Capítulo 4

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— Ai! Ai! Minnie! Espera!

Luffy dizia sentindo meus dentes puxando sua orelha, seu membro esticava feito chiclete, era divertido de puxar.

— Você é tão fofo! — Puxei com toda força com minhas mãos em volta dele.

Foi quando senti um cheiro diferente, parecia algo metálico, não me era estranho. Parei de abraçá-lo, Luffy estranhou. Notei que Usopp e Zoro haviam desaparecido fazia mais de meia-hora.

— Acho que tem algo errado. — Avisei tentando seguir o cheiro metálico, Luffy olhou para a panela de sopa enorme sobre o fogão atrás dele e então ficou na cozinha.

De repente dei de cara com o mordomo de Kaya, Klahadore, aquele que tinha o cabelo penteado para trás e usava óculos redondos.

— O que faz aqui? Devia estar no seu quarto. — Ele dizia com as mãos atrás das costas, juntei os braços sem jeito.

— Desculpe senhor, estou procurando meus amigos.

— Seus amigos não deviam estar aqui. — Ele foi direto, me encolhi no lugar. — E muito menos você. Por que não foge? É o que seu povo faz. Vocês fogem.

— O-o que? — Não acreditei nas palavras que acabara de ouvir, de repente Klahadore agiu como se me conhecesse.

— Essa cicatriz, se sobreviveu a esta marca significa que você fugiu. — Ele apontou, levei a mão até a cicatriz.

— E-eu não fugi. Sobrevivi.

— É apenas um bichinho assustado, você não pertence à este lugar. Vá embora, faça o que faz de melhor. Fuja. — Ele ordenou, recuei, de repente Klahadore tirou as mãos de trás e mostrou suas garras afiadas. O som estridente não era do Usopp e sim das lâminas. O sangue escorrendo por elas indicava que ele havia usado recentemente.

— Não.

Tentei correr, ele me alcançou em segundos e cravou as garras em minhas costas, caí.

— Se você tem a minha marca, significa que você me deve. — Ele sussurrou em meu ouvido, estremeci agora no chão, as lâminas cravadas em minhas costas. — É melhor não se mexer.

Ele virou de costas e saiu, me levantei, o rosto ensopado e os olhos marejados. Tirei as laminas afiadas de minhas costas, elas caíram junto do meu sangue.

— L-Luffy. — Caminhei com dificuldade até a cozinha, Luffy estava deitado sobre a mesa com uma panela com líquido azul no chão. — Luffy!

Segurei seu rosto, minhas orelhas se esconderam, nunca estive tão assustada. Ele não estava se movendo, seu corpo estava pálido como o de um cadáver. Toquei a ferida em minhas costas e gemi, coloquei minha orelha no peito de Luffy tentando ouvir seus batimentos. Estava muito nervosa para ouvir algo, ele estava sem pulso e eu estava sozinha... Klahadore ia acabar com todos como havia feito com Zoro e Usopp. Meu corpo estremeceu, senti meus pelos e orelhas se escondendo novamente e voltando para sua forma humana.

— Me d-desculpa. — Sussurrei, ouvi passos se aproximando, corri para a saída e perambulei pelo jardim.

Senti meu corpo pesar, até finalmente apagar na grama fria como gelo. Quando abri os olhos, avistei minha mãe tocando meu rosto.

— Vamos. Levante. — Ela disse com um sorriso amigável no rosto.

— Mamãe? — Levantei, meu vestido rosado estava cheio de lama.

— Você caiu na lama meu amor, se sujou toda.

— Me desculpa. — Pedi, ela sorriu e fez carinho em meus cabelos, depois me ajudou a tirar toda a terra.

LOVE FRUIT, Monkey D. LuffyOnde histórias criam vida. Descubra agora