Teu perfume: 34

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As horas se passaram de maneira insuportável e quando a médica veio ao seu encontro, Ricardo levantou rapidamente. Seu coração acelerou quando a mesma o permitiu entrar no quarto em que a Tebet repousava, sedada, pensando que o mesmo fosse de fato de sua família. Ela estava, apesar de sua palidez e fragilidade sobre a cama, bela como sempre. Fora deixado a sós com ela, respirou fundo ao parar ao lado dela.

Inclinou seu corpo, as mãos percorreram os braços dela como se a ponta dos dedos eletrizassem com seu calor. O peito subia e descia lento em seu estado de inconsciência. Tocou o rosto dela cuidadosamente e sorriu largamente. Não podendo suportar todo o desejo por ela, e sabendo que acordada seria expulso sem poder se aproximar, aproveitou-se da sedação dela.

- Você é minha, Simone... Mesmo que não saiba, é minha - Murmurou ao pé do ouvido dela, que continuava inerte, e passou os lábios por sua bochecha - Ainda irá me amar, eu sou a pessoa certa para você!

Observou todo o corpo dela sentindo-se salivar. Seus lábios beijaram os dela, a língua passou por entre sua boca, ele quase arfou com isso. Se sentia louco em vontades. Respirando fundo desceu as mãos pelo pescoço dela até chegar em seus seios. Os apertou com força, morto por possuí-la e a viu franzir o cenho sem despertar. Deviam estar sensíveis pela gravidez e isso o fez a querer mais. As mãos continuaram a descer pelo abdômen dela e sentiu a pequena protuberância ao pé de sua barriga. Queria aquela família para si, seria a compensação por tudo que o marido dela o tirou. Quando ela entreabriu os olhos e a mão quis o afastar, mesmo sem entender o que se passava, ele se afastou um pouco e ela voltou a apagar.

Beijou o rosto dela, as mãos passearam maliciosas e ásperas por cima da bata hospitalar. Latejava profundamente da cintura para baixo. Respirou o perfume no pescoço dela e passou a língua pegajosa ali. Ela balbuciou algo que não conseguia entender e seu corpo ficou tenso. Queria rasgar aquele tecido e a fazer sua com selvageria. Mordeu o lábio quase o ferindo e chupou sua orelha em busca de provar algo nela. Não suportando mais estar lá, sem poder tê-la, arrancou seu acesso a fazendo gemer de dor por cima da sonolência intensa. Limpou superficialmente seu braço com o lençol, mesmo com o sangue ainda fluindo, e a carregou para fora da cama. A cabeça dela pendeu em seu ombro e os pontos na testa romperam. Ela abriu os olhos, as pálpebras pesando, e pareceu inutilmente tentar empurrá-lo.

- Você vai gostar, meu amor. Vou te fazer minha e não terá nada que queira mais além disso - Deixou um selinho nos lábios da mulher que voltou a desfalecer em seus braços - Isso, dorme... Logo estaremos em casa.

Caminhou devagar até a porta do quarto, cautelosamente iria espiar na brecha para saber se ninguém estava por perto para o impedir, já sentia a excitação em tão somente a ter vulnerável e entregue em seus braços. Antes que pudesse seguir seu plano de levá-la do local a porta se chocou contra a parede com força e uma morena com olhos furiosos e mãos fechadas em punhos se apressou na direção dele como se fosse o matar. Nervosamente manteve a Tebet em seus braços e prendeu a respiração quando a outra mulher veio em sua direção vazando ódio por todo o corpo.

- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?! - Ester esbravejou, querendo arrancar sua irmã daquele homem - PÕE ELA AGORA MESMO NAQUELA CAMA!

- E-eu... - Tenso, frustrado e sem saída o homem colocou a Tebet cuidadosamente na cama.

- Cala a merda dessa boca! Não quero saber que desculpa imbecil você tem! - O puxou pela gola da camisa, próximo ao seu rosto - Na próxima vez que te vi um passinho mais perto da minha irmã vou arrancar seu escroto. - Falou entre os dentes, deu uma joelhada em sua virilha, e o empurrou furiosa.

Teu toqueOnde histórias criam vida. Descubra agora