Quem assume sua verdade age de acordo com os valores da vida, mesmo enfrentando o preconceito e pagando o preço de ser diferente, passa credibilidade, obtém respeito e se realiza.
"Luiz Gasparetto"Se tinha uma coisa que o Jeon entendia bem era de ter uma vida de merda, mas ele sempre se recuperou, ele vivia bem sem aquela família cruel, tinha se erguido a duras penas, havia saído sem nada daquela casa. Havia começado do zero com o Yoongi. Mas o passado precisava ser resolvido, ele reveria essas odiadas pessoas, reaveria tudo que o pertencia e voltaria para reconquistar o amor de sua vida. Ele queria enterrar seu passado de vez.
Doía saber que ele era o culpado do sofrimento do Jimin, afinal o Jimin nunca exigiu nada, ele não pediu por mudança, o aceitou da forma que era, sem impor sua vida de luxo e ainda se adaptando à vida classe média do Jungkook. E ele com meu coração ferido não enxergou nada disso, não fez nada por ele além de dar um pouco de atenção e alguns momentos de paixão, mas em nenhum momento abdicou nada por ele, era sempre ele vindo até o Jungkook. Era ele que sempre se deslocava, era ele que vinha almoçar comigo, era ele que o trazia um chocolate toda aula. Perceber isso era infernal. Jungkook já estava derramando mais lágrimas, já havia chorado tanto nesses últimos meses que daria um rio.
Ele estava no aeroporto embarcando para voltar no local que mais odiava, sentia até enjoo tamanho o asco que sentia daquele lugar e daquelas pessoas. Ninguém havia tido a nobreza de o ajudar, tios, primos, amigos, todos ele viraram as costas e agora teria a chance de finalmente ter voz, mostraria que um gay também pode ter poder e ser cruel. Ele os deixaria na rua se assim puder.
Primeiro reservou um hotel, assim teria tempo de ver tudo que precisava antes de procurá-los. Seguiu para o hotel para descansar, entretanto, antes disso ligou para o filho do melhor amigo do avô, ele era na época, um jovem advogado, porém muito competente, continuou o legado do seu pai quando ele se aposentou. Primeiro falou com o pai dele e ele ficou bem feliz em saber que o Jeon Jungkook estava vivo. Disse que tem coisas bem sérias para falar comigo, deve ter, pelo menos, uns 85 anos, meu avô faleceu mais novo, mas também era mais velho que esse amigo. Lembro bem deles brincando com a idade.
Jungkook estava exausto e dormiu por quase 12 horas seguidas, acordou, comeu e seguiu para a casa do senhor Lee. Seus pensamentos estavam a mil por hora. Saber que encontraria aquelas pessoas que tanto o magoaram era muito doloroso e, ao mesmo tempo, libertador. Esperava se libertar de todas as amarras do passado, na verdade, sentia que estava liberto que apenas precisava olhá-los e perceber que havia crescido. Aquele medo já não o pertencia, que agora era adulto e saberia se defender muito bem, queria fazer isso para virar a página definitivamente do passado, queria e precisava estar inteiro para se entregar inteiramente ao seu amor. Não sabia quanto tempo levaria, contudo, não desistiria.
Jimin deve está arredio, Jungkook o entendia, no entanto, não desistiria dele, pois o Jimin nunca desistiu dele, passou dias e dias insistindo em falar, ele que foi um idiota e apenas o ignorou. Deve ter doído muito, ele é todo sensível, sempre educado, prestativo e o Jeon quebrou o coração dele que ele tinha a duras penas colado para o oferecer. Chegou o momento e o Jeon estava na casa do Senhor Lee e foi recebido por um homem que disse ser o tal filho dele, fomos para o escritório onde o avô estava com várias pastas me esperando.
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Um encontro inesperado
FanfictionUm tímido e reservado, O outro extrovertido e galanteador. Um gay assumido, O outro hétero pegador. Um milionário ambicioso, O outro tem medo de pessoas ricas por ter sofrido nas mãos de quem deveria tê-lo protegido. Em comum, os dois carregam traum...