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17 DE MAIO DE 2015 10:23 Da manhã. ESCOLA JUJUTSU DE TÓQUIO.
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Os olhos de Megumi estavam cintilantes e completamente confiantes. Sua postura inabalável e arrogante ainda fazia presença em seu rosto de temperamento duvidoso. Não tinha como negar, eu havia criado um serzinho arrogante por baixo do meu próprio nariz, e agora estava pagando pelos meus pecados. Megumi cresceu e se tornou completamente aquilo que eu era quando comecei a entrar na puberdade.
Ele era a minha versão, só que masculina.
- Então? - Sua voz não era vacilante, pelo contrário. Ela era completamente confiante. - Você disse que em casa conversaríamos. Estamos todos reunidos aqui, né? - Cruzou os braços.
Satoru estava encostado na enorme porta de vidro que dava acesso para o nosso jardim. Estávamos sentados em nossa sala de estar, prontos para termos uma conversa saudável e completamente harmônica. Obviamente, meu marido iria deixar que eu resolvesse isso, porque, segundo ele, eu sou a única de nós dois com maturidade e cabeça suficiente para lidar com isso.
Suspirei fundo antes de me sentar na cadeira de madeira rústica com o estofado acinzentado. Minhas pernas cruzaram involuntariamente, havia trocado a roupa anterior por um vestidinho solto cor amarelada. Utahime me deu no aniversário do ano passado, segundo ela, foi diretamente da Tailândia. Passei minhas mãos pelo meu rosto, esbanjando um ato de frustração. Como lidar com isso? Eu já tentei tantas e tantas vezes, eu definitivamente não sei como lidar com isso.
- Certo - comecei. Meus olhos foram diretamente para os de Megumi, que me encarava ansioso. - Primeiramente, no início de tudo, quero entender o seu lado. - Apontei minha mão em sua direção.
- Como?
- O seu lado. Eu só quero entender o porquê de agir assim. Você tem tudo, eu e Satoru nos empenhamos em ser uma família para você, pelo menos tentamos. - Minha saliva desceu. - Não sei se falhamos, mas, aparentemente, somos jovens demais para lidarmos com um jovem adolescente rebelde.
- Não entendi, Keira. Na real, eu realmente não... - Suas mãos se embaralharam uma na outra. Um suspiro cansado saiu de sua boca.
- O que Keira quis dizer é que não há motivos para você agir assim. - Satoru se aproximou, dessa vez ficando ao meu lado, colocando suas mãos uma em cada lado dos meus ombros. - Se colocar em brigas sem motivos, perder notas e matar aulas nunca foi do seu feitio. Queremos entender isso, agir dessa forma só irá lhe transformar em um homem cruel, não queremos isso.