Capítulo 23

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Leticia Lopes. 🐺

Pego a pistola na mesa e miro no alvo. Respiro devagar e aperto no gatilho, dou 3 tiros e eu acerto 1 na cabeça e 2 no peito do alvo.

Maressa: Não é possível. Como você sabe fazer isso?. - Fala gritando e portuga ri do lado dela.

Leticia: Meu pai me ensinou amiga. - Falo botando a arma em cima da mesa e saindo para ela poder tentar também.

Quando acordamos hoje ela disse que queria aprender a atirar e eu disse que ensinava, mas portuga quase me matava com o seu olhar assassino dizendo que ele ia ensinar a ela. Eu vim mesmo ele não querendo.

Pelo visto eles se aproximaram bastante essa semana. Diferente de mim e Pedro que estamos bem estanhos um com outro. Desde do sexo que tivemos no banheiro não dormi mais no seu quarto.

Na verdade ia para minha casa, mas ele pediu que eu ficasse ali, seria mais fácil de ficar sabendo de qualquer notícia de Laís e Vinícius. E eu fiquei mais a uma semana inteira mais durmo do quarto de visitas.

Nós se falamos só o básico, " Oi, tudo bem?". E mais nada. Sei que é por que estamos com a consciência pesada em ter transado com Laís desaparecida. Sinto nojo de mim por te feito isso. Não pensei na Laís, fui uma falsa e transei com seu namorado. Uma verdadeira vadia.

Pego a arma e descarrego ela no alvo de papel.

Nunca me senti tão suja.

Portuga: Leticia vai com calma. - Sua voz me faz respirar fundo e botar a arma encima da mesa de novo.

Leticia: Desculpa. - Peço e me sento na cadeira pegando minha garrafinha de água.

Portuga: Você está bem?. - Pergunta chegando perto de mim.

Leticia: Estou o sim! Só me empolguei atirando. - Minto e ele parece não acreditar. Mas Maressa chama ele impedindo dele fala o que ele pretendia.

Ela acerta um no peito do alvo e pula de felicidade. Isso me faz sorrir, se ela com raiva arrancou o dedo do ex imagina o que ela pode fazer agora que sabe atirar.

Portuga: Eu disse que seria fácil linda. - Eu nunca vi portuga tratar uma mulher assim. Nem Juliana que era a sua ficante mais antiga. - Agora vamos embora que eu to varado de fome.

Olho no relógio e vejo que já são 13h da tarde. Ficamos tanto tempo aqui e eu nem percebi. To meio aérea mesmo.

Maressa: Nossa, eu também to cheia de fome. - Fala e se senta do meu lado. - Queria comer MC hoje. - Diz me olhando com a cara de quem vai pedir alguma coisa. - Bora comigo comprar amiga.

Portuga: Não é legal tá de bobeira fora do morro Maressa. - Ele fala sério e metendo a postura de sempre com a cara fechada.

Maressa: Nem precisamos sair do carro, não tem problema nenhum. Estou com vontade, bora leeeh por favor. - Eu rio da cara feia que portuga faz pra ela que ignora o que ele falou.

Leticia: Vamos amiga. - Digo e ela me abraça feliz.

Saímos da sala de tiro que tem aqui no alto do morro e vejo portuga e Pedro conversando.

Que ele não vá também.- penso cruzando os dedos.

Portuga: Vou com Pedro almoçar lá do bar do seu Francisco. - Fala olhando pra mim e Maressa. - Pode ir com meu carro e por favor tomem cuidado. - Diz me dando a chave. Maressa dar um beijo na sua bochecha e vai para perto de Pedro falar com ele, portuga me encara sério e fala. - Tem uma Glock debaixo do banco se precisar sabe o que fazer.

Ligados pela dor Onde histórias criam vida. Descubra agora