a dor

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Quando a gente está sofrendo e vivendo algo que só nós vive e aquilo machuca dói e te faz ficar completamente desconhecida você só tem duas opção ou você continua sofrendo e se aprofundando mais nessa solidão e nesse escuro ou você se levanta e reage e enfrenta os seus piores medos.

Gabriela

Eu me desperto e percebo que eu estou no chão eu vou colocando a mão na minha cabeça pois estava doendo muito minhas roupas ainda estavam molhadas eu estava com frio não sei que horas era ou se era de noite ou de dia ainda só sei que quando as minhas memórias voltaram e eu lembrei que aquele monstro tinha levado Gael e reunir forças que talvez eu não tinha fui me agachando e me rastejando até a porta de ferro eu não poderia me perdoar se algo acontecer com ele se o que aquele monstro fez para mim acontecer isso com aquele menino aquela criança doce amável comigo e com todo mundo que ele conhece eu não ia jamais me perdoar disso.

Me rasteja até a porta e começo a bater nela e a gritar

Gabriela-GAELLLL ELE NÃOOOO GAELLLL CADÊ VOCÊ ABRE ESSA PORTA SEUS MISERÁVEL CADÊ  AQUELE MONSTRO ELE  VAI MACHUCAR UMA CRIANÇA E A MIM QUE ELE QUER .

Eu só sabia chorar e bater na porta minha voz já estava ficando fraca eu já estava ficando cansada eu bati aí pedia Socorro pedia para falar com Gael pedia para fazer comigo e não com ele.

Eu não conseguiria ver ou imaginar aquele monstro fazendo o que faz comigo com uma criança de 5 anos me passava um nojo me passava recurso total e só de imaginar me dá uma culpa como eu poderia ser tão burra e comer aquela comida sem imaginar que poderia ter algo ali como eu poderia não ter lutado mais para poder manter ele perto de mim como eu vou contar como eu vou poder olhar nos olhos daquela criança e dizer que eu não pude fazer nada me sinto uma inútil.

Sinto uma dor forte na barriga e com essa dor eu não consigo respirar o suficiente tento respirar mas a ansiedade o desespero toma conta já o que eu devo fazer o que eu devo fazer era uma questão talvez de minutos ou segundos para vir me matar também a pessoa que eu poderia salvar com a minha própria vida tava lá do outro lado da porta e eu nessa sala escura o que eu poderia fazer.?

A dor no pé da minha barriga ficou mais forte eu coloquei a mão na minha barriga e me agachei sentindo a dor decidi ficar em um canto pois não ia resolver de nada eu gritar talvez eu já tinha perdido e a culpa e o rancor e a solidão e o desespero cada segundo cada momento não me deixava em paz então eu fiquei no canto chorando baixo me recorde por dentro de não ter feito mais.

Depois de algum tempo e algumas horas a porta começa a se destrancada eu levanto a minha cabeça já pensando um bilhão de coisas ruins então a pessoa que eu menos esperava entra pela porta com uma cara tão cruel que eu não pensava que aquela pessoa pudesse estar ali passei a mão no rosto imaginando está delirando mas era ele.

-ora ora encontrei a patroa sozinha indefesa cadê o cabelo agora Gabriela cadê

Ele trancou a porta por dentro e se foi se aproximando de mim falando com os outros vício

-vamos ver se ele consegue nos salvar vamos gritar CAVEIRA

Ele baixou ficando na minha frente grudou no meu braço mas eu puxei de volta para mim

Buscando Refúgio no Morro do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora