Ligados pela dor

Capítulo 22

Maressa Gomes

Uma semana! E NADA!, passou uma semana e não achamos porra nenhuma, Lorenzo Russo é dono na máfia mais perigosa do mundo. Não conseguimos nenhum endereço, sinto vontade de pegar um avião para Rússia agora e ficar lá procurando nem que passe meses. Pelo menos me sentiria mais perto dele. Sei lá, estou surtando.

A primeira fase de raiva e ódio já passou agora estou me sentindo uma fraca por não salvar meu filho e nem saber como fazer isso. Uma completa inútil! Sempre fui isso mesmo.

Sinto gosto de sangue na minha boca, estou mordendo meus lábios a semana toda, já estão em carne viva, mas como para? Como fica calma?. Leticia falou que estamos todos no limite, mas não é verdade o meu limite já foi ultrapassado a tempo. Estou a ponto de matar qualquer um que parece na minha frente.

Maressa: Eu quero portuga, se você não quiser me ensinar vou pedir ajuda de outra pessoa. - Digo depois de cansar do seu silêncio só porque eu pedi pra ele me ensinar a usar uma arma.

Passei a semana toda na casa dele, na verdade no quarto dele e pior dormindo na cama dele. dormimos abraçados e ainda nem rolou um beijo. Sei que é por culpa minha, ele tentou ontem assim que deitamos, mas eu virei o rosto.

O que me deixou puta e acho que por isso acordei mais estressada, ansiosa e sem paciência que o normal hoje. É que eu queria muito o seu beijo.

Eu quero. Quero pra caralho, mas fiquei com medo e também não tiro o meu filho da cabeça um segundo. Isso torna tudo mais difícil. Mas só de olhar pra ele fico toda besta, ele é lindo demais um puta preto gostoso.

Maressa: Então é isso vai me deixar falando sozinha, beleza então, tchau. - Saio da cama e vou até a porta, mas antes de chegar ele segura meu braço e segura na minha nuca fazendo eu lhe encarar.

Portuga: Por que seus lábios estão sangrando. - Fala passando os dedos devagar e sua voz é tão rouca que me faz fecha os olhos na hora. - Disse para você para de morder eles hoje de manhã no foi. - Eu confirmo com a cabeça sem ter força para abrir a boca. Ele está perto demais. - Essa é a última vez que vou falar Maressa. - Ele aproxima o rosto mais próximo do meu e eu sinto o calor da sua boca na minha. - Se eu ver você mordendo seus lábios ao ponto de machucar de novo vai ser eu mesmo que vou fazer sangrar. Irei morder ele e você não vai gostar.

Sua mão com força na minha cintura me desconcentra.

Maressa: Talvez eu até goste, não quer tentar morder agora? - Falo justando nossos lábios e ele me encara um pouco desacreditado do que acabou de escutar.

Portuga: Se eu fizer isso não vai ser só a sua boca que eu irei morder, feiticeira. - Já é a segunda vez que ele me chama assim e sinto umas borboletas no estômago como o povo fala. - Você ainda quer que eu faça? - Seu aperto na minha cintura fica mais forte e ele me puxa pra mais perto se é que tem como isso.

Maressa: Você deveria parar de falar tanto e começa a fazer portuga. - Não sei o que está acontecendo comigo mais eu nunca quis tanto que alguém mordesse meus lábios como eu quero que ele faça agora. Ele me deixa fora de mim, meu corpo parece que pertence a ele o que é bem louco. E hoje está difícil demais de lutar contra.

Passei meus lábios sobre os seus, e seu agarre em meus cabelos me prendeu ainda mais forte. Sua língua me tocou delicadamente, mas rapidamente ele parou.

Portuga: Se eu começar, não vou conseguir parar. - Ele colou seu corpo no meu, colocando sua outra mão no meu quadril. - Se eu beijar você e sentir seu gosto Maressa, vou te fazer minha aqui, neste quarto.

Ele não precisou fazer nada porque eu colei nossa bocas o mais rápido possível, os machucados do meu lábios pareceram deixar tudo mais quente, a dor é prazerosa demais.