02|encantado.

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- Sim, pode. - Irene disse com a voz trêmula, sem coragem de olhar pro homem que tinha dirigido a palavra a ela e fingindo sorrisos.

- Nunca te ensinaram que é falta de educação falar com a pessoa sem olhar pra ela.

- Me desculpa.... - Irene ficou sem palavras ao finalmente olhar pros olhos do homem, um olhar tão forte e misterioso que despertou a curiosidade da mulher.

- Tudo bem, você é nova aqui?

- Se nunca me viu aqui antes deve ser porque sou né. - Irene respondeu um pouco impaciente mas logo depois se tocou do que fez. - Digo...sou sim, me desculpa.

- Você pede muita desculpas, posso beber essa cachaça aqui?

- Pode sim e que eu sabia também é falta de educação não se apresentar.

- Antônio la selva e você? - o homem falou enquanto achava graça do atrevimento da mulher.

- Irene...já me falaram de você Antônio. - automaticamente teve memória de sua conversa com nice.

- Esse povo são um bando de fofoqueiro, o quê falaram de mim?

- Só que é viúvo e que tem um filho pequeno.

- Hum, aposto que foi a nice.

- Já teve relações com a nice?

- Não, nunca nenhuma mulher aqui me interessou, pelo menos até essa noite. - Antônio praticamente sussurrou as palavras, ele estava mais preocupado em olhar e apreciar a beleza da mulher.

- Bom, acredito que porque tenha amado sua esposa.

- Sim....mas chega de falar de mim, está gostando aqui?

- Acredito que seja melhor do que era minha vida antes. - murmurou enquanto forçava um sorriso.

- Qual a sua história Irene?

- Meu pai tinha alguns problemas e por isso vim parar aqui.

- Já aconselhei a Cândida a não aceitar esses "negócios", não tem mãe não?

- Tinha, ela morreu a alguns meses. - mencionou a mãe enquanto segurava as lágrimas que brotavam dos seus olhos.

Ao notar isso Antônio rapidamente passou a mão abaixo do olho da mulher, na tentativa de silenciar seu possível choro. Levando Irene ao um certo nervoso pelo toque.

- Sinto muito, não tenho nem pai e nem mãe mas não dói mais.

- Queria que não doesse mais.

- O tempo cura tudo, até a dor. Só a saudades fica.

- Espero que sim Antônio.

Irene está com um sorriso singelo mas muito bonito, o homem ficou encantado pelas covinhas que nasciam no canto da boca da mulher.

O forma que Irene disse o nome Antônio, deixo o fazendeiro encantando. Ele estava fascinado pela mulher e não escondia isso, os dois passaram algumas horas conversando.

Quando se deram conta já era 3 da manhã, Antônio estava se despedindo.

- Está tarde, já vou obrigado pela companhia Irene. - Antônio falava depois de entregar algumas notas a mulher.

- Por que está me dando isso?

- Pelo seu tempo e assim que funciona.

- Certo, obrigado Antônio. Boa noite, dirija com cuidado e boa sorte com o caio. - Irene destacou a última parte se lembrando que o fazendeiro havia dito que tinha dificuldade de criar laços afetivos com o filho.

- Obrigada Irene, boa noite. - Antônio surpreendeu ela com um beijo deixado no canto de sua boca, o contato fez Irene se estremecer. - Fiquei encantando em conhecê-la.

- Igualmente Antônio. - Irene falou um pouco destoada mas com um sorriso no rosto.

Antônio não tinha ideia mas aquele simples beijo deixado próximo aos lábios da mulher havia feito borboletas brotarem na barriga da mesma.

Irene não fazia ideia que aquele sorriso que ela deu havia feito o homem se encantar ainda mais.

Até o próximo capítulo!
Capítulo corrigido! Ele é pequeno mas estou trabalhando pra deixar os outros maiores...

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