06|sentir.

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Antônio desceu para o bar deixando a mulher sozinha, mas antes de sair preferiu ter uma conversa séria com a dona do bar.

- Cândida?

- Antônio querido, em que posso ajudar? Irene foi boa companhia? - a cafetina respondeu levando a conversa para um teor sexual.

- Pode sim e sobre Irene que eu quero falar. Em particular sem possível.

- Claro! Vamos ali pra porta.

Os dois caminharam até a saída do bar onde eles pensam que não tinha ninguém mas nice estava ali ouvindo a conversa.

- Então Cândida, eu não quero que Irene trabalhe mais desse jeito.

- Mas Antônio não posso manter ela aqui sem que ela trabalhe.

- Se o problema por dinheiro eu pago.

- Antônio posso fazer uma pergunta?

- Já está fazendo mas diga.

- Está apaixonado pela moça?

- Não Cândida, pelo menos não ainda. Irene tem um olhar de tirar o fôlego, estou encantado e não quero que ela se deite com outro homem.

- Mas ela já teve um cliente antes.

- Eu percebi e um conselho não deveria deixar cliente tão agressivos fazer o quê fazem.

- Vou ver o quê faço.

- Quem foi o homem que estava com ela ontem?

- Não posso revelar nomes.

- Cândida não é um pedido. - Antônio falou enquanto dava algumas notas de dinheiro pra mulher.

- Andrade.

- Certo...obrigado, estamos conversados sobre Irene.

- Sim, estamos. Não vai fazer nada com o homem né?

- Eu não mas o Carlos vai.

- Vai mandar o capataz matar ele Antônio?

- Não se meta nesse assunto.

O homem se retirou do bar deixando a mulher um pouco nervosa com a possível atitude que ele poderia tomar.

Nice que ouvia tudo foi em direção ao quarto da amiga para tentar deixá-la alerta sobre os próximos passos.

- Irene! Sou eu, abre aqui. - nice falou em bom tom pra acordar a mulher.

- Nice estou com sono, pera aí já vou.

Uma voz sonolenta ecoou no quarto, Irene se levantou da cama vestindo um robe que estava usando antes e foi até a porta permitindo que a amiga entrasse.

- Finalmente! Olha você não sabe o quê Antônio pediu pra Cândida.

- Se você não me falar mais vou saber. - Irene deu um sorriso enquanto falava e assistia a amiga a fazer uma cara de tédio.

- Vou ignorar sua brincadeira viu, ele pediu pra que você não trabalhasse mais aqui.

- Como assim? Pra onde eu vou?

- Aí calma você entendeu errado, ele pediu pra que você não trabalhasse mas você continua a morar aqui. Ele vai pagar pra Cândida.

- Mas porque ele faria isso?

- Olha ele falou que não está apaixonado mas que está encantado.

- Sério? - Irene questionou ansiosa pela resposta e com os olhos um pouco brilhantes.

- Sério mas minha amiga não se iluda Antônio é controlador, ele fazia um inferno da vida da Agatha mas ela não era muito santa né enfim tome cuidado.

- Não se preocupe nice, vou me cuidar.

- Como aí pra mim, a noite foi animada?

- Muito! Não faz ideia.

- E nem quero saber me deixe longe dos detalhes.

- Ah mas quero contar. - Irene ria enquanto a amiga tentava fugir da conversa.

- Mas eu não vou ouvir! Vou descer, a senhorita não precisa trabalhar mas eu preciso!

Nice deu um beijo carinhoso da testa da amiga como se fosse um símbolo de proteção, se retirou apressadamente e deixou uma mulher cheia de esperança dentro do quarto.

Esperança de finalmente ter alguém que possa amá-la, cuidar dela, esperança de formar uma família e ter o lar que nunca teve.

Irene estava um poço de felicidade, um sentimento nunca experimentando antes inundou a mulher.

Depois da notícia da amiga, Irene não se preocupou em ir até o salão do bar. Tudo que ela queria era descansar depois da noite quente com Antônio.

[...]

No dia seguinte ambos estavam nas nuvens o bom humor era visto do rosto dos dois, a noite passada só havia sido o início de uma enorme paixão que iria se estender por anos e render muito frutos.

Frutos dessa paixão que já estava a caminho sem mesmo Irene ou Antônio saber.

A mulher estava da parte de baixo do bar conversando com sua única amiga, Irene sabia que podia confiar em Berenice de olhos fechados. Eram anos sem ter alguém que pudesse contar, parecia que tudo iria se encaixar e ela finalmente poderia encontrar a felicidade.

Ela nunca tinha experimentando amar alguém e também não sabia se estava apaixonada mas ela podia sentir as coisas que nunca sentiu antes toda vez que lembrava dos toques do homem ou cada vez que comentava sobre ele.

Pra surpresa de Irene uma visita não esperada tinha acabado de chegar ao bar logo no início da tarde.

- Irene? - a voz ecoou sobre o ambiente deixando Irene um pouco surpresa, quando olhou pra trás de deparou com um sorriso suave que o fazendeiro dava pra ela.

- Antônio? O quê está fazendo aqui essa hora?

- Queria levar você a um lugar, posso?

- Depende de onde, não vai arrastar minha amiga pra um lugar desconhecido. - nice se intrometeu na conversa.

- Fica quieta fofoqueira.

- Antônio não fale assim, ela é minha amiga e está apenas preocupada. Por favor peça desculpas. - Irene defendeu a amiga.

- Certo, desculpe nice.

- Parece um cachorro obedecendo a dona, tome cuidado e volte antes de anoitecer. - a prima de cândida falou a primeira parte rindo e logo depois mudou pra um tom de preocupada, deixando um beijo da testa da amiga e se retirando do ambiente.

- Vamos! Pra onde vai me levar?

- Vamos até a praia.

- Praia? Mas eu nunca fui e acho que nem tenho roupa pra isso.

- Bem acho que não vamos entrar no mar mas se acontecer não se preocupe entre de roupa mesmo.

- Está bem, vamos!!

Os dois caminharam até o carro do homem e mantiveram o caminho em um silêncio confortável enquanto ouviam algumas músicas.

- Chegamos.

- Vamos logo? Estou ansiosa.

- Nunca veio a praia mesmo? Achei que estivesse brincando.

- Nunca tive oportunidade...

🔺️ Notas da autora: Primeiro encontro romântico na praia...❤️‍🩹


Até o próximo!!
Capítulo corrigido.

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