Capítulo 9

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   Nunca fiquei tão feliz em pisar em um navio, me deitei no chão e abri os braços.

— Me sinto bem melhor. — Fechei os olhos e estiquei os braços, de repente uma sombra cobriu o Sol em meu rosto.

— Tem certeza que você está bem? — Nami perguntou, ela estendeu as mãos e me levantou num pulo.

— Muito melhor. — Trocamos olhares, ambas queríamos dizer algo, mas nenhuma sabia por onde começar. Antes que Nami pudesse falar, a abracei, surpreendendo-a.

— Me desculpa. Você deve ter ficado tão assustada... e-e eu.

— Você queria salvar a vila. Luffy me contou, e eu entendo. — Respondi, ela retribuiu o abraço com vontade.

— Não posso nem imaginar pelo que passou, quanto te encontrei você... ela te... você estava... — Nami não conseguia completar uma frase sequer, ambas sabemos que o meu estado naquele porão não era dos melhores. — Se o Luffy te visse do jeito que eu vi, ele ia procurar nos quatro cantos do mundo.

— Você sabe que ele não é assim, nós não machucamos os outros. — Respondi de forma séria e levemente chateada, Nami tocou meu ombro.

— Minnie.

— Vamos deixar isso está bem? Ela fugiu, nunca mais vamos vê-la.

— Sabe que isso não é verdade. — Nami retrucou, encarei o chão.

— O que não é verdade? — Luffy surgiu logo acima na popa do navio, neguei.

— Nada, assuntos femininos.

— Adoro assuntos femininos. — Sanji surgiu atrás de nós carregando uma grande cesta de frutas, Zoro surgiu logo depois carregando outra cesta de suprimentos.

— Não é da sua conta. — Nami retrucou, o loiro apenas concordou com medo.

— Nami, nós fizemos algo! — Luffy chamou, Nami correu e subiu os degraus, a segui.

Bem na popa do navio, haviam algumas árvores de tangerinas pequenas, com as frutas penduradas nos galhos. Os olhos de Nami brilharam ao notar a homenagem, as árvores a lembravam de casa, da sua vila com plantações de tangerinas.

— Elas vão crescer e vão ficar bem grandes. — Luffy disse orgulhoso, segurei o braço dela.

— Eu adorei. — Disse animada, Nami sorriu.

— Obrigada. — Ela disse tentando conter as lágrimas de emoção, Luffy esticou os lábios orgulhoso.

— Pra onde vamos capitão? — Perguntei, Luffy olhou para o horizonte.

— Agora, vamos encontrar o One Piece. Para a Grand Line! — Apontou, todos gritamos em uníssono.

— Sim capitão!

Finalmente voltamos ao mar, as coisas se acalmaram e o oceano agora voltara a bater no casco do Going Merry. Apoiei meus braços na borda e fiquei olhando para as pequenas ondas que se formavam, o som da brisa soprando na vela do navio, e as gaivotas nos sobrevoando.

— Você está bem? — Usopp perguntou, concordei ao virar-me para ele.

— Acha que tem alguma chance de encontrarmos a vila Zou? — Me virei de volta para o mar, Usopp ficou ao meu lado. — É onde estão os outros como eu.

— Acho que tudo é possível na Grand Line. É o território mais diverso e perigoso em todo o mundo. — Enquanto ele falava, avistei Sanji andando atrás de Nami, ela parecia irritada.

— Sente falta de casa?

—  O tempo todo, foi onde nasci e cresci. — Ele respondeu. — Mas eu me acostumei com o mar sabe? Ser pirata não é fácil, uma vez tive que decidir entra matar uma serpente marinha ou salvar uma criança e seu cãozinho.

LOVE FRUIT, Monkey D. LuffyOnde histórias criam vida. Descubra agora