Best Mistake • JIKOOK

Capítulo vinte e quatro

Honestamente, passaram-se mais semanas do que eu poderia notar, e quando formos ver, minha barriga, antes pequenina e não tão grande, estava imensa com duas claras crianças ali dentro, quase que crescidas.

E estava pesando, confesso, mas nada que me deixasse menos animado e com disposição do que para sair um pouco com o meu namorado, o Jungkook, para caminharmos um pouco em um parque como quem não quer nada e aproveitarmos a nossa noite de sábado como dois bobinhos que éramos um pelo outro.

Confesso de que a nossa vinda aqui tinha um motivo especial, já que eu fiquei com uma imensa vontade de comer uma maçã do amor que apenas vendia aqui nesse parque, e então ele me fez arrumar para virmos aqui, juntos, e comermos a comida que eu queria. E estávamos aqui, andando em meio ao parque em direção à nossa maçã, de mãos dadas, as nossas alianças entrelaçadas e olhando as pessoas ao nosso redor, imersos completamente num sentimento gostoso e único que criamos em nossa volta. Nada de ruim poderia ultrapassá-lo, eu sabia disso.

Eu estava completamente e cada vez mais apaixonado pelo Jungkook, que sinceramente, competia comigo às vezes sobre quem era mais idiota por amor. E apesar de eu achar se que eu sou o mais bobo, ele quase sempre vencia. Era competitivo, portanto.

Ele estava naquela fase de não me deixar fazer nada. Eu estava com seis meses fechados já e a minha barriga era maior do que as demais por justamente estar carregando dois, mas ainda sim, ainda eram seis meses de gestação. Não estava tão avançado, mas ele me tratava como se eu estivesse já prestes a ter as nossas crianças, como se eu estivesse o tempo todo com dores e aflito, quando na realidade não era isso. Eu me exercitava todos os dias por indicações do nosso médico, o Seokjin, que sinceramente estava deixando mais o âmbito profissional e se aproximando de nós como um amigo, o que sinceramente era melhor para mim. Ele era um ótimo ômega e amigo.

Eu me sentia acolhido e amado, nos braços de meu alfa e totalmente entregue aquela sensação tão boa que ele apenas conseguia me proporcionar, completamente entorpecido de amor. E eu sequer negava. A minha feição e as ações já diziam por mim, eu estava caidinho por este homem. E o bom é que ele também estava caidinho por mim.

— Amor, se senta enquanto eu vou para a fila comprar as nossas maçãs. — Ele indicou, apontando para uma cadeira no parque não tão longe de onde ele estava.

— Eu consigo ir com você.

— Não. Se sente. Eu quero que descanse, sei que suas pernas cansam pelo peso, então vá e me espere. Eu já chego por lá. — Me deu um beijo rápido, estalado, me fazendo revirar os olhos ao passe que sorria todo bobo. — Anda. — Completou.

— Vou indo, mandão. — Reclamei, afastando de si.

Apenas fui porque de fato a fila era imensa e os meus joelhos estavam pedindo socorro, portanto, fui e me sentei não tão longe de si, vendo ele naquela fila um pouco grande e parado como uma criança em uma fila de supermercado quando a sua mãe sai de perto. Era fofo. Eu me derretia completamente enquanto olhava para ele, chegava ser patético o quão rendido eu estava por ele.

A noite estava gostosa, em uma brisa fria que me fazia encolher os ombros de vez em quando, mas nada que o moletom que eu estava usando não fizesse seu trabalho, me esquentando ou às às vezes até o próprio corpo do Jeon, que não enrolava e me abraça mesmo, e ficávamos andando como dois adolescentes pelas ruas que acabam de engatar um namoro, bem grudentos.

Jungkook era um tipo de namorado que eu não esperava, não imaginei que ele fosse de amar e se apegar dessa maneira. Então eu estava rendido aos seus toques, completamente, entorpecido e entregue, amando aquela fase em que estávamos. Em um mundo criado por nós que apenas algumas pessoas conseguiam ultrapassar, quase ninguém, e vivíamos juntos naquele planeta do amor e que não existiam problemas. Estávamos bem e isso me aquecia ao peito. Eu não sabia que era tudo que eu queria e mais precisava até de fato ter.