Capítulo 37

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Camila: desde a hora em que eu cheguei que o cacau não para de olhar pra cá, né ? - falou toda boba.

Ana: não, mesmo gata ! - revirou os olhos, negando com a cabeça. - antes mesmo de você chegar ele já estava olhando. Esta parecendo que ele perdeu alguma coisa aqui, ele olha na cara de pau, mesmo.

Camila: então ele deve estar interessado em você, porque na clara não e. - disse sem graça!

Ana: não, mesmo. Estou correndo de homem bonito, se um feio já dá trabalho imagina, um bonito! - olhei na direção dele, que está sentado de frente para a nossa mesa. - eu só fico com o homem meio termo, nem feio e nem bonito.

Camila: eu ficava com ele, antes do mesmo ir preso. Mas não era nada sério! - deu um suspiro pesado. - mas eu criei sentimento, e pelo visto eu criei sozinha, porque ele não dá a mínima, pra mim.

Parei de prestar atenção nesse assunto e peguei o meu celular e fui ver as mensagens que o Walace me enviou. Me mandando voltar pra casa antes da meia noite, se não ele mesmo vinha me buscar. Respondi:  um ok! Bloqueei o celular e coloquei novamente na mesa.

Camila: cadê o seu marido? - se abaixou e pegou alguma coisa embaixo da mesa.

Ana: que sabe do marido da garota, por quê?
- olhou pra ela desconfiada.

Camila: por nada, é só uma pergunta mesmo.
- respondeu sem graça! - não tenho maldade com você clara, foi só uma pergunta normal, geralmente ele sempre está junto do cacau. - tentou se justificar.

Ana: cuidado com esse tipo de pergunta, foi muito invasiva. se a clara fosse uma mulher surtada de ciúmes, essa hora você já tinha levado um poradão. - a Camila confirmar com a cabeça.

— relaxa Camila. — Dei de ombros. A pergunta não mexeu comigo, não!

Xxx: o teu marido, está te chamando ali. —  levantei da cadeira achando um pouco estranho, porque eu nunca vi esse cara na segurança do Walace.

Camila: já não morre mais. — riu sem graça.

(...)

Ele foi na frente e eu atrás acompanhando, fomos até um beco ele ficou no começo e eu entrei vendo ele de costas. A luz do poste está com pouca luminosidade.

— ainda não é meia noite Walace, já vou logo avisando que eu não vou pra casa agora. — fiquei surpresa quando ele virou. dei até um passo pra trás, quando eu vi quem era. Tentei falar alguma coisa, mas não saí nada. Então a minha única reação foi dar a volta e sair, por onde eu vim. — o que você quer comigo? Solta o meu braço. — olhei pra ele, arqueando as sobrancelhas.

Cacau: você mentiu pra mim. — balançou o meu braço com um pouco de força! — disse que não me conhecia, mas eu lembro muito bem de você. — olhei dentro dos olhos dele e estão completando

— você deve estar me confundindo com alguém, eu não te conheço. E eu já te disse isso naquele dia em Angra. Mas se você está com dificuldades de entender eu posso desenhar. — debochei. — menti com a cara mas lavada possível e puxei o meu braço mas ele colocou mais força! — meu braço vai ficar marcado.

Cacau: deixa de caô, eu não sou indiota. Deu a buceta pra mim sendo casada com o meu primo. — me olhou. — você me enganou, me fez entrar em mancada com o meu primo. Eu não gosto de me envolver com mulher casada, principalmente com mulher de amigo.
— soltou o meu braço, olhei pra ver se estava marcado, mas não deu pra perceber por causa da pouca iluminação.

— te enganei em que ? Em nenhum momento você me perguntou se eu tinha relacionamento ou não. — deu uma risada de deboche. — mas pra ser sincera, já que é isso que você quer saber. — olhei dentro dos olhos dele. —  quando a gente ficou eu não tinha nada sério com o Walace. Pronto e só isso?

Cacau: era só isso mesmo, depois que eu descobri que você e mulher dele, eu fiquei com a minha consciência pesada, sobre o nosso lance, se ligou? — me olhou de cima a baixo. — mulher casada e b.o. — passou a mão no rosto.

— e desde quando que bandido tem consciência pesada? — ele negou com a cabeça rindo! Dei as contas pra sair mais ele me puxou pelo cabelo e me empurrou na parede.

Cacau: passei a noite toda te olhando. — sussurrou no meu ouvido do lado direito. — você e muito linda! — beijou o meu pescoço.
— meu primo que me perdoe mas eu preciso te beijar. Fechei meus olhos. Senti sua respiração se aproximando da minha boca.

Antes do contato, sinto um leve formigamento que nasce nos meus lábios e se espalha rapidamente para o resto do corpo. Algo se conecta internamente em mim e todos os pontos sensíveis da pele  começam a pulsar: a pele arrepia, o mamilo intumescido fica sensível ao toque da sua mão. meu corpo se entrega a uma descarga de hormônio e adrenalina que percorre velozmente as minhas veias e atinge, como um tsunami. Nesse momento eu só consigo pensar no agora. Sinto a minha vagina contraí, levemente de desejo.
Pressiono meus lábios contra os seus e, aos poucos, minha boca vai devorando a sua. Que delícia o encontro de nossas salivas quentes, lubrificando nossas línguas, que se revezam e se completam ao penetrar, alternadamente, nossas bocas, provocando uma reação muito boa ! Sentimos o gosto um do outro e ficamos com desejo de nos embriagar com nossos sabores.
Nossas respirações ficam a cada momento mais ofegantes em meios aos nossos cheiros, toques, abraços cada vez mais fortes e mordidas.
Minhas mãos acariciam seu rosto e deslizam pela sua cabeça e deslizam pelo seu peito, barriga, partes íntimas. Estamos de olhos fechados.
O tesão do beijo nos causa vários arrepios involuntários. Estamos tomados pelo desejo e o tempo está congelado para que nosso beijo não termine. Não há cansaço, só tesão.

Cacau: pra você respirar um pouquinho. — me olhou e logo começou a beijar o meu pescoço.

— por favor — falei em sussurro. — não deixe marcar. — que beijo gostoso! Parecia que eu tinha usado alguma droga, porque o meu corpo ficou em êxtase.

Mas Só foi eu ouvir a voz do meu marido pelo rádio transmissor, e isso, foi o suficiente pra eu sair do meu devaneio. Deixei ele lá e sair correndo pro final do beco.

Ana: a onde você se enfiou ? O seu marido já ligou várias vezes garota. — negou com a cabeça. — e melhor você retornar a ligação e inventar algum caô, pra ver se ele vai caí. Tô me tremendo todinha. — mostrou a mão. — eu não sei pra onde você foi ou que você foi fazer, só não me coloca em b.o. tá ouvindo? Imagina se ele vem aqui ou manda alguém ? Eu já paguei a conta, eu vou meter o pé. —  me entregou o celular e foi embora, aparentemente com raiva.






  

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