Chance

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Montei no cavalo e assim ele começou a cavalgar, ele deu uma grande volta me levando a praia, onde ele parou para que eu pudesse explorar ela, estava sentada sentindo a brisa, movia meus pés na areia sentindo cada grão que estava, sempre gostei da praia por mais que eu morasse longe dela sempre que tinha a chance eu ia para lá.
O cavalo foi se aproximando, sabia que ele queria ir me levar embora, subi nele e assim ele começou a ir em outra direção a casa, chegando nela percebi que a porta estava aberta tinha alguém na casa, desci do cavalo e peguei um pedaço de madeira que estava no chão e comecei adentrar de vagar a casa.

- Como foi o passeio com Poldo, aposto que se divertiu, minha irmã!.

Falou Callon na cozinha com um avental amarrado na cintura e fazendo o que parecia ser massa de pão, seu rosto estava calmo e um pouco alegre, como era meu primeiro dia lá, talvez ele estivesse com um pouco de receio da minha reação.

Ele insistia em me chamar de irmã ou irmãzinha, dentro de mim, estava um complo uma parte achava minimamente fofo e a outra, que achava ele desprezível, mas até eu não encontrar o caminho de volta ao reino de Thranduil, eu teria que suportar Callon.

- O cavalo, se chama Poldo?.

- Sim, ele está comigo há bastante tempo, me entende e me fez companhia quando estava sozinho.

- E você fez ele me levar para passear para minimizar o que você fez comigo? acha que deu certo?.

Falei grosseiramente indo em direção a ele, e parando a poucos centímetros.
O que fez ele dar um passo para trás com a expressão mudando para uma expressão vazia.

- Peço desculpas por ter a sequestrado mas não iriamos nos conhecer se você continuasse lá.

Por um lado ele estava certo, eu não o conheceria e provavelmente eu iria lutar contra ele.

Sem mais falar nada, fui em direção a porta, já tinha escurecido e a lua estava clareando tudo lá fora, fui até o penhasco sentei em uma pedra que lá tinha e coloquei meu pés pra fora do penhasco, olhei para baixo e eu teria uma queda bem grande caso acontecesse deu cair dali, mas estava seguro, fiquei observando as estrelas e pensando em como devia estar o castelo de Thranduil, se estavam preocupados, se estavam me procurando, ou algo do tipo, uma parte de mim decidiu dar uma chance a Callon, o que a vida fez com nós foi muito cruel, uma chance até eu conseguir ir embora ou até alguém me encontrar.

Olhava para o mar e sentia a brisa morna que o ar me dava, também sentia o cheiro do forno alenha que Callon tinha ligado para fazer slá o que, fiquei por bastante tempo ali, até escutar som de passos atrás de mim, era Callon trazendo uma bandeja de pequenos pães elficos, ele se sentou ao meu lado e permaneceu calado, apenas colocando a bandeja ao nosso lado.

- Estava pensando.

Senti a ansiedade de Callon, quando comecei a falar, ele tinha ficado com um olhar atento, mas permaneceu calado.

- Vou dar uma chance a você, não tenho outra alternativa, não sei onde estou e não sei se eles vão me procurar.

Callon permaneceu imóvel, pensando o que deveria falar, mas não dei tempo a ele, não queria conversar naquele momento, me levantei e fui em direção a casa, depois fui me deitar na cama improvisada que lá tinha, uns minutos depois senti e ouvi Callon entrando, ele ficou parado por algum momento talvez me observando e depois foi em direção a sua cama que ficava na parte superior da casa.

No dia seguinte acordei com o cheiro de ovos fritos, me sentei na cama, estava sonolenta, comecei a observar Callon na cozinha.
Pela primeira vez vi Callon sorrindo, ele estava mexendo os ovos na panela, a luz do sol batia em seu rosto alegre.

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