Capítulo 19

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Maiara move seu corpo lentamente, manuseando seu quadril de tal maneira jamais vista. A ruiva está com o seu corpo quase grudado ao meu, e por traição do meu próprio corpo não consigo me afastar do dela. Meus olhos estão cravados em seus movimentos, e ela mal faz ideia do rebuliço que está causando em mim. Solto uma lufada de ar quando ela joga seu corpo para trás em um só movimento, raspando sua bunda em meu corpo. Por frações de alguns segundos, fecho os olhos. Petrificada, fecho o punho, porém logo volto à realidade e me afasto. 

Para que ela não perceba a minha fraqueza, cruzo os braços e passo uma das minhas pernas para frente. Estou de salto, contém aproximadamente uns 10cm de altura. 

Maiara gira sobre seus calcanhares e me encara, estende sua mão e entrelaça seus dedos nos meus. Nossos corpos se grudam instantaneamente, e eu podia sentir a aceleração do coração dela batendo em sintonia com o meu. A música pulsava ao nosso redor, mas a única coisa que importava naquele momento era nós duas. 

Com um movimento fluido, ela começou a demonstrar um passo de dança, mantendo o contato visual constante. Seus quadris balançavam de forma provocante, suas mãos deslizavam por minha cintura e costas, deixando um rastro de eletricidade em meu corpo. Cada movimento era uma promessa sutil, um convite para o desconhecido. E já não havia mais sanidade em mim. Meu tronco estava curvado, algumas lufadas de ar eram soltas instantaneamente. Eu queria relutar, mas ao mesmo tempo praguejava a mim mesma por não estar com as mãos em seu corpo, controlando cada movimento seu. 

— Maiara - sussurrei, quase inaudível, minha voz estava trêmula. Porém, ela não deu a mínima e continuou a me seduzir. 

Sentia meu ventre contrair, e uma sensação conhecida pelo meu corpo se formar entre as minhas pernas. 

Maiara

Marília estava nervosa, seus olhos fixos em mim, e ela estava completamente paralisada diante da cena. Eu podia sentir o calor da sua pele, o arfar de sua respiração. Meu principal foco era seduzi-la, levá-la para um lugar onde suas inibições se desfizessem. A tensão que envolvia aquele momento era quase insuportável, mas eu estava determinada a explorar cada centímetro da atração que ardia entre nós.

Eu estava aproveitando cada momento daquela noite, provocando Marília de forma intensa. Eu podia sentir o calor da tensão sexual crescer entre nós a cada instante.

Marília não resistia às minhas provocações. Seus lábios se entreabriam, seus olhos faiscavam de desejo, mas ela mantinha sua compostura. Até aquele momento em que, finalmente, não pôde mais conter-se.

Com um movimento rápido e cheio de urgência, Marília puxou-me pela cintura, seus dedos se apertando em minha pele. Eu senti minha respiração cessar por um instante, meu corpo reagindo instantaneamente àquele gesto dominador. Seu olhar fixo no meu, cheio de desejo, me fez tremer por dentro.

— Tudo tem um limite, hum? - Marília sussurra perto do lóbulo da minha orelha, e sua voz sai tão arrastada, acompanhada por sua respiração quente e ofegante, que estremeço e arquejo em resposta. — E você está passando dele, não acha?

— Ensaiei somente para te mostrar, Marília. - minto, na verdade improvisei e fui tomada pela inconsequência da noite. 

Naquele momento, toda a provocação, todo o jogo, havia se transformado em uma explosão de paixão crua. Estávamos presas em um abraço ardente, sem palavras, apenas a eletricidade pulsando entre nós. Era como se o mundo tivesse desaparecido, e só restasse o calor da nossa pele e a intensidade do nosso desejo. Era um momento em que não havia mais volta, e eu não queria que houvesse.

— Você é boa nisso, e você sabe, Maiara… - Marília fala arrastando sua voz, e por consequência minhas pernas espremem-se. — E eu sou boa em muitas coisas também.

Na ponta do Salto - MAILILAOnde histórias criam vida. Descubra agora