07|end game.

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Antônio saiu do carro e se dirigiu rapidamente até a outra porta fazendo questão de abri-la para Irene que em troca lhe ofereceu um sorriso em forma de agradecimento.

Inesperadamente quando começaram a caminhar a mulher ser surpreendeu com a atitude do homem e pegar a mão dela, os dois caminharam juntos até a orla da praia e o silêncio que estava foi interrompido pelas palavras de Irene.

— Nossa...é a coisa mais linda que já vi na vida.

— A praia é linda mas você é mais.

— Aí Antônio não me deixe envergonhada.

— Vem tira o sapato, vamos colocar os pés da areia!

Irene sentiu cócegas quando a areia entrou em contato com seus pés sua boca se curvou num sorriso deixando o fazendeiro hipnotizado pela ação. Os olhos de ambos estavam iluminados.

— Podemos colocar os pés na água?

Irene parecia uma criança vendo seu brinquedo favorito e Antônio parecia está vendo sua coisa favorita.

— Claro! Só tome cuidado pra não ser levada pelo mar.

— Acho que em oferendas melhores do que eu meu amor.

Depois da fala da mais nova os dois caíram na risada se aproximando do mar, sem nem sequer perceber as duas últimas palavras ditas por Irene.

"Meu amor" esse seria o primeiro de muitos apelidos carinhosos? Ou foi apenas um deslize? As palavras saíram tão naturalmente da boca da mulher, que soaram como uma palavra qualquer.

Os dois colocaram os pés na água, além se sentir a água gelada em seus pés...eles sentiam um frio na barriga, como se borboletas estivesse voando dentro deles.

Eles trocavam sorrisos, carinhos, muitos olhares e uma garrafa de vinho que Antônio trouxe. Resolveram assistir o pôr do sol sentados na areia, sentindo suas peles expostas ao calor solar.

Antônio tinha algumas dúvidas sobre a noite que ele não esteve no bar. Sabia a versão de cândida mas não dela, ele queria escutar o quê aconteceu da boca dela. Para então tomar alguma providência.

— Irene querida você me impediu de perguntar ontem mas o quê aconteceu no dia que eu não fui ao bar? Você ainda está com algumas marcas bem suaves mas ainda estão. - Antônio questionou enquanto olha nos olhos da mulher, um olhar onde ele parecia ver a vida inteira dela.

— Foi só um cliente Antônio, não queria falar sobre isso agora está tão bons nós dois aqui juntos e sem problemas.

— Eu sei que foi um cliente, Cândida me contou essa parte.

— O quê? Mas ela falou? Ela disse que não falaria com ninguém, ela não podia ter feito isso.

— Não querida, não fique brava comigo. Eu quero só saber o quê aconteceu.

— Não quero te perturbar com isso.

— Você nunca perturba, confia em mim. O quê aconteceu naquela noite?

Irene sentiu um vídeo passar pela sua cabeça, todos os toques daquela noite. Todos os gritos e choros.

Seu corpo começou a tremer, seus olhos estavam vidrados no mar. Seus lábios pareciam com os daquela noite horrível, de tanto morder estavam vermelhos e inchados.

Antônio percebeu que Irene estava hiperventilando, tentou tocar as mãos da mulher mas não conseguiu.

Irene se afastou brutalmente, seus gatilhos tinham sidos ativados.

— Ele me forçou a fazer coisas que eu não queria mas essa é minha obrigação não é? Satisfazer. É isso que eu fiz com você e isso que fiz com os outros.

Sua voz estava embaraçada, o choro formava um nó na garganta.

— Não, pode ter sido em algum momento mas agora não mais. Nunca mais vou deixar outro homem tocar em você, eu prometo.

— Por que? O quê você tem a ganhar com uma mulher como eu? Porquê tanta proteção?

Antônio tentou uma nova aproximação que obteve sucesso, ele conseguiu pegar nas mãos de Irene.

— Não sei, realmente não sei mas não quero que nenhum mal de aconteça. Não quero tocar em você como os outros tocam, não quero te machucar.

— E eu quero nunca precisar sentir sua falta.

Os dois trocaram sorrisos, Irene subiu por cima colocando os pernas uma de cada lado e tomando um beijo do fazendeiro.

Seus lábios se entrelaçaram, Antônio passou as mãos da cintura da mulher subindo até sua nuca. Se separaram com pequenos selinhos por conta da falta de ar, o aumento da temperatura corporal deles era visível.

— Irene meu bem eu pedi uma coisa pra Cândida...

— Se é sobre eu não trabalhar mais, eu já sei. - sua boca se curvou num sorriso.

— Mas quem contou?

— Nice.

— Tinha que ser essa fofoqueira viu, vou te falar....

— Não fale mal da minha amiga. - Irene fez um beicinho e como ele entendeu que jamais poderia falar mal de Berenice.

— Tá certo mas você não trabalha mais.

— Tudo bem mas Antônio você vai ficar praticamente me bancando e eu não acho isso legal meu amor.

— Isso não é um problema mas agora você me chama de meu amor?

— Talvez. Você me chama de querida, acho que eu também posso.

— Você pode fazer o quê preferir querida.

— Como está seu filho?

— Angelina está cuidando bem dele.

— Queria poder conhecer ele.

— Mas você pode...

— Como? Vai levar ele até o bar?

Os dois juntos tiveram uma breve crise de riso.

— Não meu bem, você pode ir na minha casa.

— Na sua casa?

— Sim, porquê não? Amanhã eu te levo pra conhecer ele.

— Aí Antônio estou ansiosa...

— Ele é praticamente um bebê, vocês vão se dar bem.

— Qual é mesmo o nome dele?

— Caio.

— Foi você que escolheu?

— Não, foi Agatha. Qual nome você daria ao seu filho?

— Daniel!! Se fosse menina acho que Petra mas acho que nunca vou ter filhos.

— Mas porquê não?

— Acha mesmo que algum homem iria ser casar comigo Antônio?

— Acho que sim...os nomes dos nos... seus futuros filhos são lindos.

Os olhos de ambos estavam iluminados, Irene notou que Antônio ia dizer "nossos" e não poupou o sorriso.

Antônio a puxou para um beijo, deixando Irene um pouco surpresa mas o beijo foi retribuido.

Depois de terminarem a garrafa de vinho, os dois optaram por ir cada um pro seu lado. Irene ficou no bar e Antônio foi pra casa. Se despediram com alguns selinhos e olhares fortes.

Nice notou a chegada de Irene é logo foi até o quarto da mesma, surpreendentemente encontrar o Irene apoiada na parede como se estivesse prestes a vomitar.

🔺️ Notas da autora: Parece que alguém está dando sinal de vida...vamos ver o resultado desse enjoou no próximo capítulo? Obrigada pelos 1k de visualizações!!!

Até o próximo capítulo!
Capítulo não corrigido.

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