19|Daniel.

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Postagem totalmente dedicada a SammyARoz

Alguns meses se passaram e a gravidez estava em reta final.

A barriga dela estava enorme, Daniel podia vir ao mundo a qualquer momento. Isso era assustador para ela, o casal conversou sobre o parto e Irene decidiu que iria tentar fazer tudo de forma natural.

- Olha meu amor o Dinossauros vai pegar você. - Irene falou andando rápido atrás do Caio, que tentava fugir da madrasta.

Tudo estava normal até que Irene sentiu uma pontada na barriga e parou de andar, Caio reparou no silêncio e voltou para atrás vendo a mulher com uma expressão de dor.

- Titi? - o menino falou se aproximando.

- Tudo bem, seu irmãozinho tá agitado. - antes de terminar a frase, sentiu uma água correr sob suas pernas.

- Xixi. - Caio falou apontando para o chão molhado.

- A bolsa estourou, seu irmão vai nascer. ANGELINA! VEM AQUI!

- Que foi gente? - a cozinheira chegou correndo na sala.

- Liga pro Antônio, Daniel vai nascer.

- Aí calma. - Angelina digitou os números nervosa. - Doutor Antônio? Precisa ir pra casa.

- Ora mas porquê?

- Porque o....aí só vem. - a mulher disse enrolada.

- Aí me dá esse telefone sua imprestável. Manda a Deide buscar as malas dentro do berço, pega o Caio. - Irene falou arrancando o objeto da mão dela. - Antônio, o Daniel vai nascer. Onde você tá?

- Tô na entrada da fazenda, tô chegando! Aguenta aí.

- Estamos esperando. - Irene se sentou no sofá.

Ela estava tentando respirar fundo mas não estava dando certo, as dores eram muito fortes e ela só conseguia exclamar algumas gritos e soltar lágrimas.

- Respira dona Irene, Doutor Antônio já já vai chegar. - Deide falou segurando sua mão.

- Não tô conseguindo!

- Vamos tentar andar um pouco, isso é bom. Vem.

Deide segurou a patroa pelos braços e a puxou para cima, ela tava pequenos passos em uma tentativa de diminuir a dor.

Mas a dor aumentou, se apoiou em um móvel e tentou respirar sem soltar um tom de voz alto, ela estava tonta de dor.

- Ô Irene cheguei.

Ela ouviu a voz do marido e soltou a respiração que ela nem sabia que estava presa, Antônio a abraçou por trás ajudando ela a ir até o banco do carro.

Deide colocou as malas do carro, o casal deu partida até o hospital quando chegaram Irene foi levada ao quarto e rapidamente atendida por Clara.

- Boa tarde, esse bebê já tá vindo? - Clara perguntou entrando no quarto.

- Vindo e matando a mãe dele. - Irene respondeu em um fio de voz.

- Como você tá se sentindo?

- Como se tivesse mil facas entrando dentro de mim. - ela deu um grito ao final pois as contrações voltaram.

- Vou ver sua dilatação. - Clara se abaixou e se surpreendeu. - Irene tá sentindo dor a quanto tempo ?

- Não sei. - falou apertando as mão do marido.

Clara olhou para Antônio esperando um resposta mas o homem estava com cara de paisagem, a médica deu um olhar sério e ele logo entendeu.

- Ah desculpa, uns 50 minutos.

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