Capítulo 43

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     Elain ainda sentia o esperma quente de Lucien dentro dela. Mesmo quando ele saiu do seu corpo, sentiu falta no mesmo instante.

Estava cheia de Lucien e do cheiro dele. Suas coxas estavam unidas e grudando quando a viscosidade escorreu por elas, mas não queria que ele saísse de cima dela.

Suas pernas estavam moles ainda enroscadas com as de Lucien. Ele voltou a beijá-la como se a vida dele dependesse disso.

Elain não queria pensar nas consequências daquele sexo devastador. Aquilo nunca havia acontecido com ela, nem mesmo quando estava apaixonada por Graysen.

Não era nem mesmo a forma que Lucien transava com ela. Era por causa dos sentimentos entre eles. Aquela coisa que florescerá há muito tempo em seu coração.

— Isso entre nós — disse ele, encostando a testa na dela. — É a coisa mais gostosa que já experimentei.

O olho avermelhado era tão intenso que fez ela ter certeza de que era verdade. Séculos vivendo uma vida com amantes e até mesmo um amor, não chegava perto do que foi aquilo com Elain.

Ela fechou os olhos sentindo um arrepiou e um medo crescer em seu peito. Queria chorar novamente, mas controlou as lágrimas que lutavam para escapar.

A respiração de Lucien aquecia seu rosto. Ela levou as mãos até o rosto dele e beijou a bochecha cheia de cicatrizes, enquanto ele soltava um suspiro pesado.

Elain passou a língua naquelas cicatrizes profundas sentindo o gosto do suor. Queria ele dentro dela novamente.

— Lucien — sussurrou o nome dele. — Destruímos a cama do Tamlin.

Eles caíram na gargalhada quando olharam em volta. O colchão estava em cima de escombros, mas nenhum deles se moveu.

O pau rígido de Lucien estava em seu quadril e ela ficou curiosa em saber porque os feéricos tinham tanta energia mesmo depois de um sexo poderoso como aquele. Ela parecia mais energizada e calma.

O estresse que sentia e o aborrecimento por ter visto Lucien perto da ex-amante desapareceu. Seu peito chegava a ronronar como uma gatinha e sua boceta estava dolorida, mas queria mais.

A chuva ainda caia fortemente na Corte Primaveril. Enquanto a pele deles esfriavam e relaxavam.

— Quero que você comece a treinar comigo — disse ele, do nada.

Ele se apoiou no cotovelo deitando a cabeça na mão e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. Quando ela abriu a boca para dizer que não, Lucien colocou um dedo quente em seus lábios.

— Sei que você não quer se tornar uma guerreira ou manejar armas, mas é importante você saber no mínimo para se defender. Hoje quando eu a agarrei você poderia ter conseguido se livrar se soubesse se defender — ele explicou contornando os lábios dela com a ponta do dedo. — Ou podemos explorar seus poderes.

Elain considerou tudo aquilo ficando pensativa. Não gostava das visões que tivera no passado, toda vez que tentava acessar algo além... aquelas visões assustadoras apareciam.

Estremeceu ao lembrar do que desencadeou ao despertar seus poderes quando foi incentivada pelo diabo dos pesadelos. Ela queria ajudar a Corte Noturna, estava pronta para ajudar suas irmãs.

Mas também tinha muito receio espreitando lá, no fundo da superfície que ela não demonstrava. Elain inclinou a cabeça olhando para Lucien.

Os olhos dele estavam fixos em seu rosto, como se pudesse ler todos seus pensamentos. Aquilo a assustou anos antes quando descobriu existir um vínculo entre eles.

Corte de Sonhos e Luz | elucien (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora