(A história se inicia quando Antônio e Irene se conhecem.)
Irene Pinheiro era praticamente uma menina quando chegou no bar de cândida, ela não estava ali por vontade própria. Seu pai tinha grandes dívidas no bar graças ao seu vício em álcool, a única coisa que a mulher podia fazer era aceitar em silêncio, depois da morte da sua mãe ela não tinha mais ninguém que pudesse confiar.
- Bem menina agora que tá aqui vou te apresentar o seu quarto e vai precisar trabalhar viu. - a dona no bar deixava claro.
- Como assim trabalhar?
- Oras vai se tornar uma mulher da vida como disses por aí.
- Mas eu nunca fiz isso, não sei como fazer e não quero fazer.
- Querida não perguntei se quer fazer, estou te informando. Esse é seu quarto, esteja pronta de noite. Vou mandar uma das meninas vir aqui depois. - Cândida sinalizou uma porta pra que Irene pudesse abrir e saiu andando.
A mesma abriu a porta do quarto desanimada, não tinha ideia do porquê tinha que passar por aquilo mas sabia que esse era o melhor caminho pra família e até mesmo o mais fácil pra ela. Irene se deparou com um quarto um pouco maior do que ela estava acostumada mas o local não deixava de ser sóbrio pra ela, ela começou a organizar as poucas coisas que tinha da melhor forma possível, até que ouviu uma batida na porta.
- Licença, posso entrar? - dizia uma mulher que Irene não conhecia.
- Pode mas desculpe a pergunta quem é você?
- Cândida não avisou que eu viria aqui? Sou Berenice mas pode me chamar só de nice, prazer. - se apresentou enquanto estendia a mão pra outra mulher.
- Prazer nice, sou Irene. - falou devolvendo o comprimento com a mão.
- Bem Irene, você é uma mulher muito bonita pode ter a sorte de encontrar alguém que a tire daqui.
- Não acho que algum homem queria uma mulher assim como ela.
- E porque não? Pelo o quê eu vejo também é educada, vim aqui pra te ajudar a se arrumar hoje.
- Tudo bem mas exatamente o quê eu vou precisar fazer?
- Bem simples meu bem, ir lá pra baixo aguardar algum homem que satisfazer ele.
- Não sei se tenho coragem pra isso.
- Mas você precisa ter. Vá tomar banho e vista um roupão quando sair, vou pegar algumas roupas pra você. - nice falou com um tom leve na tentativa de confortar a menina.
Irene tomou um banho rápido, estava nervosa demais pensando no que poderia aguardar. Estava torcendo pra nenhum homem se interessar por ela, não queria passar por tal humilhação. Saiu do banho e vestiu o roupão como nice pediu e aguardou sentada em uma cadeira que tinha no quarto.
- Voltei, trouxe algumas roupas mas queria que você usasse uma roupa específica hoje, esse vestido aqui.
Era um vestido vermelho escuro quase vinho, era um pouco acima dos joelhos e com um decote volumoso.
- Isso não é muito amostrado? - Irene perguntou com receio, ela nunca tinha usado uma roupa assim antes.
- Acredite mas as outras usam roupas mais curtas, toma o vestido e essas roupas íntimas vá se trocar. - a prima de cândida disse rindo da inocência da mulher.
Irene se vestiu e saiu do banheiro parecendo outra mulher, estava totalmente esplêndida com aquela roupa.
- Nossa! Sabia que ia ficar divina com essa roupa, agora sentar aqui vou te maquiar e arrumar seu cabelo.
Nice percebia o nervosismo de Irene, estava com pena da moça mas não podia fazer nada além de tentar ajudar com o pouco que sabia.
- Olha nem todos os homens vem pra cá ter relações com as meninas.
- Então o quê eles fazem? - Irene perguntou interessada no assunto.
- Beber é claro mas também atrás de companhia, pra conversar sabe.
- Eles precisam vir aqui pra conversar? Por que?
- Não me faça perguntas difíceis Irene. - Nice disse depois de terminar a maquiagem de Irene e começar a pentear o cabelo dela. - Mas olha tem um homem que ficou viúvo a pouco tempo e sempre vem aqui, tem um filho pequeno e tem dinheiro.
- Ele vem pra conversar ou ter relações?
- Até o momento só conversar.
- Qual nome dele?
- Antônio la selva, acabei agora coloca os saltos.
Irene colocou os saltos um pouco desengonçada, afinal era a primeira vez usando mas logo pegou o jeito e começou a andar como se soubesse a anos.
- Agora vamos descer. - Nice acompanhou Irene até o bar e a deixou sentada sozinha em uma mesa somente com um copo no qual Irene previu que fosse cachaça.
Os clientes estavam chegando e a maioria estavam encantados pela moça que estava sentada sozinha mas nenhum havia se aproximando ainda, exceto o homem que tinha acabado de chegar.
- Licença moça as mesas estão cheias, posso me sentar aqui com você?
....até o próximo capítulo!!
Capítulo corrigido.
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daylight
RomanceOnde Irene não sabe o quê é o amor. Onde Antônio descobre o verdadeiro significado do amor.