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16 DE MAIO DE 2008. 14:12 da tarde. TÓQUIO,japão.
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Durante meses incessantes, fui treinada pelo usuário dos Seis Olhos e pela veterana da escola Jujutsu de Quioto. Aprendi técnicas que nem sabia que poderia fazer, mesmo que elas fossem mais por parte da energia amaldiçoada de Yamneth. Depois que Utahime foi embora, Gojo ficou responsável por treinar não somente a energia amaldiçoada de Yamneth, mas também a minha própria energia. Tivemos que treinar sigilosamente, nem mesmo meus pais sabiam que eu estava me esforçando para poder controlar a energia amaldiçoada que me fora dada.
Durante toda minha infância, eu jurei, eu pensei que não havia um resquício sequer de energia amaldiçoada em minhas veias. Fui enganada como uma tola por pensar que não tinha e tive o azar de ter minha energia amaldiçoada selada pelo meu clã quando eu ainda era um bebê.
Gojo me disse que Yamneth havia conseguido quebrar o selo de alguma forma, o que me deixou completamente curiosa. Todos os sinais, tudo o que eu fazia, eram calculados pela mente inteligente e brilhante de Satoru. Quando ele me contou da hipótese de que eu era a reencarnação de uma feiticeira poderosa no mundo Jujutsu, eu quis rir na cara dele. Mas, bem, as coisas passaram a se tornar mais sérias a partir do momento em que Utahime concordou com ele. Eu era Keira, a Reencarnação da Feiticeira Branca. Eu sou portadora da energia celestial e da energia impura, receptáculo de Yamneth Sukuna. A esperança do mundo Jujutsu.
— Você é guarda-costas dos meus trinta milhões, mon amour? — A ruiva, que tinha seus cabelos longos e vermelhos batendo até sua cintura, me perguntou com um sotaque francês.
— Quase isso. — Respondi, enquanto fundia o cabo de minhas duas adagas que, ao se fundirem, viram uma lança enorme. — E aí? Somente uma de nós duas sairá vitoriosa hoje.
Um gargalhar frenético e um grunhido da maldição foram ouvidos pelos meus ouvidos.
— A escola Jujutsu de Tóquio não faz mais feiticeiros como antigamente...
— Eu nem mostrei o que posso fazer. — Amarrei meus cabelos com uma buchinha de cabelo. — Julgar o livro pela capa não é legal.
— Um ser como você não deve passar dos treze anos. — Inclinou seu corpo para frente para poder me encarar melhor. — Ah, qual é?! Me tragam um adversário à altura! — Ela sentou-se nas costas de sua maldição, e logo deu meia-volta com ela. — Eu não bato em criança. — Sua maldição a conduziu até a saída da escola, onde Kuroi havia saído há alguns minutos.
Respirei fundo contendo minha raiva. Criança?
— Me chamo Keira Zen'in. — Falei meu sobrenome contra meu gosto, mesmo eu dizendo a mim mesma que nunca mais o usaria. — Eu sou a receptáculo de Yamneth Sukuna. Eu estou à altura para você, mi lady? — A ruiva parou sua maldição a poucos metros de distância. Suas costas se viraram lentamente, até ela me fitar com seus olhos verdes.
