When The Wind Calls

Algo Errado

"Sinto como se você pudesse me salvar agora... Sei que te magoei, não te mereço..."

James Arthur - Medicine

Os dias passaram tranquilos entre Venti e Lumine, porém a loira não podia deixar de se sentir atormentada pela crescente melancolia do bardo. Venti disfarçava bem na maior parte do tempo, porém Lumine notava sempre que ele baixava a guarda que algo pesava na mente dele "o que pode estar incomodando tanto? Ele se cansou de mim?" Ela pensa com as dúvidas rondando sua cabeça de forma incomoda, cada vez pior. As lembranças dela ainda eram poucas e desconexas então não entendia por que do bardo estar daquela forma, tudo o que se lembrava dele, dos dois juntos era doce e feliz.

Não conseguia imaginar o que poderia estar errado e só lhe passava a mente o pensamento quase obsessivo de que ele não a queria mais, que talvez o medo dele de que ela lembrasse viesse de não querer uma ex namorada de volta em sua vida e aquilo torturava o coração de Lumine de formas que a fazia querer chorar. Cheia de dúvidas a loira foi procurar a única pessoa que poderia lhe dar algum conselho, caminhou a passos decididos até a biblioteca pra encontrar Lisa. Quando chega lá vê a bibliotecária bebendo chá tranquilamente enquanto lia um livro, ao ver a loira entrar Lisa sorri.

— Lumine, que bom te ver - Lisa cumprimenta - quer tomar chá comigo?

— Seria bom Lisa - a loira diz se sentando na cadeira enquanto a bibliotecária serve uma xícara de chá aromático - eu na verdade queria alguns conselhos...

— Sou toda ouvidos.

Lumine bebe um gole de chá, Lisa nota que ela mexe os pés nervosamente parecendo estar buscando coragem pra perguntar algo e espera pacientemente.

— É sobre Venti... - a loira começa - ele tem andado um pouco estranho, parecendo melancólico talvez... Mas nunca me diz nada sobre e apenas disfarça quando nota que eu percebi.

— Já tentou perguntar a ele se tem algo incomodando? - Lisa pergunta - talvez ele só não tenha pensado em te dizer pra não se sentir um incômodo já que o relacionamento de vocês é bom, talvez ele só não queira estragar isso.

— Mas é estranho por que sinto que se eu perguntasse ele não diria - Lumine suspira - talvez ele tenha se cansado de mim e só não saiba como dizer isso ainda...

— Por favor Lumine, não diga bobagens - Lisa repreende - você não teve uma conversa adequada com ele sobre isso e está supondo tantas coisas e ficando angustiada por isso, não é bom pra você ou pra ele.

A bibliotecária aproxima sua cadeira da cadeira da loira, seu sorriso era reconfortante e o olhar era de quem sabia de muitas coisas.

— Reúna coragem e pergunte pra ele, tenha uma conversa sincera - Lisa diz em tom suave - não fique se torturando com todos esses "e se" escritos no seu rosto.

As palavras da bibliotecária atingem Lumine com força e ela percebe que estava se deixando levar pela ansiedade e dúvidas, era óbvio que tinham muitas coisas que ele se lembra e ela não mas nem por isso quer dizer que ela não poderia questionar o bardo e tentar ter uma conversa sincera.

— Muito obrigado Lisa... Vou fazer isso.

— Me conte como foi depois doçura - a bibliotecária diz acenando enquanto vê Lumine partir.