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18 DE MAIO DE 2008. 17:15 da tarde TÓQUIO,Japão
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Geto estava ferido. E eu também estava, o veneno, a toxina que corria por todo o meu sangue, estava me proibindo de usar minha energia amaldiçoada, ou melhor, a energia amaldiçoada de Yamneth.
Geto tentou me ajudar depois que meus joelhos cederam ao chão por conta do cansaço, o veneno estava correndo mais rápido pelas minhas veias e, como Tio Toji disse, eu iria morrer dentro de três horas se não tomasse o antídoto. Geto lutou bravamente contra meu tio, mas assim como eu, tivemos resultados fracassados e estávamos os dois perdendo sangue e morrendo. Ele tentou sugar o espírito amaldiçoado de Toji, mas assim que teve a chance, meu tio foi rápido e desferiu golpes em seu peito com sua katana. Tio Toji olhou diretamente nos meus olhos e sussurrou dizendo que esperava mais de mim e, até eu confesso que concordei com ele, mesmo estando com lágrimas no rosto e mãos tremendo por conta de minha fraqueza por falta da energia e, também, por conta do veneno que a cada suspiro, se aproximava de meu coração.
Meu tio, ou melhor, aquele homem me deixou para trás sem poder me abraçar e me pedir desculpas por ter sido um filho da puta babaca. Não, ele não fez isso. Ele preferiu me dar as costas e me deixar sozinha com um Geto desmaiado e que precisava de cuidados urgentemente.
“É uma vitória você ser a única que sairá viva desta missão, meu bem.”
Sua palavra fria ecoou por toda a minha mente e, o soluço de meu choro ecoou pelo silêncio das ruínas onde agora estava eu junto a Geto. Eu rapidamente movi minhas mãos em direção ao seu peitoral no intuito de curá-lo, mas nada acontecia, nada saía de mim e nada me possibilitava ajudar meu amigo. Tudo isso é minha culpa, se eu ao menos pudesse ter treinado mais, se eu ao menos tivesse me esforçado mais.
Estrondos de uma luta ao lado de fora de onde estávamos faziam a terra tremer, e eu me perguntava várias e várias vezes o que, de fato, estava acontecendo aqui. Eu precisava tirar Geto, levá-lo até a enfermaria e pedir por ajuda, e quem sabe até lá eu conseguisse um antídoto para mim. Eu falhei com Gojo, falhei com Amanai, falhei com Kuroi e agora... Eu falhei com Geto. O mínimo que eu posso fazer nessa missão, ou quero dizer, nesse fracasso, é conseguir que ao menos Geto sobreviva.
Ergui sua cabeça para que eu pudesse o deixar sentado, enquanto eu fazia uma ligação para Shoko. Ela saberia o que deveria ser feito, ela ajudaria Geto e, eu tiraria esse peso que sinto em mim. Os estrondos do lado de fora me faziam tremer mais ainda, eu estava com medo. Eu só quero voltar para casa, eu só quero chorar no colo de minha mãe e, eu só quero ser feliz.
Será que é tão difícil assim?
Levei minha mão em direção à minha boca no intuito de silenciar mais um de meus soluços chorosos, a chamada ao qual fiz para o número de Shoko havia caído na caixa postal. Tentei ligar para o número de meu pai, mas foi o mesmo que aconteceu com o de Shoko. Também havia caído na caixa postal.