"Enquanto eu estiver aqui, ninguém irá te machucar."
Everything i wanted- Billie Eilish
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09 de março de 2008. 14:26 da tarde. Centro de Tóquio.
✩°˖🫐 ⋆。˚꩜.
O vento frio e gélido batia em meu rosto enquanto minhas pernas me obrigavam a correr para fora da floresta escura e estranha que ficava nos fundos do clã Zen'in. Eu não fazia a menor ideia de quem ou o porquê de estar correndo, mas meus instintos me obrigavam a correr e correr.
Eu olhei para trás, buscando a intenção de ver do que fugia, mas eu só encontrei escuridão e árvores de pinheiros se distanciando. Não percebi que uma pedra enorme me esperava logo à minha frente, foi então que meu corpo se chocou com a parede dura e musgosa. Caí no chão, coloquei minha mão em meu nariz, senti algo viscoso e quente entre meus dedos e só pude ter a noção de que aquilo era sangue, somente quando senti o cheiro de metal impreguinar no ar.
- Merda. - Soltei, um pouco chorosa.
Quando estava me preparando para levantar do chão, senti passos logo às minhas costas. Meus sentidos se aguçaram e me mandaram ficar de pé e esconder atrás da pedra rapidamente.
Já atrás da pedra, controlei minha respiração e apertei a terra abaixo de mim, sentindo pedras e algumas raízes entre meus dedos.
- Eu sei que está aí...
Aquela voz ,não. Eu não posso passar por isso novamente, preciso correr e me esconder dele. Mas não importa quanto eu corra ou me esconda..
Naoya Zen'in sempre me acharia.
- Vadia. Não pode simplesmente fingir que não me conhece! - Ele gritou aos arredores.
Por favor, vá embora.
Um bolo se formou em minha garganta me impedindo de respirar, e as lágrimas ameaçavam cair de meus olhos. - Sua punição será rápida e completamente adequada para uma prostituta nojenta como você. - Disse. Ele ficou em silêncio depois de cinco minutos. - Não se esconda, Keira. Eu sou seu, e você é minha. Darei tudo o que você quiser, minha princesa.
Engoli a saliva. Aquelas palavras me traziam nojo, e más lembranças. Naoya sempre que queria algo, ele conseguia. Mas, eu não posso deixar que ele me use como me usou há anos atrás. Agora que sei o que de fato isso é, não posso deixa-lo encostar a mão em mim nunca mais.
Se eu me levantasse e corresse, eu ficaria liberta dele? Não, ele é mais rápido do que eu e certamente me pegaria antes que eu conseguisse chegar pelo menos nas fronteiras do clã e pedisse socorro para alguma alma que passasse por alí. Mas, não. Isso não vai dar certo.