A cura.

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- Você está horrível!.

Tentei responder esse filho da puta, mas não consegui, Thranduil estava nas grades da minha cela, eu não conseguia vê-lo, por conta da posição em que eu estava, tentei o máximo que pude para poder dizer o que eu estava sentindo naquele momento mas esforço atoa.
Escutei farfalhar das chaves, ele estava abrindo minha cela, o que ele queria agora?.
Ele andou calmamente até chegar do meu lado e se agachou.
Com a força que eu não tinha, consegui soltar algumas palavras.

- está feliz agora? Me deixe aqui, volte amanhã talvez esse horário, já estarei morta.

- Não é minha intenção que você morra, você tem um dever aqui, precisa cumpri-lo.

Thranduil me pegou no colo, me levando para saida daquela cela.
Meu corpo doia a cada passo que ele dava, eu só conseguia ver seu rosto serio e o teto do castelo, presumi que ele estava me levando para o elfo fofo que me beijou da última vez.

- Haldir! Cuide dela, e mantenha sua boca longe do corpo dela!.

Thranduil falou enquanto entrava na hala hospitalar me colocando em uma cama próximo a mesa do elfo.

- Faça-a comer, pelo que o guarda me contou, ela está a três dias sem comer e beber.

- Sim ,soberano.

Falando, o elfo faz uma reverência.
Logo que Thranduil me colocou na cama, Haldir veio me examinar, Thranduil saiu deixando nós dois a sós.

Olá de novo elfo bonito.

- Olá Cirin, onde está sentindo mais dor?.

Tudo doi, mas o que está insuportável é meu braço, a ferida não se curou, e parece que infeccionou igual as outras.

- Certo Cirin, tenta relaxar, vou fazer essa dor ir embora.

Logo o elfo foi preparar os remédios necessários, fiquei observando ele misturar cada elemento dentro de uma pequena bacia de madeira, e logo em seguida colocando o líquido daquilo em um copo.
Se aproximando da minha cama, ele passou a mão por de baixo do meu pescoço e me levantou um pouco, e com a outra mão colocou o copo em minha boca e começou a virar delicadamente.

- O que pensou que estava fazendo Cirin? Deveria ter ficado no castelo.

Eu queria voltar ao meu mundo.

- Entendo Cirin, mas agora tudo o que você pode fazer é colocar na sua cabeça que esse mundo é seu agora.

Não me resta outra escolha a não ser aceitar essa!.

O elfo me olhou nos meus olhos, com o olhar de de tristeza, mas ele não poderia fazer nada, não estava no alcance dele.

- Tenha esperança Cirin, quem sabe quando você terminar sua missão aqui na terra-media, tenha a chance de escolher ir ou ficar.

Tenho certeza que se eu acabar essa missão e sair com vida, Thranduil ira me matar ou pior, me manter presa dentro da cela, pela eternidade...

- Não pense nessas coisas, menina!, Você ficará bem.

Os olhos do elfo não me tranquilizaram, parece que quando comentei o que poderia acontecer comigo, quando terminasse a missão, os olhos dele demostraram medo e preocupação.
....
A dor passava aos poucos, tentei não pensar nisso.
Já era bem tarde, resolvi dormir, agora que o remédio deu uma aliviada na dor eu poderia dormir tranquila, não demorou muito para que eu estivesse dormindo.
O dia seguinte acordei com Haldir passando uma pomada de ervas em meu braço.

- Bom dia Cirin, como se sente?.

- Bom dia, estou me sentindo um pouco melhor, só um pouco mesmo.

Falei fraca, vi o elfo me olhar com um sorriso fofo, dava para ver que ele fazia por carinho, cuidar dos outros.
Parecia que eu ia ficar um bom tempo ali, me recuperando.

- Bom você poderia ir tentando se curar, tem uma grande chance de você conseguir usar sua magia, vai aos poucos, terá muito tempo para isso.

Disse o elfo examinando meus machucados.
Não sabia nem por onde começar, mas eu não teria nada a perder se eu tentasse me curar sozinha.
Aquela sensação de febre ainda estava presente, o mal estar não passava nunca.

- Onde está Legolas?, Ele não foi me visitar enquanto eu estava presa, aconteceu alguma coisa?.

- Ele apenas foi para uma missão de três dias em um vilarejo próximo, ele saiu assim que a égua dele retornou.

- Então a égua que peguei era de Legolas?, Acho que ele possa estar bravo, eu me machuquei bastante na viagem, imagina ela.

- Sim, ela voltou com alguns ferimentos, mas nada grave, eu consegui sarar todos eles.

- Ah que bom.

...
As horas foram passando até que um exato momento começou a tocar as trombetas, aquilo já tinha acontecido antes.

- Haldir! O que tá acontecendo?.

Haldir estava com os olhos arregalados por um momento e no outro ele já estava se apressando, pagando ervas e colocando na mesa, junto com panos e outras coisas.

- Estamos sendo atacados novamente, tenho que preparar remédios e chás, geralmente alguns soldados voltam com alguns ferimentos.

Disse o elfo se apressando e saindo da hala hospitalar, fiquei sem reação, mas sabia que eu estava segura, decidi me levantar não sei o porque, e comecei a caminhar até a porta da hala, fui bem de vagar com sensação que eu poderia cair a qualquer momento, por conta da fraqueza mas consegui atravessar a porta, e escuto uma voz bem famíliar.

- O que faz fora da cama? Cirin.

Olhei para trás e me deparei com Thranduil, ele me olhava atentamente.

- Eu.... Eu, não sei.

- Bom saber que já está boa, a nível de sair andando pelo castelo, que está sobre ataque neste momento..

Fiquei diante dele olhando em seus olhos, por um momento achei que ele fosse me mandar voltar para a hala, mas ele apenas pegou em meu braço e começou a me guiar sei lá para onde.

- Para onde está me levando?.

- Para seu quarto.

Fiquei calada melhor para o quarto do que para a cela novamente, eu estava andando muito devagar, e ele estava ficando sem paciência, assim me colocando em seu colo e me levando até meu quarto, eu sentia suas mãos grandes e grossas na minha coxa, não trocamos nenhuma palavras mas as vezes eu pegava ele me olhando...
Chegando no quarto ele me coloca em cima da cama com todo o cuidado.

- Você não irá sair daqui, a porta permanecerá trancada e somente alguns criados terão acesso.

Falou Thranduil fechando a porta atrás de si, e me trancando lá dentro, eu não tinha mais nada para fazer além de dormir até alguém aparecer.

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