Aquele seu sorriso. [Lawlu]

O leilão.

Law estava em Sabaody, em um leilão que acontecia no Mangue #1. Ele estava ali apenas para passar o tempo enquanto não partia para o Novo Mundo.

Em sua visão, aquelas pessoas não passavam de nobres nojentos à procura de lacaios para lhes servirem, para depois jogá-los fora como se fossem lixo.

O moreno achava aquilo um tanto entediante, mas, naquele ambiente, acabou se deparando com Eustass Kid, o novato com a maior recompensa naquela ilha. Como de costume, ele lançou um sorriso debochado e logo mostrou o dedo do meio.

Depois de alguns momentos, o bando do Chapéu de Palha apareceu no leilão, porém, seu capitão não estava junto a eles.

[...]

Um nobre chegou ao leilão, e não era qualquer um: era um Dragão Celestial. Agora havia três Dragões Celestiais no leilão. Law o encarou enquanto este passava; realmente, não gostou da postura daquele homem. Kid e o resto do bando do Chapéu de Palha tiveram a mesma reação que Law.

De repente, um peixe voador apareceu na entrada do leilão, e, em seguida, Luffy, um homem cuja recompensa era de 300 milhões de berries, surgiu com uma expressão visivelmente irritada.

Law ficou surpreso com aquela entrada impactante, mas algo mais chamou sua atenção naquele garoto. O moreno abriu um sorriso involuntário, algo incomum, já que ele costumava lançar apenas sorrisos provocativos ou falsos para as pessoas ao seu redor.

Luffy olhava de um lado para o outro, à procura de alguém, enquanto gritava um nome:

— Camie! - Luffy chamava pela sereia.

"O que será que Mugiwara-ya quer, entrando dessa forma no leilão e chamando o nome da sereia que acaba de ser leiloada? As coisas estão começando a ficar interessantes." Law observava tudo, curioso, aguardando os próximos acontecimentos.

Assim que Luffy avistou a sereia dentro do mini aquário, um homem que vestia um casaco verde tentou impedi-lo de ir até lá, dando motivos racionais para que ele parasse. No entanto, o moreno continuou correndo até o palco onde Camie estava.

Seu casaco acabou saindo de seu corpo, revelando que o homem era, na verdade, um homem-peixe. As pessoas ficaram instantaneamente horrorizadas e começaram a jogar coisas em Hatchan, enquanto gritavam: "Aberração!", "Volte para o mar, seu monstro!" e outras ofensas.

Um barulho de tiro foi ouvido, fazendo Luffy parar imediatamente. Quando ele olhou para trás, viu Hatchan sangrando e caído nas escadas. Um Dragão Celestial havia atirado no homem-peixe.

— Atirei nele! Derrubei um homem-peixe! - o nobre comemorava sua "vitória" enquanto cantarolava que havia vencido.

O Chapéu de Palha ficou boquiaberto ao ouvir o tiro e, ao olhar para trás, viu Hatchan caído. Rapidamente, o rosto de Luffy adquiriu uma expressão séria e raivosa.

As pessoas no local se sentiam aliviadas e olhavam para o homem-peixe caído no chão com desprezo. Certamente, aquilo não agradou nem um pouco a Luffy, que começou a caminhar em direção ao Dragão Celestial.

"O que será que Mugiwara-ya vai fazer? Aparentemente, seu companheiro foi baleado. O que ele pretende fazer indo em direção ao Dragão Celestial?" Law continuava observando a cena em silêncio, curioso para ver até onde aquela situação iria.

Luffy foi impedido de andar por Hatchan, que segurou sua calça e braço, fazendo-o olhar para o homem-peixe caído.

— Chapéu de Palha... Não faça essa loucura, foi tudo culpa minha... - ele tremia enquanto tentava fazer Luffy ouvir a razão.

O Dragão Celestial apontou novamente sua arma, pronto para atirar, mas Luffy se colocou na frente da mira, continuando a caminhar em direção ao nobre, que segurava a arma dourada.

Law, que ainda observava tudo, decidiu falar:

— Mugiwara-ya?

"Ele vai bater no Dragão Celestial por ter atirado no homem-peixe? Ele não sabe os riscos que isso pode trazer para nós? Mas, pensando bem, ele é conhecido por fazer loucuras." A cada minuto que passava, Law ficava mais interessado naquele garoto.

O nobre atirou, e atirou, mas Luffy desviou de todas as balas. Seus olhos expressavam um ódio profundo pelo homem à sua frente, e logo ele cerrou o punho.

Então, Luffy do Chapéu de Palha cravou seu punho no rosto do Dragão Celestial, fazendo-o voar longe. Certamente, ele não se importava com as consequências de sua ação.

As pessoas, ao verem a cena, ficaram em choque, ainda olhando para o Chapéu de Palha, que agora estalava os dedos.

Law observou a cena com uma expressão neutra, mas, depois, fechou os olhos e abriu um sorriso malicioso e intrigado diante da ação.

O moreno continuava sentado, observando o bando do Chapéu de Palha causar o maior caos naquele leilão, por causa de uma sereia e um homem-peixe. Ele riu levemente, ainda curioso para ver onde aquilo tudo iria parar.

— Mugiwara-ya... Um homem de 300 milhões... - Law sorria, mostrando os dentes, seus olhos cansados e com olheiras.

O bando gritava entre si, falando sobre fugir antes que o Almirante e os navios de guerra chegassem ali.

— A Marinha já chegou, Mugiwara-ya. - disse o moreno, com as pernas cruzadas, ainda sem olhar diretamente para Luffy.

— Quem é você? E esse urso aí? -  Luffy olhou para Law e para o urso branco que estava ao seu lado. Bepo corou um pouco e logo virou o rosto.

— Eles já haviam cercado o local antes do leilão começar. O QG da Marinha tem um posto avançado no arquipélago - informou Law, ainda sem olhar diretamente para Luffy. — Não sei quem eles queriam pegar, mas duvido que esperassem que alguém fosse bater nos Dragões Celestiais.

— Belo espetáculo, Mugiwara-ya. - ele riu, finalmente olhando para Luffy, ainda com um sorriso no rosto.

— Esse deve ser Trafalgar Law. Luffy, ele também é pirata. - Robin disse ao capitão.

— Hã?! Até o urso? - perguntou Luffy.

Robin então apresentou Eustass Kid ao bando, assim como o restante das pessoas presentes.

[...]

Depois de alguns minutos, a parede foi aberta por um gigante, que usou as próprias mãos para rompê-la. Um monte de escravos saiu dali, e, logo em seguida, um velho apagou a maioria das pessoas presentes.

Law fechou a cara, voltando a olhar para baixo. Uma gota de suor caiu de seu queixo, e ele engoliu em seco.

Era Rayleigh, o Rei das Trevas.

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Alguém me mata