Descobertas dolorosas: 5

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Aviso que esse capítulo contém gatilhos.

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Simone acordara sozinha em seu quarto no meio da noite, um enjoo incômodo a despertara, sonolenta a mulher levantou-se e buscou seu robe para ir até a cozinha. Enquanto tomava um pouco de água para aliviar a sensação de náusea a porta do apartamento se abriu com uma força desmedida usada para abri-la e um Eduardo completamente amarrotado e embriagado adentrou o lugar. Ela tentou sair da cozinha antes de ser vista por ele, mas já era tarde, o homem a viu a chamou com um tom autoritário. Tentando continuar sua caminhada até o quarto, ignorando-o, ela foi parada por ele que a puxou pelo braço e a pressionou contra as costas do sofá, ignorá-lo não surtiu efeito e a mulher se via presa entre os braços dele respirando o bafo de álcool que ele tinha naquele momento. Seu corpo estremeceu ao recordar a última vez que aquilo acontecera, ela não permitiria que terminasse como da última vez, não suportaria.

- Me larga, Eduardo! - Exigiu, se debatendo.

- Você é minha mulher e eu quero que me satisfaça - Ordenou, com a voz arrastada, abrindo o robe dela enquanto descia beijos pegajosos pelo pescoço da mesma - Vamos, sei que quer... Faz tanto tempo.

- Eu não quero - Tentou o empurrar, sentindo repulsa de seus beijos - Me solta!

- Cadê aquela mulher fogosa com quem casei? - Sorriu malicioso, chocando os lábios contra os dela.

- Eu tenho nojo de você - Mordeu o lábio dele com força e recebeu um tapa menos forte que o normal, já que o mesmo estava desnorteado com a bebida.

- Tem é? Não pareceu sentir nojo da última vez que transamos - A puxou outra vez e sentiu um chute forte em sua virilha, caindo ajoelhado - Sua cadela! - Gritou, encolhido de dor.

- Você me forçou da última vez - Sua voz tremia - Eu senti repulsa cada segundo - Afirmou, se afastando.

- Eu vou te ensinar uma lição - Se levantou, cambaleando nos passos, e se assustou ao ver que a mulher buscara uma faca e lhe apontava.

- Se você encostar um dedo em mim eu juro que te mato - Ameaçou convicta - Me deixa em paz!

- Está bem, amor - Riu com desdém - De qualquer forma prefiro uma prostituta que você... Sempre preferi qualquer mulher em seu lugar - Confessou - Desde o dia do nosso casamento. Precisei buscar outra antes da lua de mel para poder ter uma imagem agradável na cabeça antes de deitar com você - A diminuiu, se afastando.

- Eu não me importo - Segurou as lágrimas que lhe vieram aos olhos - Sei que nunca me amou, já entendi isso há anos - Continuava segurando a faca.

- Casei com você por interesse. Precisava ter influência e dinheiro - Riu - Sabe a pior coisa nesse casamento? Você ter engravidado duas vezes... Já foi difícil casar com você, mas ter filhas com você foi o pior - Revirou os olhos - Tudo ficou mais chato depois disso. Ficou mais difícil suportar você e essas crianças malditas! E seu corpo ficou ainda menos desejável depois de tudo - Sua voz continha desprezo.

- Então vai embora. Eu fico com minhas filhas e você ganha sua liberdade... Estará livre para viver sua vida sem filhos e sem uma mulher que tanto repudia - O coração batia fraco ao peito com tudo que ouvira.

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