Capturada

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Andava cautelosamente pela trilha, parecia acabar nunca, os raios de sol entravam na floresta por frestas das árvores, mas o clima ainda tava tenso e pesado, a cada passo que eu dava eu ficava cansada, pensava em desistir mas não poderia, queria ir para casa, ter minha vida de volta.

     Essa hora já devem estar me procurando.

Em um momento a floresta estava calma, sem nenhum som, no outro escutei o que parecia ser um assobio de longe.
Eles estavam perto, eu precisava me apressar, comecei a correr pela trilha, conseguia ver um claro bem no final, se eu fosse mais rápido poderia chagar antes de alguém notasse que eu estaria ali.
O vento gélido batia em minha cara, os machucados e arranhões ardiam, o corte que foi costurado em meu braço latejava, minha magia foi a principal responsável por aquele corte, ele não se curava, se eu voltasse ao meu mundo acho que ele poderia melhorar e minha magia ficar dormente, eram hipóteses que poderia ou não dar certo.
Conseguia ouvir de longe chamarem meu nome, mas eu corria, a floresta não estava totalmente clara, era em alguns pontos que a luz batia.
Logo em frente tropecei e acabei caindo em uma coisa grudenta que enrolou meus pés e não conseguia me movimentar.
Olhei para trás e vi que aquilo não era apenas uma coisa grudenta, aquilo era teia de aranha e acima das árvores estava cheio delas, me sentei para começar a desenrolar a teia do meus pés, não dava para se manter calma naquela situação, eu tava apavorada ainda não tinha visto nenhuma aranha, mas não ia ficar para ver se tinha.
Algo grande caiu do meu lado, me assustei e dei um grito, era o corpo de um gado totalmente seco, olhei para cima de vagar e tinha uma aranha enorme, voltei minha atenção para conseguir me desprender da teia o mais rápido que eu conseguia.
Consegui tirar mas já era tarde, a aranha descia rapidamente, me levantei e comecei a correr, eu tropessava nas raízes das árvores e batia sem querer nelas, não conseguia ver para onde eu ia, só conseguia escutar que o mostro tava atrás de mim.

   De novo não!! Já basta a primeira vez, e agora issoo?!!.

Senti minhas pernas fraquejarem, mas se eu parasse ou caísse seria meu fim.
O mostro estava muito perto, senti suas patas me dando uma rasteira, cai como já era de se imaginar, eu consegui ver, a entrada da floresta estava quase na minha frente, a aranha puxava meu pé para dentro da floresta, comecei a me debater e consegui dar um chute na cara da aranha, que fez um ruido de dor, logo voltou para minha atenção, ela fazia alguma coisa com suas patas para atrás, eu me debatia mas ela colocou sua pata em minha ferida, o que fez eu gritar de dor.

Talvez eu poderia usar minha magia, mas eu não sabia como ou por onde começar, descobri o que ela estava fazendo, ela estava puxando sua teia para começar a me embalar como se eu fosse uma simples comida, comecei a me concentrar, apoiando minhas palma da mão no chão, e desejando para que eu tivesse algum retorno, imaginei a aranha sendo presa por alguns cipós, e vi que os que contian nas árvores começaram a percorrer o corpo da aranha, passando por de baixo de sua cabeça, pelas patas e depois pelo seu corpo, fechei a mão com força o suficiente para os cipós puxar a aranha assim fazendo eu ficar livre se seu peso, olhei para meu braço que doía e vi que alguns pontos saíram, mais nada que me mataria, os cipós não iriam segurar por muito tempo, aquele mostro, me levantei com dificuldade por conta da dor que sentina, com a mão em meu braço, comecei a andar para a saida da floresta, eu lembrava pouco daquele lugar, não saberia ao certo o que procurar, contava para chegar lá e saber o que caçar, a Aranha fazia seus sons, parecia gritos agonizante, mas ainda lutava para sair das amarras dos cipós, eu teria pouco tempo até os guardas de Thranduil chegar, até que cheguei a entrada da floresta, com um sorriso e lágrimas nos olhos por ter chegado ali, fora da entrada de galhos da floresta tinha um enorme campo sem árvores ou algo do tipo, o ar era puro a brisa do vento boa, o sol forte e quente dominava aquela área, comecei a procurar o portal/buraco em que cheguei aqui, mas sem sucesso, precisava ter outro plano, não podia mais ficar nas terras de Thranduil e o colar que Gendalf tinha me dado eu o deixei em cima da cama, na esperança de não estar mais nesse mundo quando chegasse aqui.

Escutei barulhos altos, era a aranha de novo, ela vinha tão rápido que eu sabia que não ia conseguir sobreviver, eu olhava preocupada e com a mão em meu machucado, aquela ferida estava feia, e eu já estava sentindo a febre e exaustão, causada pelos cortes e machucados.
Avistei a aranha, ela veio rapidamente para cima de mim, tentei correr e acabei tropeçando numa raiz de árvore e caindo logo em seguida batendo o rosto no chão, sentia o corpo pesado da aranha em cima de mim, ouvi mais sons de dentro da floresta.

   Me acharam....

Conseguia ver patas de cavalos à minha volta, eles deviam estar mirando na fera que estava em cima de mim, ela permanência me atacando.

- Matem!!.

Disse uma voz totalmente fria, que eu já sabia de quem era, eu estava ficando sem ar por conta do peso da aranha, eu já tinha desistido da minha vida, só queria que aquilo terminasse logo, sabia que em seguida Thranduil iria me matar por ter fugido, eu não precisava me olhar para saber que eu estava palida por conta da imensa dor que tomava conta do meu braço.
Senti algo forte atingir a aranha que caiu do meu lado se debatendo,  o peso dela longe de mim foi um alívio, mas parece que agora eu sentia dor de cada machucado em meu corpo.
Senti alguém me puxando do chão em uma grande facilidade, era Thranduil ele montava seu alce, que é bem maior do que eu imaginava, seu rosto severo, um olhar bravo, ele olhou em meus olhos me encarou por um estante.

- Desculpa...

Foi só o que consegui responder até que tudo ficasse escuro..

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