Sequestrada

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Fui acordando aos poucos, sabia que eu não me encontrava mais no castelo, tudo se passava por minha cabeça, o que iria acontecer comigo agora?.
A cada momento em que abria mais meus olhos, fui me deparando com o lugar que agora eu estava, escutava os cantos dos pássaros, o lugar era claro e arejado, sem paredes em seu interior, eu estava em uma cama improvisada, via a silueta de uma pessoa em minha frente, não sabia de quem era até ver totalmente.

- Esta bem irmãzinha?.

Era Callon, estava sentado em minha frente me observando, tendei me levantar de vagar, e olhei em volta, minhas mãos estavam presas em uma corregente forte.

- O que fez comigo? Onde estamos?.

- Calma maninha, onde achou que eu morava?, numa caverna escura e sombria??.

Falou Callon com divertimento, seu rosto espanjava um sorriso sinico.

- Você não pode me manter presa aqui, eles vão me procurar!.

Falei ficando um pouco alterada.
Callon permaneceu calado, apenas me observando.
Se levantou e chegou próximo de mim, se ajoelhando e ficando a poucos centímetros de meu rosto.

- Sei que eles vão procurá-la, mas até acharem teremos um tempo junto, e quando aparecerem você poderá escolher se vai ou não com eles.

Eu estava petrificada quando ele pegou meu braço e começou examinar, logo em seguida vejo sua mão com uma coloração azul, diferente da minha que era vermelha, ele passou sua mão por cima do corte que eu tinha, fazendo uma dor insuportável em minha ferida.
Gritei agonizante onde fez eco por toda a floresta, fazendo as aves que estava próximas voarem.

- Não quero te fazer mal irmã, quero que fique um pouco comigo e me conheça melhor.

Logo em seguida, Callon retirou a mão de meu braço, mostrando que aquela ferida grave e que nunca se cicatrizava, agora estava sarada, e sem nenhuma cicatriz.
Agora eu olhava para seu rosto, estava em transe, reparava o quanto ele era belo, rosto Angelical, não parecia ter a idade que tem, um dos privilégios de ser imortal.
Ele olhava dentro dos meus olhos, não sei quanto tempo ficamos se encarando até eu quebrar o contato visual.

- Deve estar com fome, vou preparar algo para você.

Falou ele se levantando e dando poucos passos até a cozinha, fiquei quieta observando ao meu redor e de alguma maneira em que eu poderia fugir dali.
Já ele, estava com o rosto sereno, tranquilo enquanto pegava uma bandeja com pães e frutas, logo depois indo até mim e me entregando a bandeja que me recusei a pegar, então a colocou no chão ao meu lado.

- Você deve estar curiosa com o que aconteceu comigo não é, tipo mamãe mandoi você para outro universo e por conta da sua pouca magia, me manteve nesse mundo.

Fiquei calada apenas o observando, ele se ajuelhou novamente a minha frente ficando próximo a mim.

- Quando os homens estavam chegando e mamãe estava fazendo o portal para mandar você a outro mundo, nosso pai me pegou e me levou para um pequeno riu que lá tinha, me colocou dentro de uma cesta junto com uma receita de uma poção para que meus traços elfos e minha magia, ficasse adormecida, assim eu tinha aparência de um simples humano, nosso pais não tinhan certeza se eu iria sobreviver, e mesmo assim tentaram, por sorte uma doce viúva me achou, parece que a água estava ao meu favor me levando a ela, ela tinha perdido o marido a pouco tempo e estava sozinha, resolveu me criar, se mudou para distante do vilarejo e veio para cá, começou a aprender sobre bruxaria para fazer as poção com excelência, e nos manteve desde então.

- O que aconteceu com ela?.

Perguntei com lágrimas nos olhos, aquele lugar era belo, porém eu sabia que só estavamos nois dois.
Ele parecia ser frio, ou isso não o doia mais, ele manteve a postura e continuou.

- No meu aniversário, ela tinha acordado cedo para ir para o vilarejo mais próximo que tinhamos, ela queria fazer uma surpresa para mim, mas ela não sabia que naquele dia teriam religiosos pregando no vilarejo e fazendo testes com aqueles que eles achavam suspeitos de bruxaria, bom Emmä já era viuva e o que delatou foi suas ervas na sacola e ela usar sua mão esquerda, foi onde eles a acusaram de bruxaria, ela foi levada ao centro do vilarejo e amarrada, eu estava em casa percebi que ela não tinha voltado e os animais estavam inquietos, decidi então pegar uma égua e ir até o vilarejo onde ela estaria, já estava escurecendo quando aconteceu, cheguei e muitas pessoas estavam indo em direção ao centro, então fui atrás chegando lá me deparei com ela amarrada em um tronco, estava sem suas roupas, somente com um traje branco, também tinham elfos acusados de traição, muitas e muitas pessoas tinham ido para assistir, eu estava atrás da multidão quando o responsável por aquilo ascendeu a toxa para colocar fogo neles, comecei a correr e gritar mais ninguém me escutava, os gritos dela começavam a ecoar pelo vilarejo, quando me dei conta que ela já não estava mais entre nós eu explodi, dizimei todo o vilarejo, não restaram nem os animais que estavam próximos, comecei a caminhar entre eles, todos sem vida o que me deixou mais assustado, voltei para casa e comecei a treinar minha magia, e sabia que eu não estaria mais seguro lá, então decidi me mudar, e ficar escondido, até você aparecer.

- Desculpa..

Não sabia o que falar, as lágrimas ainda escorriam do meu rosto, não conseguia conter, ele estava do mesmo jeito, calmo, tranquilo, me assustei quando ele se curvou para frente e fiquei um pouco apreensiva do que ele estava fazendo, ele soltou as correntes que prendiam meus braços o que foi um alívio porque eu já tava cansada de ficar naquela posição.

- Não trouxe você para manter presa, eu a trouxe para me conhecer melhor, se quiser ir embora pode ir, não vou ajudar você a achar seu caminho, na hora certa eles vão a encontrar, vou sair para buscar algumas coisas, se decidir ficar poderá ir explorar por aqui, tome cuidado quando for escurecer.

Sem esperar minha resposta si é que teria, ele saiu deixando a porta aberta, esperei a sombra dele desaparecer da porta então me levantei, não sabia ao certo o que eu procurava, como falei a casa era ampla, ventava bastante, uma brisa quente entrava na casa, olhei para o lado de fora a casa ficava quase no precipício e embaixo se encontrava o mar, caminhei até a porta abrindo ela de vagar, vi um lindo campo sem árvores, sai até o sol bater em minha pele me esquentando, não tinha mais nada do lado de fora, voltei para dentro e comece a caçar algum mapa ou algo do tipo que me ajudasse a saber onde eu estava.
Escutei um som estranho e decidi ver o que era, atrás da casa tinha um pequeno estábulo onde se encontrava um lindo cavalo com a clina negra que fazia brilhar quando o sol batia.
O cavalo chegou próximo a mim e deitou-se, para que eu subisse em cima, ele estava sem cela mas decidi subir mesmo assim.

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Oii, ignorem os erros ortográficos, não tá dando tempo de corrigir.

É gnt, realmente Cirin não tem paz nessa história viu, ou tem vamos aguardar os próximos capítulos, mas não prometo kakakak

Peguei uma casa no Pinterest, não era essa mas serve.

Peguei uma casa no Pinterest, não era essa mas serve

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