13|pedido

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Eles entram na casa e Irene já de deparou com Caio engatinhando pela casa, foi até o menino e o pegou no colo.

- Meu amorzinho! Nem me despedi de você ontem... - ela falou com o bebê, sentindo o cheirinho dele.

- Doutor Antônio já chegou....Irene aqui denovo! - Angelina disse com um sorriso falso.

- Sim, ela vai almoçar aqui. - ele informou para cozinheira.

- Denovo? - questionou com a testa franzida.

- Sim, comece a se acostumar que eu dentro nessa casa vai se tornar mais comum do que você imagina querida. - Irene respondeu com um ar de deboche, que foi notado por Antônio.

- Vamos almoçar Irene.

- Vamos!

- Pode me dá o menino? Ele precisa comer. - Angelina estendeu os braços para Caio, que virou a cara para mulher fazendo Irene soltar quase uma risada.

- Trás o prato dele pra mesa, eu dou a comida dele. - Irene ordenou indo em direção a mesa de jantar, sendo seguida por Antônio que não se atreveu em repreendê-la.

Angelina levou o prato de Caio até a mesa, Irene deixou o menino em seu colo intercalando entre comer uma vez e em seguida alimentar o bebê.

Todos comeram silenciosamente exceto por Caio que reclamou algumas vezes da demora da comida em sua boca. Logo em seguida comeram a sobremesa, ela notou que o menino não tirava os olhos do doce e resolveu dar um pouco para ele.

- Irene já acabou? Preciso falar com você. - Antônio falou colocando os braços sob a mesa.

- Caio tá com sono, vou colocar ele pra dormir e desço. - ela respondeu levantando da mesa.

- Angelina pode fazer isso. - ele também se levantou.

- Mas eu quero fazer. - ela deu as costas e subiu a escadaria com Caio no colo.

Irene não era fácil e ele sabia disso. Era uma mulher com personalidade, gostava das coisas no seu jeito. Sabia ser doce e gentil mas também sabia ser fria e grossa.

Antônio estava comprometido ao aguentar o gênio forte da mulher, afinal ela seria sua futura esposa.

Depois de alguns minutos ele subiu e foi até o quarto do filho, vendo a porta entreaberta resolveu ver o quê os dois estava fazendo.

Irene estava balançando Caio de um lado para o outro em seu colo, ele podia ouvir a mulher cantar bem baixinho.

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença, muda a nossa vida.

A voz dela era suave e tranquila. Antônio tinha se esquecido de como era ter a casa em paz. Ele estava nervoso como nunca, queria aquela mulher para ele. Irene era um verdadeiro anjo que veio para estabelecer sua vida.

Um amor intenso e visceral, capaz de quebrar barreiras. Amor é cuidado, proteção, atração, afeto....eles tinham tudo isso.

Ele se perdeu nos pensamentos quando voltou a si, ela colocava o menino no berço cantando a última parte da música.

Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim descolorirá.

Quando saiu do quarto, ele estava aguardando ela.

- Antônio não falei pra esperar lá em baixo...a quanto tempo está aí? - ela disse andando pelo corredor em direção a escada.

- Tempo suficiente pra perceber que você é a mulher da minha vida. - ele segurou os braços dela gentilmente, a virando para ele. - Tenho um pedido pra fazer. - ele colocou as mãos em um dos bolsos tirando uma caixinha de lá.

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