Capítulo 21

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Laís Menenzes

Foi tudo tão rápido, uma hora estava no carro daquele merda do Matheus chorando sem entender o que estava acontecendo e do nada um homem de máscara pegou eu e Vinícius e levou para o outro carro. Sinto uma agulha no meu braço assim que fui jogada no banco do carro, não tive tempo para pensar em nada meu olhos se fecharam e tudo ficou preto.

Quando vim abrir os olhos vir que estava em um avião, mais não durou muito um cara com uma máscara preta de caveira me aplicou outra injeção me fazendo dormir de novo.

Só abro os olhos agora, sinto alguém do meu lado, vejo que é Vinícius ainda dormindo. Olho em volta e vejo que é um quarto, parece mais uma mansão do que um quarto.

Me aproximo da janela para ver onde estou e quase grito, está nevando lá fora. Puta que pariu nunca vi neve na vida. Merda. Não. Meu Deus. Isso significa que não estamos mais no Brasil. Isso é óbvio, só vejo árvores, mas nada nem rua e nem estrada. Estamos no meio do nada.

Vou até a porta enorme do quarto e tento abrir. Óbvio que esta trancada. Merda. Tento as janelas, mas não tem como abrir é só o vidro do chão até teto.

Me aproximo de Vinícius e tento acordar ele. Acho que deram a mesma coisa que me deram para dormir a ele. Estou balançando ele com força e ele não acorda. Olho se está respirando e sim está.

Penso em bater na porta, gritar chamando alguém, mas isso seria burrice. Preciso primeiro entender quem são eles e porque pegaram a gente. Tenho que proteger meu sobrinho e não posso fazer nada sem pensar antes.

Consigo imaginar como Pedro deve está agora. Deve está surtando. Espero que não esteja se machucando como ele costuma fazer quando as coisa ficam mais pesadas demais na sua mente. Espero de verdade que Leticia esteja com ele. De uma coisa eu sei ele não vai desistir até me encontrar.

Não sei quanto tempo fico perdida nós meus pensamentos, quando escuto a voz de Vinícius.

Vinícius: Tia? O que aconteceu. - Ele coça os olhos e tentando abri-los.- Onde estamos?- Pergunta olhando o quarto em que estamos.

Laís: Do que você se lembra Vini?- Pergunto com a voz calma.

Vinícius: Só do meu pai botando o pano no meu rosto. - Ele fala e na mesma hora parece entender o que esta acontecendo. - Ele nos sequestrou tia?.- Sua voz dessa vez sai baixa.

Laís: Pelas poucas coisa que vi enquanto ainda estava acordada sei que não estamos com seu pai agora. - Falo e ele me encara.

Vinícius: Acho que sei onde a gente está tia. - Diz e eu olho pra ele sem entender. - Quando eu era pequeno via meu pai conversando com um homem de terno, ele era um pouco velho e eu nunca tinha visto antes. Uma vez escutei uma conversa do meu pai no telefone e ele dizia que eu estava bem e que não via a hora de morar com o avô. Não entendia o que ele queria dizer na época ainda era muito novo mais agora aparece fazer sentido. - Fala tudo de uma vez.

Ele parece um adulto falando, tá longe de parecer que só tem 11 anos. Esperto como Maressa criou para ele ser. Dou um sorriso orgulhosa e ele não entende por que estou sorrindo.

Laís: Então estamos com esse seu avô, vi seu pai conversando com o homem de terno, mas não consegui ver muita coisa. - Vinícius parece esta calmo o que é ótimo, temos que está ligados a tudo, como eu disse Pedro e portuga pode aparecer a qualquer momento. Eu espero. - Temos que ficar calmos e entender tudo que está acontecendo. Não vamos lutar contras eles, só precisamos nos manter vivos até virem nos resgatar.

Ele levanta da cama e começa e olha o quarto inteiro como eu fiz. No fim ele entra no banheiro e fecha a porta. Vinícius já passou por tanta merda na infância que agora parece que esse sequestro não é algo tão assustador para ele.

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