09|daylight.

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- Por que você não pega ele no colo?

- Mas ele tá dormindo, melhor não.

- Ele acorda oras, pega ele. Você é uma visita importante...

- Sou?

- Sim Irene, não só uma visita mas uma pessoa importante. Depois da morte da Agatha nunca me senti tão bem em estar com alguém.

- Antônio....não sei o quê responder.

Ela olhava para ele com um sorriso um pouco sem graça, com as pupilas dilatadas e com um olhar de muito afeto e amor.

Irene abraçou Antônio, que demorou alguns segundos para corresponder. O fazendeiro aproveitou o abraço para cheira o cabelo da mulher que estava com um cheiro muito agradável.

Ao saírem do abraço, ela voltou a se aproximar do berço para finalmente pegar o bebê. Irene o retirou do berço com cuidado, quando ajeitou Caio em seus braços ela sentiu um quentinho do coração.

Caio estava com um olhar sereno e tranquilo no colo confortável da mulher, ela colocava o bebê perto do seu rosto para conseguir sentir o cheiro doce.

Se perguntando como uma coisa tão pequena e fofa conseguiria crescer sem o amor incondicional de uma mãe. Antônio que a essa altura já estava sentado na cadeira que tinha ali, ele olhava a interação do filho com a mulher que ele começou a amar com tanto carinho e atenção.

Sim, a mulher que ele começou a amar. Antônio tinha acabado de perceber que ela havia ocupado cada vazio que ele tinha. Ele sentiu um amor intenso que era capaz de curar todas as suas dores, uma vontade avassaladora de reconstruir toda a sua vida ao lado daquela mulher o atingiu de uma forma inimaginável.

Era totalmente inexplicável a forma que Irene fazia toda a tempestade e o caos se sua vida passar com simplesmente um sorriso, apenas um sorriso era capaz de paralisar os problemas que ele passava.

- Antônio acho que ele está querendo acordar. - ela podia sentir o pequeno corpinho do bebê se espreguiçando nos seus braços e abrindo os olhos.

Quando Caio abriu os olhos e se deparou com uma figura diferente do comum não estranhou, olhou com curiosidade para ela como se perguntasse "quem é essa mulher que está me segurando?".

Irene olhou nos olhos do bebê e sorriu com gentileza, um sorriso que foi retribuído Caio estava enfeitiçado pela mulher e só sabia olhar para ela.

- Acho que assim como eu, ele também está encantado por você meu amor. - Irene sentiu seu corpo estremecer com as duas últimas palavras faladas por ele, não só por isso mas também pelos braços do homem que passaram ao redor de sua cintura.

Ele tinha um olhar amoroso paro o filho que estava no colo da mulher, um olhar que era pouco visto por Caio. Os três passaram alguns minutos dessa mesma forma, como se estivessem se conectando até Angelina chamá-los para almoçar.

- Licença a comida tá na mesa viu, o Caio acordou? - a cozinheira não escondia sua confusão no olhar ao ver como Antônio abraçava Irene.

- Acordou Angelina, pega ele aí no colo da Irene que nós vamos descer pra comer.

- Ah mas não podemos ficar um pouquinho mais com ele Antônio? - Irene questionou com um pequeno bico nos lábios, ela não queria soltar o bebê por nada.

- Depois nós subimos aqui denovo, certo? Agora vamos comer.

Angelina se aproximou olhando para irene em uma tentativa de enfrentá-la mas em troca recebeu um olhar de puro tédio e indiferença. Entregou Caio para ela e se retirou do ambiente de mãos dadas com Antônio.

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