Capítulo 30

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   Enquanto caminhávamos, nos deparamos com mais ossos, alguns crânios humanos, entre outros. Pareciam ser ossos de pessoas que sequer se moveram, elas apenas ficaram ali no lugar até a morte.

— Se você ficasse respirando aquela neblina, tenho certeza de que terminaria do mesmo jeito. — Apontei, ele sorriu e tocou meu ombro.

— Tem razão, mas ainda bem que você me salvou. — Disse animado, desviei o olhar.

— Acho que... essas pessoas devem ter imaginado coisas tristes. Devem ter ficado ali e devem ter... morrido de tristeza. — Respondi, Luffy me seguiu com os olhos logo na sua frente. De repente ele correu e se colocou na minha frente, o encarei confusa, ele sorriu e me abraçou. — Luffy? O que está fazendo?!

— Você se esqueceu de nós, mas quero que saiba que eu estou aqui agora. Então toma cuidado pra não me esquecer dessa vez. — Resmungou por cima do meu ombro, congelei, senti meu coração acelerar quase que para fora do peito.

Luffy se afastou, ainda segurando meus ombros. Avistei um dardo vindo na sua direção rapidamente, o empurrei para o lado, o dardo atingiu meu pescoço fazendo-me tontear. Caí no chão desacordada, Luffy logo foi atingido da mesma forma.

Quando acordamos, senti seu corpo encostado no meu. Mas o ar estava seco e sentia um piso gelado em minhas mãos. Estávamos no chão, haviam pessoas rindo e conversando. Olhei em volta mesmo com um saco na minha cabeça, foi quando o retiraram e a luz entrou agressivamente.

Forcei a vista para tentar enxergar o mais rápido possível, estávamos em um tipo de salão, mas era diferente de qualquer outro lugar já visitado. Haviam decorações ornamentais e esculturas de garotas com apenas lençóis cobrindo suas partes íntimas.

— Minnie? Que bom que está aqui. — Luffy disse aliviado, alguém arremessou uma faca no chão, usei para cortar nossas amarras e me levantei pronta para contra-atacar.

— Quando eu ouvi das minhas meninas que Monkey D. Luffy estava na minha ilha. Eu não acreditei. — Ela disse quase cantarolando, nos levantamos.

— Como tem coragem de pisar na minha ilha com uma recompensa tão generosa pela sua cabeça? — Ela estava praticamente deitada de lado sobre uma cadeira, me coloquei na frente de Luffy.

— Quem é você? — Confrontei, ela virou a cabeça com surpresa.

— Como ousa tratar nossa soberana desse jeito?!

— Não não, está tudo bem. — Ela apontou, franzi o cenho. — Eu sou a única e mais bela shichibukai, Boa Hancock!

Anunciou, suas companheiras aplaudiram, ela deu risada apenas apreciando o evento de apresentação. Olhei em volta confusa, ela tirou um canivete do bolso e o analisou.

— Não vou te machucar, não preciso disso, não gosto de competir com outras mulheres. — Ela dizia. — Já devem ter notado que nesta ilha nós valorizamos cada uma das mulheres, mas não posso dizer o mesmo de um bando de piratas.

— O que? — Recuei, ela endireitou a postura e se virou para nós.

— Por isso, eu tenho conhecimento que o resto do bando de Monkey D. estão espalhados por aí. Felizmente nós encontramos cada um deles, estão presos na neblina tóxica feita para acabar com qualquer um que tente invadir nossa ilha. — Explicou, Luffy foi até a frente.

— Por favor, ajude os meus amigos. Pode ficar com a minha recompensa, mas não os deixe morrer. — Ele disse, senti meu corpo hesitar, surpresa com o pedido.

— Ajudar seus amigos? É isso que você quer? Não prefere... jantar comigo? — Ela se inclinou para frente. Hancock usava um vestido avermelhado com decote V realçando seus seios, neste ângulo, estava certa de que poderia hipnotizar qualquer um. — Quero dizer, olha só pra mim?

LOVE FRUIT, Monkey D. LuffyOnde histórias criam vida. Descubra agora