LOVE FRUIT, Monkey D. Luffy

Capítulo 39

   Usopp guardou seu estilingue, tirei minha espada pronta para deixar aquele porão que parecia esquentar cada vez mais. Chopper se aproximou e puxou a ponta da minha camisa.

— Senhorita, eu posso ir com vocês, posso ajudar a lutar se precisarem. — Ele disse corajoso, sorri e me abaixei.

— Quero que fique aqui e proteja estas pessoas. Luffy vai ficar feliz em saber que você fez isso por nós.

— Eu posso ficar aqui também. — Usopp sugeriu, o fuzilei com os olhos. — Ta legal, já entendi.

A senhora que nos serviu no restaurante no dia anterior, veio até mim e tocou meu ombro.

— Esperem, tenho algo que pode ajudar. — Ela disse, Usopp e eu trocamos olhares. Ela foi até uma das prateleiras e nos trouxe uma caixa com um símbolo desenhado no topo. — Recebi isso como pagamento de um grupo de piratas uma vez, pensei que seria útil algum dia mas nunca tivemos coragem de usar. 

Chopper, Usopp e eu nos inclinamos para ver. Quando ela abriu a caixa, nossos olhos quase saltaram para fora.

— I-isso é...

— É. — Usopp afirmou, ela fechou a caixa e nos entregou.

— Eu não sei nada sobre estas frutas, mas ela parece diferente de qualquer uma que eu já tenha visto. — Ela se referiu ao fruto Akuma no mi dentro da caixa, cujo formato era arredondado e completamente azulado, com um caule verde. — Os piratas que a deixaram, temiam pela ideia de comê-la. Mas aqueles piratas lá fora usaram a fruta pra ganhar habilidades.

— Mesmo assim, o mar vira as costas pra quem consome uma fruta dessas. Nós praticamente vivemos no mar, eu não quero ter mais uma chance de morrer. — Usopp explicou rapidamente negando a ideia. — Fico arrepiado só de pensar.

— É mas... serviria de boa ajuda. — Expliquei, ele me encarou surpreso.

— Não está pensando em comer, está? Nem sabemos o que ela faz, pode te transformar em algo como o Chopper. — Ele apontou, Chopper colocou as mãos na cintura. — N-não foi o que eu quis dizer.

— Usopp. Eu não sei o que fazer. — Encarei a caixa diante dos meus olhos, ele bateu os pés.

— Quer saber anda logo, independente da escolha que você fizer tem que ser rápida. Não temos tempo.

Retirei a fruta da caixa e a encarei, a temperatura ambiente não parecia afetá-la. Usopp cobriu os olhos preocupado, nervoso e incapaz de imaginar o que aconteceria comigo ao consumi-la.

— Eu vou fazer isso por eles. — Fechei os olhos com força e dei-lhe uma mordida generosa, primeiro senti uma explosão de sabores, senti diversas frutas em meu paladar, o sabor mais presente era de mirtilo. Quando me dei conta, já havia a devorado por completo e todos em minha volta me encaravam esperando por algo.

— Acho que não devia ser assim. — Sugeri, de repente senti uma pontada no estômago, me contorci em dor e caí em posição fetal no chão.

— Droga, Minnie! Eu falei pra não comer isso! — Usopp se aproximou e segurou meus ombros.

— Ta. Doendo. — Disse entre uma pontada e outra, meu corpo parecia querer lutar contra o processo, o suor escorria quente pelo meu rosto ensopado.

— Droga droga droga. O que faremos? E agora? — Usopp dizia casa vez mais nervoso, Chopper se aproximou e tocou meu estômago.

— Ela ta quente, precisamos levá-la pra fora. — Chopper dizia, segurei seu braço.

— Não. Eu to bem. Eu to. Bem. — Segurei seu ombro, ele me encarou assustado. Me levantei e limpei o suor na minha testa, Usopp engoliu em seco.