Capítulo 21

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Celine Price

— Bom dia.

— Péssimo dia. — Hanna diz mau humorada.

— Está falando com Celine, só para te lembrar mesmo. — Respondo com calma, Hanna brava era a pior coisa do mundo.

Ela falava com a pessoa como se ela tivesse a deixado assim. A pior coisa.

— Eu sei que é você. — Disse rude.

Reviro os olhos e saio da cozinha com um pote cheio de frutas.

— As fases do seu luto veio ao contrário. — Grito da sala com um pote de frutas na mão.

Escuto um grito de raiva vindo da cozinha e rio da sua cara.

Uma coisa irônica sobre nós duas, podemos estar triste o bastante, mas se formos dormir, nosso humor muda drasticamente.

Por isso eu me senti conectada a ela no colegial. Temos mais coisas em comum que o normal.

— Vai se atrasar, Hanna! — Pego minha bolsa no sofá e abro a porta. A claridade do sol me fez fechar os olhos, o dia está muito quente.

Ross passa por mim, caminhando à frente em direção ao metrô, que fica perto de nossa casa. Tranco a porta e sigo a mulher irritada. Era engraçado quando ela ficava com raiva; ela andava marchando e ficava vermelha, parecendo uma criança.

Às vezes, quase nunca,  ela me lembrava o Jackson, meu bebezinho. Que saudades dele e da Giulia.

Suspiro e acompanho a loira.

— Bom dia. — Falo no tom mais profissional que consigo. Eu iria ignorar tudo que aconteceu ontem, absolutamente tudo.

— Bom dia, strawberry. — O'Connell passou sorrindo para mim. — O que tem para hoje, Price?

— Um grupo de estagiários irão começar hoje pela manhã, ainda no mesmo horário terá reuniões que foram remarcadas. Pela tarde terá uma reunião com a equipe de marketing. E deixei alguns e-mails para verificar e dar sua opinião.

Falo olhando para o tablet, não iria olhar para seus olhos azuis, não agora.

— Vai precisar de mais alguma informação, senhora O'Connell? — Pergunto olhando para sua franja.

Suas sobrancelhas se juntaram e ela levou seu cabelo para trás com sua mão, nela tinha uma tatuagem de três fadas, tatuagem que até agora não tinha reparado. Billie ajeitou a franjinha e sorrio de lado.

— Não, strawberry.

Fiquei olhando para seu rosto tentando processar o que aconteceu em segundos atrás. Por que só com um movimento fez com que meu raciocínio parasse? Por que meu coração está batendo tão rápido?

Acho que estou ficando louca.

— Poderia me chamar pelo meu sobrenome? — Pergunto educada. Ela me chamar com aquele apelido me faz sensações estranhas.

— Por quê? Não gosta desse apelido? — Perguntou fazendo um pequeno bico.

— Preciso ir receber os estagiários. — Desvio do assunto.

— Não é seu trabalho. — Se apoiou na mesa.

— Mas é sempre bom orientar pessoas novas. — Falei meio nervosa. Ficar sozinha com ela perto de mim não é nada fácil.

Por que Los Angeles está tão quente hoje?

— Então irei com você. — Franzo o cenho e olho para a mulher, apertando meus lábios.

I Found You (G!P) B.EOnde histórias criam vida. Descubra agora