Capítulo 6

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Celine Price

Dois meses depois

Sinto um cheiro de cocô de bebê horrível. Prendo minha respiração enquanto tiro a frauda do neném, nunca vi um bebê que fizesse tanto cocô, sempre era fedido, muito fedido.

Jesus Cristo! Acho que vou morrer com esse fedor.

Jogo a frauda no lixeiro que tinha por perto e começo a limpar o bebê com um lenço umedecido. Ele estava rindo das caretas que eu fazia, não para entretê-lo, o odor estava insuportável.

— Poxa Jack, você é um neném ou um velho com diarreia? — Pergunto fazendo leves cócegas em sua barriga.

Passo uma pomada e em seguida coloco uma frauda. Procuro uma roupa para Jack usar, já que ele melou toda a roupa com a merda fedorenta.

— Nossa! Que fedor é esse? — Giulia entrou no cômodo abanando seu rosto. — Jackson seu porco!

A criança começa a gargalhar olhando para sua irmã com sua risada contagiante de bebê. Ela se aproxima do neném e da um beijo em sua testa.

— Como você aguenta esse fedor? Se fosse eu já teria desmaiado. Você é muito forte, Celine. — A adolescente se senta em uma poltrona verde que tinha no quarto.

Rio de sua fala, ela a maioria das vezes reclama de tudo, até o vento está incluso nisso.

— Nem eu sei, Giulia. — Ponho a roupa da criança e coloco um perfume nele e no ar, estava necessitando. Pego ele e coloco em meus braços, preciso alimentar essa bolinha ruiva. — Já jantou?

— Não. — Ela se levanta da poltrona e anda em minha direção. — Eu fico com ele enquanto você faz a comida.

— Não precisa, vai fazer coisas de adolescente. — Ando em direção a porta do quarto e sigo no corredor indo para cozinha.

— Não tô afim, briguei com o Ravi. — Veio atrás de mim e começou a me seguir em todos os passos que eu dava.

Coloquei o pequeno Jack na cadeirinha e fui preparar a comida das crianças, isso tudo com a Giulia atrás de mim.

— O que você vai fazer, Line? — A menina perguntou olhando para a comida, que estava com a embalagem. — Macarrão? Eu não quero, faz outra comida, por favor?

— Claro. O que você quer? — Guardo a comida de volta no armário e me viro para a garota que parecia estar pensando.

— Quero batatas! — Procuro pela batata e penso em fazer uma comida que deixa Giulia e Jack cheios.

— Tudo bem, vá se sentar, já vou fazer. — Começo preparando um purê de batatas com alguns legumes. Eu vou fritar umas batatas também.

Quando termino tudo já vou colocando no pratinho do meu bebê e da Giulia. Ela estava mais calma agora, estava assistindo na televisão algum seriado, ela não havia tocado no seu celular, coisa que é bem incomum.

Ela nunca desgruda desse celular.

Coloco seu prato na mesa e a chamo, ela vem logo em seguida. Vou até a cadeirinha de Jack e dou uma colher de plástico para ele poder comer.

— Olha pra meu bebezinho, já está bem inteligente para um bebê de 11 meses. — Dou um beijo na bochecha do neném que soltou um barulhinho com a boca e sorriu com seu sorriso de três dentinhos.

Me sento na mesa de frente para Giulia, enquanto ela comia em silêncio só olhando para o prato.

— Aconteceu alguma coisa? — Pergunto, chamando a atenção da menina. Ela olha para meu rosto e me encara por um tempo.

I Found You (G!P) B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora