🔺️ Notas da autora: O capítulo contém uma cena da personagem relatando um abuso. Caso sejam sensível por favor não leia. A cena será avisada por (⚠️ CONTEÚDO SENSÍVEL ⚠️).
Depois da longa conversa com Antônio, Irene foi informada por nice que já poderia ir pro quarto dormir.
Irene acordou se sentindo menos perdida que ontem, nice era a única que se conversava com ela. As duas tinham se tornado amigas.
- Acho que o doutor Antônio se interessou por você. - a prima de cândida falou enquanto auxiliava a mulher a fazer um pequeno penteado.
- Ele só foi gentil e educado.
- Antônio la selva não é um homem gentil, não se engane e tome cuidado com ele.
- Acho que ele não apresenta nenhum tipo de perigo.
- Você teve sorte que ele não pediu pra ir pra cama com você, não sabemos se ele vai se manter só na conversa hoje.
- Você está que ele iria querer ir pra cama comigo?
- E porque não ia querer? Você é muito interessante Irene, só precisa de um pouco mais de experiência. Fique atenta nem todos os homens são bons, vou te ajudar a se transformar em uma mulher tão perigosa quanto os homens.
- Desde que minha mãe morreu eu nunca tive uma figura feminina, não estou te chamando de mãe mas fico feliz em sabe que tenho uma pessoa aqui.
- Também fico feliz em ter você aqui Irene, tu me faz companhia e vice versa.
- Posso te dá um abraço?
- Espera só eu colocar o último grampo no cabelo. - nice tinha feito mexas no cabelo da mulher e acabou prendendo as mechas da frente com grampos, Irene parecia um anjo, seu olhar estava sereno e transmitia calma. - Pronto, vem cá!
As duas agora amigas se abraçaram por alguns segundos. Berenice tentou passar confiança pra Irene, não queria que sua nova amiga se machucasse e está temendo pela noite de hoje.
[....]
Antônio estava em um dia estressante como normalmente, os funcionários estavam estranhando a falta de concentração do fazendeiro que só sabia pensar na mulher por qual conversou a noite toda.
- Helena vêm aqui. - o fazendeiro falou em alto e bom voz.
- Sim senhor, do que precisa?
- Preciso que parem de me ligar.
- Mas doutor Antônio eu não posso fazer nada, sou uma secretária e não....
- Mesmo assim, faz alguma coisa. - Antônio falou a interrompendo. - O quê tem pra fazer hoje?
- Tudo bem, tem duas reuniões e o senhor precisa ver a plantão de milho.
- Cancele tudo, vou ir embora. Inventa alguma desculpa.
Antônio chegou em casa conferiu o filho que estava brincando com Angelina, subiu até o quarto e tomou um longo banho. Entrar naquele quarto que antes ele dividia com a esposa era uma verdadeira tortura, ele ainda não estava totalmente recuperado do ocorrido. O homem dormiu durante algumas horas, quando acordou o relógio indicava que era 22h.
Ele queria ir ao bar da cândida hoje. Hoje e talvez nos próximos dias.
O fazendeiro foi atendido por nice logo na porta, já se passavam das 23:30.
- Pensei que não iria vir hoje, custuma chegar mais cedo.
- Virou fiscal de horário? - respondeu com grosseria enquanto passava os olhos pelo ambiente procurando Irene.
- Se está procurando Irene pode esquecer, pediram por ela no início da noite e depois ela não desceu mais aqui pra baixo.
- Porque? O sujeito ainda está lá?
- Não mas ela está se sentindo mal, provavelmente alguma dor de cabeça.
- Posso vê-la?
- Sabe que não Antônio e outra coisa, Irene pode ter 21 anos mas ainda é inocente. Não tente bancar o elegante que sei que não é, eu sei o quê fazia com a Agatha e não vou permitir que faça a mesma coisa com a Irene.
- Você não sabe de nada!
- Sei mais do que pensa.
Antônio se retirou do bar frustrado, ele só queria ter uma conversa leve e tranquila que sabia que a mulher poderia proporcionar.
⚠️CONTEÚDO SENSÍVEL⚠️
[Algumas horas antes de Antônio chegar ao bar.]
Irene estava do quarto com seu primeiro cliente oficialmente.
- Pode não me apertar assim? Está me machucando
Irene praticamente implorou, ela estava a 40 minutos presa naquele quarto com um homem que não vem sendo nem um pouco gentil.
O tempo parecia que não passava, Irene tentava se esquivar do homem e chegar até a porta pra pedir ajuda. Sabia que aquele tipo de situação não era comum. Ela estava sendo agredida e violentada, por mais que gritasse ninguém iria ajudá-la. Ninguém estava ouvindo. Ela se sentia invisível.
- Que eu sabia uma piranha não tem voz para fazer alguma exigência.
A voz daquele homem a paralisou. Ela simplesmente não tinha mais voz pra gritar ou força pra lutar contra ele, ela estava lá a 40 minutos implorando pra alguém a tirasse daqui ou para que simplesmente terminasse morta para não precisa se encarar quando acordasse. Ela iria odiar seu reflexo por anos e anos.
Ela estava sozinha como sempre esteve. Ela era a presa, ela não conseguia se recompor.
A mulher chorava em completo desespero, ela tentava recuar de todas as formas mas não conseguia. Irene apertava os olhos em uma tentativa de não se lembrar das cenas no dia seguinte. Náuseas e vertigens estavam tomando conta do corpo dela.
Ela se sentia impotente e culpada por não conseguir lutar mais. O corpo dela desistiu, Irene apagou. Sem ter a chance de conseguir se livrar de um abusador.
⚠️ Ligue 180 para o enfrentamento à violência contra a mulher. ⚠️
Até o próximo!!
Capítulo corrigido.
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daylight
RomanceOnde Irene não sabe o quê é o amor. Onde Antônio descobre o verdadeiro significado do amor.