Para sempre

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Voltamos ao quarto onde fizemos uma verdadeira reunião e tive que contar nos mínimos detalhes tudo o que aconteceu nas últimas horas. Além disso, fiz uma vídeo chamada com todos que ainda estavam aflitos na reserva, para verem com os próprios olhos que estava tudo bem comigo. Felizmente, não contaram nada para tia Joy e velho Quil, o que me poupou alguns sermões.

Desde que contei sobre o imprinting, o sorriso de Paul não saia do rosto – e eu particularmente estava amando isso. Ainda sim, decidimos que iríamos respeitar o retorno dos seus sentimentos com calma e paciência, como merecido. Eu tinha muito o que me desculpar e compensar também.

— Ainda não acredito que você não revidou! — Encarei Cameron tentando segurar o riso, enquanto ele contava de forma divertida o que Paul havia feito com ele assim que chegou.

— Assumo que o vira lata sabe como dar um bom soco. — Cameron ria feliz com seu rosto adolescente em perfeito estado. Como seria para sempre. — E sabendo do imprinting, coitado de mim se tivesse revidado, não?

Ri.

— Sinto muito, Cammy. De verdade. Não quis causar tudo isso pra você. Aliás, pra todos vocês. — Mostrei-lhes um biquinho culpado.

— Está tudo bem, Uley. Em geral, estou feliz por tudo ter se resolvido e por vocês dois também. — O vampiro nos olhou satisfeito — Eu amo você, sabe disso, não é? Sempre estarei torcendo por sua felicidade. E quando precisar, pode chamar novamente.

Nos abraçamos forte. Dessa vez, parecia realmente que iríamos passar um bom tempo longe um do outro. E pela primeira vez, eu estava em paz com isso. Depois de tanta dor de cabeça, merecíamos uma vida tranquila e curtir nossa nova realidade.

— Se cuida, Adams. — Paul se aproximou quando nos soltamos e estendeu a mão amigavelmente para Cameron. Apesar daquela atitude ser extremamente estranha, eu fiquei feliz. Indiquei com o olhar para que Cameron aceitasse a tentativa de trégua, pois eu sabia que aquele seria o máximo que Lahote faria pra dizer que estava "tudo bem".

— Você também, cacho-- Paul. Ah, e vê se cuida da minha amiga, ein!? Enquanto estiver tudo bem, eu estarei longe. Lembre-se disso!

Paul riu baixo em resposta e eu juntei as sobrancelhas, levando a mão a boca ao ver o aperto de mão mais amigável dos últimos tempos.

— Okay… Vamos nessa! Não quero pegar a estrada à noite. — Leah quebrou o momento de união entre dois dos homens que eu mais amava na vida e a fuzilei com o olhar — O quê? Guarde seus fetiches para si, Maya.

Revirei os olhos.

— Que ele fique bonzinho assim pra sempre, amém! — Embry levantou as mãos olhando pra cima, como se estivesse realmente falando com Deus. Quanto drama!

— Tudo bem, tudo bem! Definitivamente, vamos logo!

A volta pra casa foi mais tranquila e diria que até mais rápida do que a ida para Seattle. Viemos o caminho todo cantando, comendo alguns salgadinhos e chocolates que havíamos comprado antes de sairmos, e conversando sobre o que tinha acontecido até aqui.

Leah não abriu mão de dirigir e Embry a acompanhava no banco da frente, enquanto eu e Paul vínhamos juntos no banco de trás, revezando entre deitar um no colo do outro ou apenas ficar abraçados.

A chegada, apesar de já ter tranquilizado a todos por vídeo chamada, foi um verdadeiro show de drama. Agradeci por Alex e Seth estarem na escola e não piorar tudo isso. Apesar de sentir muita a falta dos meus bebês, uma coisa era fato: se eu ver a Alex chorando, eu choro também. E ela com certeza choraria.

— Finalmente! — Jake foi o primeiro a se aproximar e me abraçar. Nem eu sabia que ele gostava tanto assim de mim.

— Nunca mais, Maya! Nunca mais! — Sam vinha irritado, trazendo toda sua pose de alfa e irmão mais velho, que se desfez rapidinho quando eu o abracei.

Let's BurnOnde histórias criam vida. Descubra agora