Vínculo

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Não sei ao certo que horas fomos dormir, mas com certeza já estava próximo do amanhecer. Paul e eu exploramos nossos corpos por horas até chegarmos no limite do cansaço e apagarmos completamente.

Estava dormindo tranquilamente no peito nu do meu namorado, quando meu telefone começou a tocar incansavelmente e aquele barulho irritante me despertar da melhor noite que eu já tinha tido, até agora. Atendi ainda sonolenta.

— Finalmente né, Bela Adormecida! Já estava quase chamando Charlie para espalhar sua foto por aí. — Era Leah.

— Me dê um bom motivo, Leah Clearwater!

— Salvar o pinto do seu namorado seria um deles? Porque Quil acabou de chegar aqui te procurando e advinha só quem dormia no meu sofá e acordou justo na mesma hora? Isso mesmo, seu irmãozinho mais novo. Ou seja, o plano foi pro ralo.

— Não, não, não, não! Quanto tempo até chegarem aqui? Espera aí… O que Embry estava fazendo no seu sofá?

— Sério que sua preocupação é essa agora? Eu realmente espero que estejam vestidos, porque pelo jeito que saíram daqui, eles vão chegar a literalmente a qualquer momento.

Desliguei o telefone sem nem ao menos me despedir e comecei a chamar Paul para que ele acordasse. Em simultâneo, corri para me vestir; ou melhor, para tentar encontrar onde estava minha roupa e poder fazer isso.

Quando Lahote finalmente vestiu sua bermuda, as batidas na porta soaram.

— Droga! Ok, vamos lidar com isso. — O puxei pela mão e tomei a liberdade de abrir a porta dando de cara com Sam, Embry e Quil.

— Maya, apenas vamos pra casa, ok? — Quil foi o primeiro a falar.

— Bom dia para todos também. Que tal começarmos o dia entendendo que a irmã e prima de vocês já é maior de idade e sabe muito bem o que está fazendo?

— O problema não é a idade e nem mesmo o que vocês estavam fazendo… Eu acho. Mas precisava mentir, Maya? — O mais velho disse enquanto nos avaliava dos pés à cabeça.

— Eu sei, errei, mas até parece né, Sam!? Se eu tivesse dito que estava vindo pra cá ontem à noite, vocês com toda a certeza do mundo estariam fazendo rondas até dentro de casa.

Paul, que engoliu em seco, continuou calado em minhas costas apenas observando atentamente cada atitude dos demais.

— Vá pra casa com o Quil, Maya. Eu, Embry e Paul precisamos conversar.

— Eu que o pedi em namoro, então acho que é justo que eu participe.

— Você o que? — Embry olhou pra mim incrédulo.

— Século XXI, Embry, credo! — Revirei os olhos — E agradeçam por isso, porque se dependesse do Paul, nós estaríamos noivos!

— Ateara! — Foi a primeira vez que Paul se fez presente na conversa, saindo das minhas costas e se posicionando ao meu lado, entrelaçando nossas mãos. — Olha, eu sei que provavelmente o correto teria sido eu conversar com vocês antes, mas tá no sangue a impulsividade. Eu sei também que desde sempre mostrei um comportamento… Irregular, mas garanto que jamais faria qualquer coisa que fuja do bem estar da Maya. Sam e Quil principalmente, vocês conseguem entender isso, não é? Quanto ao Embry, estou realmente disposto a provar que por ela e pra ela, serei a pessoa certa.

Sorri satisfeita com o pronunciamento dele, o que também agradou aos demais.

— Não tenho dúvidas que você é a pessoa certa para nossa irmã, Paul. Isso nem sequer foi questionado por nós. Só não quero que a sua impulsividade traga consequências inesperadas para Maya. Esse relacionamento começar com uma mentira dessa proporção, é complicado. — Sam, como sempre, bancando o mais responsável.

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