferença. — Enche os tanques que eu vou pegar água e algo para comermos durante o resto do caminho.

Não esperei por ele e caminhei em direção à entrada da loja de conveniência, tentando controlar a minha tristeza.

Por que o Vinnie tinha que sempre agir como idiota quando se tratava de mim?

Um sino tocou quando abri a porta do estabelecimento e o caixa que estava atrás do balcão lendo uma revista, levantou a cabeça, olhou pra mim e sorriu.

Achei ele bem bonito; loiro, magro, cabelos lisos na altura da nuca e os olhos castanhos.

— Posso ajudar, senhorita? — O garoto perguntou com simpatia.

— Preciso usar o banheiro.

— Para banho? — Ele apontou para um cartaz atrás dele, onde estava escrito os valores para usar um banheiro para tomar banho e que para usar o simples, eu teria que comprar alguma coisa na loja.

Quando o sino da entrada tocou novamente, Vinnie, Samantha e Noah adentraram a loja e o meu cunhado se dirigiu ao atendente do local enquanto a minha irmã me abraçou por cima do ombro, me guiando até às prateleiras.

— Talvez tenha algo que você goste de comer, Lily.

Fiz uma careta, mas ao chegarmos no fundo do lugar, havia outras opções como nuggets e foi o que escolhi junto com refrigerante e uma fatia de pizza.

 ˢᵖᵃⁿᵏ ᵐᵉ, ᵈᵃᵈᵈʸ ⁻ ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora