Capítulo 30 - Lissa (extra)

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    Depois que contei para o Logan que temos que sair da cidade, fomos para casa dele e passamos a noite planejando tudo... E transando também.

    Agora estou aqui em frente a casa dos meus pais dentro do carro criando coragem para descer. Respiro fundo e me aconselho mentalmente para não chorar ou se estressar... Já sei que esse aconselhamento não vai dar certo.

    Desço do carro caminhando até a porta, bato na mesma e espero alguém atender.

    Escuto passos do lado de dentro e a porta se abre, minha mãe me olha da cabeça aos pés e espera que eu fale.

    — Vim pegar umas coisas que ainda não tinha levado pra o apartamento. — falo olhando em seus olhos.

    Ela me olha por alguns longos segundos até que abre espaço para eu passar. Suspiro e entro em seguida.

    Passo pelo corredor a caminho do meu antigo quarto e a sinto atrás de mim à todo momento. Abro a porta e entro, olho ao redor lembrando do que preciso levar.

    — Você não vai pedir desculpas? — escuto minha mãe falar da porta.

    Fecho os olhos me preparando para a briga.

    — Desculpas? Pelo o que mãe? — me viro para olhar em seus olhos.

    — Pela sua rebeldia, você não era assim até conhecer esse garçom barato. — aumenta a voz.

    — NÃO FALA ASSIM DELE, ELE TEM NOME, LOGAN. — me aproximo dela. — DA PRA PARAR DE JULGAR AS PESSOAS PELO TRABALHO, ROUPAS E SEI LÁ O QUE MAIS VOCÊ AS JULGA.

    Escuto passos se aproximar de onde estamos e logo meu pai aparecer na porta.

    — Que gritaria é essa aqui? Você ficou maluca Lissa? Gritando com sua mãe, tenha respeito. — fala alto.

    Começo a rir e eles me encaram procurando um motivo para minha risada. Ainda rindo começo a pegar as coisas que preciso.

     — Respeito? Vocês não merecem mais nada que venha de mim. Aliás quem são vocês para falar de respeito? Logo vocês que não me respeitam desde que nasci? NUNCA, seja em decisões, em opiniões e todo o resto. Sempre me mantiveram calada, não posso nem cuidar do meu próprio dinheiro. VOCÊS TOMAM CONTA DE TUDO QUE ERA PRA SER MEU. — grito olhando para os dois.

    Com a sacolas em mãos passo esbarrando pelos dois e caminho em direção a porta.

    — VOLTE AQUI LISSA, NÃO TERMINAMOS. — grita meu pai.

    Paro bruscamente no meio do corredor e olho para eles.

     — Terminamos sim, aliás terminamos essa conversa para sempre. — suspiro sentindo as lágrimas se formar em meus olhos. — Não me procurem, não entrem em contato comigo, nem ousem citar meu nome, eu morri pra vocês, assim como vocês morreram pra mim.

    — Você nem sabe o que fala, esse homem por acaso anda te dando drogas? — fala minha mãe tentando se aproximar.

    — FICA ONDE VOCÊ TÁ. — falo alto. — Espero nunca mais ter que olhar para vocês, não contem comigo pra nada, NADA.

    Volto a andar em direção à porta.

    — LISSA, NÃO OUSE SAIR POR ESSA PORTA. NÃO SE FAZ ISSO COM OS PAIS, VOCÊ VAI PRO INFERNO. — diz meu pai.

    Chego na porta e me viro na direção deles.

    — Vejo vocês no inferno então, mas sinceramente... — sorrio. — ... Espero que não. — uso a mão vazia para fazer a cruz, toco na minha testa, no peito, ombro esquerdo e depois o direto.

    Me viro e caminho em direção ao meu carro, abro a porta e entro em seguida. Ligo e começo a sair do estacionamento, abro a janela e olho para eles parados no batente da porta. Sorrio e coloco minha mão para fora mostrando o dedo do meio.

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Finalmente livre da toxidade dos pais. 🎉 Quem mais amou?

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E Se Eu Disser Que Te Amo? - Livro único.Onde histórias criam vida. Descubra agora