Kate - 16 anos
Ele estava me tocando.
Quer dizer, realmente me tocando. Não um daqueles toques suaves de seus dedos contra meu rosto, um puxão divertido no meu cabelo ou um aperto genuíno na minha mão.
Não.
Marco Castellari estava marcando cada superfície do meu corpo com sua boca e mãos exigentes. A língua deslizando pelo meu pescoço e indo para o espaço entre meus seios enquanto as mãos mergulhavam sob a barra do meu vestido com a mesma fome e desespero que ardia em seus olhos.
Era o toque de quando você queria marcar alguém. Possuí-la tão profundamente que seu cheiro se misturaria com o dela para sempre. E, agora, eu cheirava a Marco do mesmo modo que ele tinha meu perfume por toda a parte.
Eu tinha sonhado muitas vezes com o gosto de seu beijo e o toque intenso de suas mãos me acariciando como seu foco de desejo, não a melhor amiga que o ajudava a atravessar a escuridão em sua mente.
O desejei tão ardentemente por tanto tempo que a frustração de um amor unilateral foi um buraco constante em meu peito.
Marco estava me beijando, tocando, seu desejo enrijecido como uma barra de ferro pressionando o interior da minha coxa, e nem nos meus sonhos pude imaginar que seria tão espetacular.
Seus dedos foram até o zíper lateral no meu vestido, os olhos encontrando os meus na penumbra do quarto. A brisa fria atravessando a janela entreaberta e roçando contra minha pele, deixando-me arrepiada.
— Me peça para parar — Marco clamou, ainda segurando o zíper. — Se você não estiver pronta...
— Continue — eu disse em um suspiro longo, dando-lhe todas as certezas de que ele precisava.
— Isso muda tudo entre nós.
— Isso quer dizer que não poderemos ser apenas amigos de foda? — brinquei, um sorriso atrevido se formando nos meus lábios. Marco rosnou, avançando contra mim, a boca pressionando a minha em um beijo que roubou o que restava de ar em meus pulmões.
— Eu posso te foder, farfalla. Posso ir forte e fundo ou tão suave e lento que você vai implorar para que eu a deixe finalmente gozar. É só pedir que meu pau irá te servir como quiser. Mas isso entre nós... — Ele se apoiou em uma das mãos, enquanto a outra começava a abrir o zíper, o som ecoando entre nós como um disparo elétrico. — ... isso que estamos fazendo é um passo para que você seja minha para sempre.
O tecido suave do meu vestido deslizou, formando um amontoado ao redor da minha cintura, deixando meus seios totalmente expostos. Com os dedos trêmulos, afastei a franja negra que caía sobre os olhos dele, antes de acariciar o maxilar tão tenso e afiado quanto uma navalha.
— O que exatamente significaria ser sua? — Deixei as palavras pesarem entre nós, me contorcendo quando os olhos verdes escureceram.
— Eu vou te dar cada maldita coisa que você pedir. O Sol, a Lua, as estrelas, a porra de um pedaço do oceano ou uma ilha batizada com o seu nome. — Ele levou minha mão ao peito, deixando-me ciente da intensidade alucinante de seus batimentos. — Posso te dar o universo, farfalla, contanto que me deixe ficar ao seu lado para vê-la brilhar.
Meus olhos arderam, a emoção transbordando de mim em ondas poderosas de amor e necessidade.
— Isso... isso é muita coisa.
Sua boca voltou para a minha.
— É o que você merece — rosnou. — Mesmo não sendo digno o suficiente, ser minha é ter em suas mãos cada pedaço meu. Minha alma, meu coração, minha lealdade, meu corpo. E eu vou te dar tudo, Kate. Você só precisa pedir.
