Best Mistake • JIKOOK

Capítulo quatorze

Dias e semanas haviam se passado desde que eu tive a confirmação de que eu estava carregando um filhote em minha barriga e então havia chegado aquele dia após tanto tempo de agonia.

Um dia tremendamente especial para o meu bebê e para mim. E apesar de ontem eu ter tido uma pequena discussão sem pé e nem cabeça com o Jungkook, não deixei com que isso me afetasse hoje e nem trouxe os problemas de ontem para cá. Todas as preocupações e estresses eu deixei para outro dia, não hoje.

Eu ia fazer a minha primeira ultrassom. Não poderia estar mais feliz.

E eu iria sozinho. É claro.

Eu estava terminando de me ajeitar e de colocar o meu moletom por cima de meu próprio corpo, cobrindo minhas curvas e me aquecendo naquele dia de que estava fazendo um pouco mais de frio do que o usual e terminando de tomar também meu café para aquecer meu corpo além de todas aqueles tecidos, mas também internamente.

Neste dia especial, o Taehyung iria comigo nessa, afinal ele é o meu melhor amigo e, como ele mesmo diz, padrinho desta criança e pessoa que será responsável por estragá-lo, porém surgiu um imprevisto e ele infelizmente não poderá ir. Então eu estava fazendo as coisas em meu tempo, calmo, já que havia marcado para às dez da manhã e ainda eram nove, e como o consultório não era tão longe, eu tinha algum tempo por cá.

Então tentei transmitir isso nas minhas ações e alimentei meus peixes calmamente, ajeitei de minhas plantas e eu após apenas estava sentado na sala, esperando dar um horário bom para sair, porém meu telefone tocou sobre minhas mãos. E o ecrã do celular acendeu com a foto do Jungkook.

Suspirei, atendendo.

— Bom dia, senhor Jeon.

Ouvi ele suspirar, possivelmente pela maneira formal que eu estava o chamando. Eu nunca fazia desse jeito, só quando estava com raiva ou magoado consigo, e ele sabia. E após suspirar ele demorou um pouco para me responder, mas respondeu.

— Jimin-ssi, disse que não viria ao trabalho hoje, está se sentindo bem?

Sorri, incontrolável. Essa preocupação dele ainda permanecia mesmo com o estresse que nos aconteceu. E ele é tão orgulhoso e cabeça dura quanto eu, então eu sabia de que para ele me ligar e ainda insistir em algum papo, para saber se eu estava bem ou não, demonstrando se importar, valia muito e custava bastante. Apesar de um simples gesto de gentileza e compaixão, para um orgulhoso era sempre demais.

— Eu estou. É que hoje preciso ir fazer a minha ultrassom, sabe? — Fui sincero.

Ele ficou em silêncio, após a minha resposta.

Eu franzi um pouco a minha sobrancelha, segurando o meu celular com um pouco mais de força do que eu deveria. E eu sabia de que não haviam razões para eu mentir sobre isso visto que ele já sabe de que eu estou grávido, porém apenas não sabe de que é grávido dele.

— Você disse que o pai é um babaca e que não sabe que é pai... — Comentou.

Por alguma razão, meu coração começou a bater muito depressa após ele sussurrar isso tão baixo como se estivesse desvendando um crime.

Eu tinha receio de que ele apenas se lembrasse do nada do que houve entre nós. Me questiono se ele ficaria bravo por eu esconder, não ligaria ou qualquer coisa. Apenas também não queria pagar para ver.

— Sim?

Ele respirou fundo.

— Você está indo sozinho lá?

Ponderei um pouco para responder. Bem, eu estava. Mas por que ele queria saber? Será que ele iria se voluntariar para ir comigo? Não... ele não faria isso. Ou faria? Mas pensar nessa possibilidade deixou o meu coração já nervoso ainda mais agoniado, sentindo os batimentos agressivos contra meu próprio corpo, sentia o meu peito ressoar em minha garganta.

— É... eu estou indo só. — Tentei demonstrar indiferença.

— Me aguarde chegar aí. — Foi simples e após isso desligou.

Eu não tive sequer reação.

Ele ele estava vindo.

Ele estava vindo e estava vindo justamente me acompanhar na minha primeira ultrassom de, pasmem, nosso filho.

E eu me senti um estúpido por estar gostando dessa ideia, porém eu tentei ao máximo simplesmente não agir como um garotinho desesperado e contive de meus sentimentos enquanto o aguardava chegar exatamente como eu já estava. E eu havia separado as coisas da maneira em que deveria e para tentar também distrair a minha mente e tentar fazer ela não pirar com a ideia do "Jungkook está vindo".

Porém essa frase reverberava em meus ouvidos constantemente de um modo até perturbador, porque querendo ou não, eu era um garotinho desesperado naquele momento.

Ele foi veloz. Porque também, para meu azar ou felicidade, onde trabalhamos não é muito distante de minha casa e ele logou chegou lá, tocando na campainha. Ele tem acesso livre que eu liberei para meu porteiro do prédio, então ele só veio direto em minha direção e bateu na porta de minha casa.

Andar para abrir uma porta nunca foi tanto um momento de tensão para mim.

Mas abri. E ele estava ali em pé, ajeitado, com seu terno elegante e o cabelo impecavelmente penteado e arrumado ao lado, me olhando da cabeça aos pés e eu pude ver que em seus olhos, ao me ver ali, ganhou um brilho novo. Um brilho diferente. E fez a coisa mais baixa de que ele poderia fazer naquele momento e naquele dia.

Sorrir para mim; daquele jeito tão bonito que eu simplesmente não conseguia lidar de uma maneira normal.

NOTAS: OS CAPÍTULOS SERÃO TODOS EM SUA MAIORIA NESSE TAMANHO E EU ESPERO QUE VOCÊS TENHAM CURTIDO. AS ATUALIZAÇÕES SERÃO DE DOIS EM DOIS DIAS OU DE UM EM UM, NÃO ESQUEÇA DO VOTO E COMENTÁRIO QUE SEMPRE ME MOTIVAM DEMAIS. SZ.

Meio que tô surtando q a história tem mais de 520+ de votos, sério, como vcs conseguiram? Obrigada gente, mesmo, eu tô imensamente feliz com isso cês nem imaginam o quanto! E aliás, a história em um todo terá 27 capítulos, então preparem-se q ainda tem história pra rolar kkkk sz