Capítulo 10

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Cheguei em casa e fui direto para o banheiro, jogar uma água no corpo pra tirar o cheiro do sangue que estava empregado em mim. dei o último trago no cigarro e joguei a bituca no lixo.
Peguei a sacola da cama e fui guardar as minhas carteiras de cigarros, quero ver falta agora essa porra, comprei logo 30 março.

Tirei a roupa do corpo e botei no sexto, já entrando no box e ligando a água, cada gota que caia sobre o meu corpo era uma sensação de alívio diferente.
Fechei os meus olhos e automaticamente me lembrei da clara, do bagulho que ela disse.
Foi como se ela tivesse me jogado um balde de água fria, quando eu ia colocar o meu amiguinho pra participar da brincadeira ela me disse que era Virgem, hoje em dia tá mais fácil achar dinheiro do que uma garota virgem.

Me bateu logo uma frustração, preferi não fazer nada.
Eu me conheço muito bem pô, sei muito bem das coisas que eu vou me viciar e ela pode ser uma dessas.
Sou completamente obsessivo, controlador e ciumento no nível fora do normal.
Se eu já fiquei maluco com o nosso beijo, com o gosto do gozo dela, com o gemido que ela faz, imagina se a gente tivesse  transado eu teria ficado maluco!

Foi até bom mesmo o cacau ter me chamado pra resolver essa parada da Bruna.
Porque o clima pra mim com a Clara já tinha ido de ralo.
Prefiro controlar a minha ansiedade e a pouca sanidade que eu tenho.

Flashback

Levantei do sofá pegando o rádio.

Raidinho - cacau: o bagulho foi confirmado porra, tem foto e os caralhos. Tô com ela aqui. Mas fica de boa aí que eu resolvo, só tô te dando o papo pra você ficar ciente do bagulho. Tô ligado que você tá ocupado.

- Não pô, eu vou chegar aí agora. - os meus problemas eu mesmo gosto de resolver.- desliguei e botei o rádio no suporte na cintura.

Olhei pra ela que estava colocando o vestido preto no corpo.

- vou pedir pra uns dos meus seguranças te levar em casa, onde você mora ? - peguei o meu cigarro de maconha em cima da mesa e botei no bolso.

Clara: eu moro lá na penha, mas pede pra ele me deixar aqui na casa do meu amigo, vou ver se ele está acordado. - dei um beleza com a mão.

Fui em direção da escada, subir lá no quarto, peguei uma camisa preta e uma cueca pra ela  vestir, não vou deixar ela ir sem nada por baixo daquele pedaço de pano.
se fosse a minha mulher com certeza ela não ia usar essa porra nunca!

Clara narrando

- para Sabrina. - coloquei a mão na câmera do celular, ela estava me filmando pra ficar postando. - não marca o meu Instagram por favor.

Não tenho quase ninguém no meu Instagram, eu sigo mais as pessoas do que elas me seguem, o meu e privado, só de solicitação deve ter mais de mil.
O pessoal daqui e foda, principalmente esses perfis fake, um tal de gossip da favela.
Só posta merda e mentira.

Uma vez falaram de mim ( que eu dava uma senta pela favela, mas na pista sentava pra velho. que eu não falava com ninguém aqui, que eu era mal educada.) Só baboseira das grandes e o pior que tem vários seguidores.

Sabrina: fica relaxada mona, não vou marcar não. Você viu a foto que sua mãe postou no whatsapp?.- disse que sim.- tá aproveitando bem muito, gosto de ver ela alegre. - Deu um sorriso.

Sabrina: você viu a menina que mataram lá na rocinha? - me lembrei automaticamente do cara que eu fiquei, esqueci novamente o nome dele e difícil de memorizar. Pela primeira vez eu senti realmente vontade de transar. ele faz maravilhas com a língua, fui no céu e voltei. Mas foi bom que a gente não fez nada, não conheço a vida dele.

- fiquei sabendo no balanço geral mas não dei  muita importância porque eu estava ocupada, na hora. Tem foto aí dela viva ? - me deu o celular dela. Era uma mulher branca de cabelo preto cacheado, ela era bonita. - não conheço não, quem deve conhecer e o Cadu, ele conhece várias pessoas lá. Morreu por que?

Sabrina: dizem que foi porque ela era x9. Deixou dois filhos. - traficante não tem pena de nada  e nem ninguém, o meu medo é esse, por isso eu prefiro não me envolver.

13/09/2023

Amor  ObsessivoOnde histórias criam vida. Descubra agora